A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a água turva do rio Tapajós, no distrito de Alter do Chão, no Pará. Está previsto para esta segunda-feira um sobrevoo com aeronaves do ICMBio, o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade, para avaliar o tamanho da mancha.

Peritos da PF vão também coletar amostras da água. A comitiva vai contar com integrantes do Ministério Público, do Ibama e da Universidade Federal do Oeste do Pará.

Alter do Chão tem grande importância turística por causa das belezas naturais. O rio Tapajós, que normalmente tem águas claras, com tom esverdeado, está apresentando uma coloração barrenta.

Por isso, o ICMBio criou o Comitê de Emergência do Tapajós. Técnicos estão percorrendo o rio, entre os municípios de Santarém e Itaituba, para retirar amostras da água para análise. Enquanto aguarda o resultado, o órgão informou que intensificou a fiscalização sobre o garimpo na região. O instituto tem usado também imagens de satélite com alta resolução de todo o leito do rio para encontrar sinais da fonte da turbidez.

Os rumores de contaminação por mercúrio preocupam os turistas. Membro da Associação de Turismo Fluvial de Alter do Chão, André Pinho, conta que clientes têm questionado a situação, mas ele tenta acalmá-los até saírem os resultados da análise da água. Pinho, no entanto, acredita que a turbidez é causada pelas fortes chuvas, que caem desde novembro na região.

Uma equipe da Secretaria de Meio Ambiente do Pará realizou uma inspeção na última semana. No entanto, segundo a secretaria, não foi possível determinar se a turbidez é causada pela ação humana ou pelas chuvas.

Publicado em 23/01/2022 – 16:40 Por Gabriel Brum – Repórter da Rádio Nacional – Brasília – Edição: Paula de Castro / GT Passos – RADIOAGÊNCIA NACIONAL