O objetivo do grupo é realizar cerca de 350 cirurgias, além de 3.500 consultas em diversas especialidades médicas, 5.000 exames e procedimentos laboratoriais e doar mais de 500 óculos.
A Associação Expedicionários da Saúde vai realizar um grande mutirão de cirurgias e exames para indígenas da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, no mês de abril. Com a redução nos casos de covid-19 entre os povos indígenas, o grupo dá apoios pontuais. Um deles é o envio emergencial de alimentação adequada para a população Yanomami.
“Ela está sofrendo com o surto de malária e a nova onda de covid. Mas todo o trabalho ostensivo aconteceu mesmo nos dois anos passados, quando montamos as enfermarias de campanha na Amazônia, o Hospital de Campanha de Campinas e doamos as máscaras de mergulho para oxigenioterapia em pacientes internados”, afirma Marcelo Moraes, coordenador de comunicação da associação.
A expedição
Por conta da pandemia, a expedição foi adiada duas vezes. Agora ela já tem data para ocorrer: de 15 a 23 de abril. O local selecionado foi o território da Raposa Serra do Sol, em Roraima. “Além da demanda cirúrgica daquele local, o índice de vacinação lá atingiu um número seguro para que nós possamos entrar”, assegura.
O objetivo do grupo é realizar cerca de 350 cirurgias, além de 3.500 consultas em diversas especialidades médicas, 5.000 exames e procedimentos laboratoriais e doar mais de 500 óculos. Segundo ele, há uma demanda cirúrgica reprimida por causa da pandemia.
Moraes conta que, graças ao avanço da vacinação entre populações indígenas e profissionais da saúde, em setembro e novembro de 2021, a ONG já pôde realizar duas expedições de pequeno porte, que resultaram na inauguração do CMI (Centro Médico Indígena), construído no Alto Rio Negro (AM) próximo à fronteira com a Colômbia. “Foi o primeiro centro cirúrgico fixo da associação e trata-se de um projeto piloto para uma possível expansão na Amazônia”, completa Soares.
Para atuar nessas ações, a ONG conta com apoio da Sesai, do Exército, da FAB (Força Aérea Brasileira) e da Funai (Fundação Nacional do Índio). “Naturalmente o acesso à saúde especializada é mais difícil para esses indígenas. Quando precisam de um atendimento com especialista, precisam se deslocar para as grandes cidades e muitos deixam de receber diagnóstico e tratamento, pois não podem deixar suas famílias nem o trabalho.”
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