Quando revisava e ampliava o Tomo II de meu livro “Descendo o Solimões” esbarrei em um relato contundente do Dr. Gregório Thaumaturgo de Azevedo na sua obra “O Acre – Limites com a Bolívia” em que ele reporta o entreguismo e a incompetência de certos líderes brasileiros na definição de nossas fronteiras.
Uma destas personalidades citadas foi o militar e político brasileiro Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira:
[…] devido à incapacidade de S. Exª, como na Questão das Missões, que nos teria sido fatal se não fossem o talento e o esforço do Barão do Rio Branco, auxiliado pelo Almirante Guillobel; a do Amapá, ainda em litígio, por dar ao árbitro a faculdade de dividir o Território Amazônico por uma linha média, como solução ao nosso direito secular; a do Acre, pelo estabelecimento de um posto aduaneiro da Bolívia, em Território Contestado, e como tal considerado até pelo respectivo Ministro boliviano, mas que S. Exª e o seu sucessor entendem pertencer à Bolívia […]
A colocação despertou minha atenção e me desviei por quase um ano de minhas amazônicas revisões, debruçando-me apaixonadamente por quase um ano, sobre a “Questão das Missões” ou “Questão das Palmas” procurando as fontes “primas”, relatos de historiadores que mais próximos cronologicamente se encontravam dos fatos, artigos de jornais da época, diários das comissões de limites e biografias de personalidades intimamente ligadas a estes acontecimentos.
Atualizei obras antigas disponibilizadas on-line e comprei nos sebos livros antigos aqueles que não encontrava nas bibliotecas digitais de diversos países.
O resultado, ainda parcial, é este que vos apresento graças a meus caros amigos e irmãos do Ecoamazônia.
A. A Questão na mídia:
01 – A “Questão das Palmas” na Mídia Através dos Séculos – 1759-1981
B. Biografias:
02 – Don Enrique de Vedia – Álvar Nuñes Cabeça de Vaca, 1858
03 – Jaime Cortesão – Alexandre de Gusmão – Tomo I, 1950
04 – Jaime Cortesão – Alexandre de Gusmão – Tomo II, 1950
C. Comissões de Limites:
05 – D. Diego de Alvear – Diario de la Segunda División de Límites, 1837
06 – D. Jerónimo Becker – Diario de la Primera Partida… – Tomo I, 1920
07 – D. Jerónimo Becker – Diario de la Primera Partida… – Tomo II, 1925
D. Livros sobre a Questão:
08 – José Alexandre Teixeira de Mello – Limites Brasil – Argentina, 1883
09 – Joaquim Maria Nascentes de Azambuja – Questão Territorial com a República Argentina…, 1891
E. Colônia do Sacramento:
10 – Simão Pereira de Sá – Colônia do Sacramento, 1737
F. Casais Açoreanos:
11 – João Borges Fortes – Casaes, 1932
G. Laudo Arbitral:
12 – Laudo Arbitral – Exposição que os Estados Unidos do Brasil apresentam… – Volume II, 1894
13 – Laudo Arbitral – Exposição que os Estados Unidos do Brasil apresentam… – Volume IV, 1894
15 – Estanislao Severo Zeballos – La Puebra Argentina, 1894
Por Hiram Reis e Silva – um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.
– Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
- Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
- Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
- Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
- Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
- Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
- Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
- Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
- Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
- Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
- Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
- Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
- Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
- Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
- E-mail: [email protected]
Hiram Reis e Silva
Positivo amigo
E na de Palmas também.
TFA
Telmo Fortes
O General Dionísio Cerqueira, autor da mais saborosa crônica da Guerra do Paraguai, simplesmente sujou a sua biografia na Questão do Acre, quando era nosso chanceler.