Está sendo desenvolvida no Brasil uma vacina contra a malária, doença que só no ano passado atingiu 145 mil pessoas no país, 99% delas nos estados da Amazônia. Os sintomas são febre alta, calafrios, tremores, suor e dor de cabeça.
A pesquisa do ILMD – Instituto Leônidas & Maria Deane, ligado à Fiocruz Amazônia, é feita em parceria com a Fundação de Medicina Tropical.
Como a malária é transmitida pela picada de um mosquito infectado por um protozoário, os testes em laboratório buscam neutralizar esse protozoário no organismo do inseto.
A coordenadora da pesquisa no Brasil, Stéfanie Lopes, comenta que a doença pode reaparecer mesmo sem uma nova picada do inseto transmissor, isto caso o tratamento não seja feito corretamente.
Outro motivo apontado para o desenvolvimento de uma vacina contra a malária é substituir os remédios que existem hoje para o tratamento. De acordo com a pesquisadora Stéfanie Lopes, esses medicamentos não podem ser prescritos para qualquer pessoa, e nem ser tomados durante muito tempo, porque provocam efeitos colaterais sérios.
A coordenadora da pesquisa no Brasil explica que já existe uma vacina para a malária sendo testada em países da África, mas ela combate outro tipo de protozoário. O projeto da vacina desenvolvida aqui no país tem apoio do Fundo Global de Tecnologia Inovadora em Saúde, do Japão. E ainda, a participação de quatro universidades japonesas e da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
Publicado em 30/04/2022 – 08:14 Por Leandro Martins – Repórter da Rádio Nacional – Brasília – Edição: Nádia Faggiani / Beatriz Arcoverde – RADIOAGÊNCIA NACIONAL
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