Descendo o Rio Branco

Hiram Reis e Silva -um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.

Francisco J. R. Barata (1798/9)
Parte IX    

Novembro 6, 7, 8 e 9 de 1798   

Nos dias seguintes tratei de me dispor para a via­gem, e de me despedir de todas aquelas pessoas a quem não podia faltar, obrigando-me elas novamen­te com os sentimentos que mostraram, assim pelo meu retiro, como pelo cuidado que lhes devia a minha saúde, que tanto temiam perigasse. Às 16h00, do último dia acima referido me quis dar o Governador a última prova da sua rara genero­sidade, tão voluntária nele, como para mim inopi­nada, enviando-me a atestação cujo teor transcrevo em testemunho de gratidão, e como um monumento ([1]) do muito que lhe devo, e das virtudes que o caracterizam, bastando para seu elogio a suma hospitalidade que comigo praticou.

Este homem é naturalmente amável, polido e magní­fico, e querendo meter a todos no coração, parece que aspira e deseja também com louvável ambição que todos o tenham no seu, e ser amado de todos. Nasceu no estabelecimento holandês do Cabo da Boa Esperança, de onde passou à Europa, e depois a Paramaribo, onde assentando Praça de Cadete, serviu de tal maneira que pelo seu merecimento foi gradualmente subindo a todos os postos até o de Governador-General, em que presentemente se acha; além disso é muito rico assim pelo avultado soldo que vence anualmente, como pela agricultura ou rendimento das suas fazendas.

Terá agora pouco mais de quarenta anos de idade, e do que tenho simplesmente referido dele, se pode formar um justo conceito de suas luzes, e humanidade e beneficência.

Nous Juriaan François Friderici, Gouverneur général de la province de Surinam et dépendances, général major d’infanterie au service de la République Batave, etc, etc, Certifions, pour servir où besoin sera, que le seigneur Francisco José Rodrigues Barata, porte-signataire au service de Sa Majesté três Fidèle, s’est comporté pendant son sejour dans ce gouvernementen homme d’honneur, et que nous avons toutes raisons de nous louer de sa conduite. – Donné à Paramaribó, notre residence ordinaire, sous notre signature, et le contreseing de notre secrétaire, ce 8 de novembre 1798. Friderici.

Par ordre du gouverneur général. – Firmado com o nome do secretário. – Com as armas do Governador. ([2])

Fui logo dar-lhe os devidos agradecimentos, e depois de uma curta demora, me retirei, e fui continuando, no resto da tarde, algumas despedidas que ainda me faltavam, e me recolhi para a casa já de noite. Grande parte desta me empreguei e entretive com o meu benfeitor, o honrado Nassi e sua família, de quem tinha recebido tanto bem, e mesmo a vida, se pode assim dizer.

Protestei-lhe o meu eterno reconhecimento, e de parte a parte a amizade, a lembrança e o sentimento de que provavelmente nos não avistaríamos mais, o que alguns desta sensível família me certificaram com as suas lágrimas, a que as minhas correspon­deram naturalmente. Era tal a amizade e ternura, com que esta boa gente me tratava, que parecíamos parentes ou conhecidos já de muito mais tempo, e não satisfeitos ainda com as muitas provas que me tinham dado, me brindaram nesta ocasião por despedida com alguns mimos indicativos da sua sinceridade para comigo, o que gratifiquei pelo modo possível com outros que levei, e de que me tinha prevenido para esta viagem, por julgar que nela, como sucede sempre a todos os que as fazem, e por terras estrangeiras, teria ocasiões e lances em que me fossem precisos, e para este fim havia comprado algumas coisas, galanterias, e produtos próprios do nosso País, e dos lugares do sertão por onde passei, as quais se reputando entre nós por bagatelas, são lá estimadas como preciosas raridades.

Algumas pessoas mais me obsequiaram com seus presentes de regalo para a viagem, ou de prevenção, suposto o estado ainda melindroso da minha saúde, sem se excluir disto o Governador. Pedia a civilidade e o reconhecimento que os aceitasse e os gratificasse pelo modo possível, assim o fiz à proporção do que podia, e das pessoas, e sem falar nas outras, por evitar prolixidade, ofereci a Nassi uma rede excelente, e boa porção de tabaco do melhor fabricado na nossa Vila de Silves ou Saracá, à filha um pacará ([3]) lindíssimo de Santarém, algumas dúzias de cuias pintadas em Monte Alegre, e certa quantidade de anil do nosso Rio Negro.

Ao Governador dirigi por via de Nassi outra rede ou tapoirana, tecida onde elas melhor se fazem, muito boa e de maior preço, ainda mesmo nas nossas terras, e juntamente uma porção de puxirí ([4]), a que chamam lá noz moscada do Brasil, o muito estimam, como tudo o mais que lhes ofertei.

10 

No dia seguinte, destinado para a minha partida, depois de dizer o último adeus à família de Nassi, fui com este às 09h00 despedir-me do Governador, de S. Exmª esposa e filho, aos quais fiz os devidos protestos do meu respeito e eterna lembrança e reconhecimento, por se terem portado comigo até o fim do mesmo modo que principiaram, e recebendo as cartas que devia trazer, por último obséquio me acompanharam quase todos os judeus portugueses até ao cais, onde agradecido a todos me embarquei em um formoso escaler que ali me tinham aprontado, e me conduziu para bordo da embarcação ou “Flag of Bruce”, que na tarde antecedente largara do porto da cidade, e foi dar fundo na Barra à espera de mim, que finalmente cheguei a ela pelas duas horas depois de meio-dia. […]

Guarnição Militar e Defesa da Colônia 

A guarnição militar de toda a Colônia se compõe de três Batalhões de Infantaria, de uma companhia de duzentos negros libertos, de um corpo de caçadores, e de alguns engenheiros. Cada batalhão tem seu Coronel, Tenente-Coronel, Major, com a competente, oficialidade. A dita companhia de negros é considera­da como a mais útil à Colônia, não só porque ela serve como tropa ligeira, mas também pelos contínu­os ataques que tem, em diferentes lugares da mesma Colônia, contra os negros fugidos, que de tempos em tempos atacam as diversas plantações. Todos estes corpos não contam hoje mais do que mil a mil e duzentos homens, porquanto desde o princípio da guerra da França com a Holanda não tiveram mais algum socorro de tropa, e nesta Colônia não se assenta Praça aos seus habitantes. Estes, porém, sendo livres são alistados em tropas de milícias, das quais tem onze companhias, em cujo número entra a da Nação judaica portuguesa. Cada uma destas companhias tem seus respectivos Capitães, Tenentes e Alferes, e delas existem quatro na cidade, e as outras divididas pela Colônia. As que estão na cidade entram por escala de guarda todos os dias de tarde junto à igreja dos reformados, e de manhã se retiram, e dão também oficiais inferiores e soldados para patrulhas rondantes de noite. O número porém de praças de que se compõem as ditas companhias, e que existem na cidade capazes de pegar em armas, é de trezentos a trezentos e cinquenta. Elas não têm fardamentos, nem ordem nos seus armamentos, e menos disciplina.

Tem na entrada da cidade, o Forte de Zelândia, dentro do qual está o Quartel da tropa, os armazéns dos víveres e munições de boca e de guerra, das quais tem muito poucas pela mesma razão que já expressei a respeito da tropa. Este Forte tem dezoito peças de artilharia de dezoito até trinta e seis; porém elas não podem embaraçar o desembarque, porque pouco abaixo da cidade se pôde este fazer sem receio do dito Forte, que apenas pôde ofender e defender os navios ancorados no porto. A 2 léguas abaixo da cidade o Forte de Amesterdão, o qual está situado em uma ponta ou espécie de istmo que ali forma o ajuntamento do Rio Comovine, que aqui deságua no Suriname, e defende, portanto, a entrada daquele Rio, e a continuação por este.

Tem 96 peças de artilharia até 48 mm desde 12 mm. O Comandante é um engenheiro com patente de Tenente-Coronel. A guarnição é de infantaria e artilharia, mas insuficiente para uma tal Fortaleza, pois apenas se compõe de 50 ou 60 praças. Pouco abaixo desta Fortaleza tem em cada uma das margens do Rio uma pequena bateria de 4 peças com 8 praças de guarnição, e abaixo destas tem em um sítio, a que eles chamam Mot Creeq, uma espécie de reduto, que serve apenas para dar aviso de qualquer embarcação que se dirige para a Barra. Na Foz do Rio tem uma bateria na margem esquerda em uma ponta, a qual mandou ali fazer o atual Governador, pelo que lhe chamam bateria de Fiderico, é defendida por 12 peças de artilharia, e guarnecida por 30 praças de infantaria e artilharia.

No canal que fica próximo à dita bateria, e por onde entram os navios, estão fundeadas duas fragatas, dois brigues e duas escunas, servindo as fragatas para defender a entrada da Barra, e os brigues e escunas para rondarem alternativamente a costa. À distância de uma légua do Rio acima se acha surta ([5]) outra fragata no mesmo canal; e junto ao Forte de Amesterdão se acham outras, das quais uma é a que foi charrua ([6]) portuguesa denominada “Princesa Real”, apreendida pelos franceses de Caiena, e vendida ao Governador do Suriname. Pouco acima destas está outra no canal, e junto ao Forte de Zelândia a fragata Capitania. Todas estas embarcações estão armadas e com a competente guarnição, e a seu bordo se acham alguns marinheiros portugueses dos que tem sido apreendidos e transportados ali pelos ditos caienen­ses, cujos infelizes não cessam de suspirar pelas suas Pátrias, porém debalde, porque só uma força superior poderá conseguir o livrá-los de tão pesado jugo, qual eles me representaram. Da dita fragata Capitania se expedem as precisas ordens às outras embarcações, as quais todas lhe são sujeitas, e a ela dão parte de tudo. O Governador-General não tem nelas jurisdição alguma presentemente, e só lhe é concedida em ocasião ou ação de defesa. […]

11 

Pelas 16h00, do outro dia entramos na de Berbiche, e passando pela frente do pequeno Destacamento de que já fiz menção, nos tornou a acontecer o mesmo que na ida, porém com o mesmo sucesso, e fomos dar fundo junto à Fortaleza já quase às 18h00.

12 

No seguinte fui cumprimentar aos oficiais, e querendo fazer o mesmo ao Governador, me disseram se achava então fora da cidade, pelo que me dirigi com o Capitão da embarcação à casa do Procurador do dito, para com ele tratar sobre o negócio do barco, mas como este me disse que nenhuma ordem tinha do Governador sobre esta matéria, voltei para bordo.

13 

E na manhã do outro dia, levantando ferro fomos demandar o Porto de Demerara.

14 

Neste demos fundo, às 08h00, do dia seguinte, e desembarcando, nos dirigimos ao Quartel do Tenente-Coronel Comandante Geral da tropa inglesa, Thomaz Hislop, por quem fui recebido com a costumada urbanidade.

Depois de uma pequena conversação, lhe pedi licença para ir ver a minha gente que ali havia deixado, e dispor a minha, viagem, a qual pretendia continuar no dia seguinte, ao que ele logo me respondeu, que visse se para ela precisava alguma coisa, afim de que sem demora me fosse pronto tudo, o que lhe agradeci. Depois de visitar o Major Wilson, fui ver a minha gente, isto é o soldado e os índios, e a todos achei doentes, uns ainda com sezões, e outros mal convalescidos, à exceção do índio Manoel do Nascimento, que falecera, mas neste mesmo estado, por não perder tempo, entrei a mandar concertar as canoas, e prontificar-se de tudo para seguir viagem.

15 

O que feito, me fui despedir do Comandante Geral, pedindo-lhe o competente passaporte para Essequi­bo, o qual me passou logo, ordenando que não só se não me embaraçasse a viagem, mas se me desse quanto eu requeresse para ela. Isto lhe agradeci muito, e igualmente o convite que me fez para nesse dia jantar com ele, o que não aceitei por querer aproveitar a maré, e atravessar o Rio antes que o vento da tarde me impedisse, e com isto me escusei, e despedi. Pelas 14h00, despedindo-me também do Major Wilson, do Governador Civil e do almoxarife, aos quais todos estavam tão obrigados. O primeiro fez por último o novo obséquio de acompanhar-me até ao Porto, onde me embarquei, e atravessando o Rio, aproveitei a maré, até que a vazante me impediu.

16 

Pelas onze horas deste dia cheguei a Essequibo, entreguei ao Comandante o passaporte, e me demorei no seu Quartel até a maré da noite, em que parti. Pelas 17h00, chegamos à plantação das mulatas em quem já falei, na ida, e que agora nos receberam com o mesmo agasalho. E como se nos tinha acabado a farinha, aqui mandei fabricar certa massa da raiz da mandioca, chamada tepurati, da qual se forma um pão ou beiju, e por isso nos demoramos até o dia seguinte.

22 

Pela manhã partimos, e seguimos viagem neste e nos dias seguintes com sumo trabalho por se achar o Rio muito vazio, e a equipagem quase toda doente, em razão de que os mesmos convalescentes tornaram a recair.

Dezembro 7 de 1798 

Pelas 17h00, chegamos ao lugar do trajeto, por onde havíamos de passar por terra para o nosso Rio Mau. Aqui nos demoramos este e o outro dia para dar descanso à equipagem, que tanto dele precisava.

9  

Desembarcamos o nosso trem, e o passamos para a campina, deixando ali as canoas por não ser possível transportá-las por terra. Este trajeto é de dois dias de caminho, indo sem carga, mas como era preciso levar o dito trem, e os índios estavam doentes, caminhamos muito devagar.

11 

Pelas 16h00, vimos que pelas faldas de uma serra se dirigiam a nós alguns índios, os quais chegando perto, reconhecemos serem do gentio Macuxí, e vinham visitar a uns parentes seus da mesma Nação. Estes nos contaram que um Principal chamado Aicá havia passado dois dias antes pelas serras em viagem para Essequibo, por mandado do Governador da Capitania de Rio Negro, a saber notícias de mim.

12 

Como eu tinha mandado levar os práticos, que me acompanharam ao lugar da sua habitação em uma ubá, e vim seguindo viagem, aconteceu que os índios que foram na dita, quando regressaram, encontraram com o dito Principal, o qual voltou com eles, e chegaram aonde eu estava pelas 18h00; confirmando-me isto no que me haviam contado os referidos Macuxís, que nessa mesma tarde se retiraram.

13 

Despedi o dito Aicá pela manhã com aviso do Comandante do Rio Branco, para que me mandasse canoas em que eu pudesse descer, enquanto nós continuávamos por terra o nosso trabalhoso trajeto.

14 

Aqui deram novamente as sezões no soldado que me acompanhava, não me restando então pessoa alguma com saúde, pois eu também vinha atacado das mesmas, e isto sobre os estragos da grande e antiga moléstia de Suriname, cujos efeitos padecia ainda. Isto nos reduziu a todos à maior aflição, vendo-nos obrigados a carregar uns aos outros alternativamente para podermos prosseguir.

15  

Pelas 17h00, deste dia voltou o Principal sobredito em companhia de dois soldados, que encontrou no Rio Mau, e que também vinham ver se havia notícias minhas. Como eu pois me achava com toda a gente doente, me resolvi a partir para a Fortaleza do Rio Branco, afim de poder aí providenciar melhor a vinda das precisas canoas.

16  

Depois de dispor o que se devia fazer em minha ausência, parti para as margens do Rio Mau, mas em caminho me apertaram as sezões, de modo que me prostraram inteiramente, e sabe Deus o que me custou a seguir adiante.

17 e 18 

Pela manhã nos embarcamos na pequena canoa em que vieram os soldados, e partimos; e no dia seguinte, pelas 18h00, chegamos à Fortaleza, havendo navegado toda a noite antecedente.

19 

Logo de manhã se despediram duas canoas em busca da nossa gente ao Rio Mau, ficando eu entretanto a padecer as minhas sezões diárias, socorrido apenas com alguns remédios que a triste situação oferecia, e a caritativa, mas simples experiência, aplicava até o dia seguinte

27 

Neste dia chegaram as canoas, participando-me os soldados haver falecido o índio Joaquim, do lugar de Carvoeiro.

28 

De manhã parti da Fortaleza, na qual deixei o Soldado Duarte José Miguens que me havia acompanhado nesta viagem, por motivo das mesmas sezões, afim de se poder curar, como ele requereu, entre a sua família ali residente. Fiz a minha viagem pelos lugares e Vilas que me ficavam em caminho, indicados já no decurso da minha subida, deixando nas suas povoações os índios que trazia como esqueletos da morte, e tomando nas mesmas outros em seu lugar.

1799 

Janeiro 5 

Cheguei à Fortaleza da Barra do Rio Negro, onde por motivo da minha moléstia me demorei alguns dias, para se me aplicarem os competentes remédios. Mas como destes mui pouco fruto tirei durante a demora, resolvi-me com o beneplácito do Governador a partir dali, o que fiz na mesma noite deste dia, descendo pelo Rio Negro e Amazonas abaixo. E como “Deus dá sempre o frio conforme a roupa”, sucedeu que dando-me as sezões no porto do lugar de Vila Nova da Rainha, lembrou-me mandar amornar uma pouca água, e bebendo dela uma porção considerável, isto me serviu de emético ([7]), tão oportunamente aplicado, que obrigando-me a lançar quantidade imensa de cólera, suspenderam-se-me as sezões, e assim mais aliviado continuei a minha viagem pelas águas do dito Amazonas, mas sempre com ventos tão contrários, que só de noite podia avançar alguma coisa. E como, à exceção do que tenho referido, nada mais encontrei que notável fosse em todo o meu regresso, por isso, e pelo estado e pressa com que vinha, e porque já na ida fiz menção das principais Vilas e lugares por onde transitei, julgo supérfluo repeti-lo agora, sendo aqueles os mesmos e a mesma escala. (BARATA)

Por Hiram Reis e Silva (*), Bagé, 23.05.2022 – um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.

Bibliografia  

BARATA, Francisco José Rodrigues. Da Viagem que fez à Colônia Holandesa de Suriname o Porta Bandeira da Sétima Companhia do Regimento da Cidade do Pará, pelos Sertões e Rios Deste Estado, em Diligência do Real Serviço – Brasil – Rio de Janeiro, RJ – Revista Trimestral de História e Geografia ‒ Volume 08 – Tipografia de João Inácio da Silva, 1846.  

(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;

  • Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
  • Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
  • Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
  • Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
  • Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
  • Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
  • Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
  • Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
  • Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
  • Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
  • Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
  • Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
  • Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
  • E-mail: [email protected].

[1]   Monumento: símbolo.

[2]   Nós Juriaan François Friderici, Governador Geral da Província e Depen­dências do Suriname, Major General de Infantaria a serviço da Repúbli­ca Batava, etc., etc., Certificamos, para servir onde for necessário, que o Senhor Francisco José Rodrigues Barata, portador signatário a serviço de Sua Majestade mais leal, comportou-se durante sua estada neste governo, um homem de honra, e a quem temos todos os motivos para elogiar sua conduta. ‒ Dado em Paramaribo, nossa residência ordinária, sob nossa assinatura, e a contra-assinatura de nossa secretária, em 8 de novembro de 1798. Friderici. Por ordem do Governador Geral.

[3]   Pacará: nome de cesta usada no Amazonas, de forma arredondada, feita com folhas de palmeira e tingidas de várias cores.

[4]   Puxirí: Licaria puchury major.

[5]   Surta: fundeada.

[6]   Charrua: navio para transporte de tropas.

[7]   Emético: vomitório.