A Rio Innovation Week acontece na cidade do Rio de Janeiro (RJ) com a participação de mais de 1000 startups, 190 expositores e 500 palestrantes. O objetivo do evento é ser o mais completo encontro de tecnologia e inovação da América Latina. Dentro da programação, o Museu Goeldi fará parte da Vila da Ciência, apresentando tecnologias, produtos e processos desenvolvidos a partir do trabalho de seus cientistas sobre a Amazônia.

Postada em: Museu Goeldi

Agência Museu Goeldi – A partir desta quinta (13) até domingo (16) o Museu Goeldi apresenta produtos, serviços e tecnologias inovadoras desenvolvidas por seu corpo científico na Rio Innovation Week. O evento reúne pesquisadores, empreendedores, investidores e outros atores interessados no uso da tecnologia em segmentos do mercado como Turismo, Saúde, Agricultura e Sustentabilidade. O objetivo do evento é ser o mais completo encontro de tecnologia e inovação da América Latina

Rio Innovation Week será realizada no Jockey Club Brasileiro, na Gávea (RJ). O Museu Goeldi estará no estande 25 do espaço “Vila da Ciência”. É lá que as 27 entidades vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) apresentarão suas tecnologias e projetos.

O estande contará com a presença de especialistas do Museu Goeldi: a botânica Ely Simone Gurgel (vice-diretora e coordenadora de Pesquisa e Pós-Graduação), o geólogo Amilcar Mendes (coordenador do NITT MPEG e da RedeNamor), a química Milena Moraes (pesquisadora PCI COCTE), o químico Mozaniel Oliveira (pesquisador do Laboratório Adolpho Ducke/COBOT/MPEG), o zoólogo Alberto Akama (coordenador do PPBio Amazônia Oriental) e a especialista em gestão da inovação e propriedade intelectual Clarisse Andrade (Bolsista PCI NITT).

De acordo com Amilcar Mendes, coordenador do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NITT) do Museu Goeldi, a expectativa é mostrar as tecnologias que estão sendo geradas pelas diferentes Coordenações do MPEG e com isso “estabelecer parcerias estratégicas pro desenvolvimento daquelas que ainda estão em estado mediano de desenvolvimento. E quem sabe até procurar parceiros para fazer a transferência de tecnologias que já estão em nível de maturidade tecnológica elevado”.

Tecnologias – Dentre os produtos que são objeto de patente e serão apresentados no estande do Museu Goeldi, estão um larvicida à base de aninga (planta do gênero Montrichardia); um equipamento para uso laboratorial chamado Histomolde; o Ecopainel, painel feito com fibras do caroço do açaí para uso na construção civil; além do Tecnossolo, uma tecnologia para recuperação de solos degradados inspirada em estudos de solos arqueológicos da Amazônia. O Tecnosolo também será tema de palestra, apresentada pela pesquisadora Milena Carvalho, na programação da Rio Innovation Week.

Para Amilcar Mendes, que além de coordenar o NIT do Museu Goeldi também coordena o arranjo de NITs das instituições de pesquisa da Amazônia Oriental, a REDENAMOR, o MPEG vem passando por uma quebra de paradigmas nos últimos anos, com a conquista de sua primeira patente, além de estar com um passivo de produtos tecnológicos na faixa de 8 registros de patente e três softwares desenvolvidos.

“Nesse momento, o Museu Goeldi não é somente uma instituição de pesquisa básica. Nós estamos adentrando a área de inovação, buscando levar o conhecimento desenvolvido na instituição e trabalhando com os ativos da biodiversidade amazônica. Transformando-os em produtos e processos inovadores que buscam resolver problemas e gerar negócios e produtos sustentáveis para a Amazônia” explica Amilcar.

Projetos e laboratórios – Além das tecnologias, o Museu Goeldi apresentará também projetos e laboratórios que geram informações para aplicação junto a governos e entes privados. É o caso do projeto “Restauração ambiental em áreas degradadas”, que por meio da análise de interações ecológicas entre plantas e animais, facilita e direciona o uso de técnicas de restauração de ecossistemas afetados por atividades de mineração no município de Paragominas, no Pará.

Já o projeto “Genômica para conservação da biodiversidade” faz o sequenciamento de materiais genéticos da fauna amazônica e está dotando a instituição de infraestrutura de ponta para análises de material genético. O resultado é um banco de dados com informações que servirão para que, no futuro, se possa manejar e conservar melhor a biodiversidade amazônica.

Outro destaque é a Coleção Etnobotância do Museu Goeldi, que registra o uso de quase 400 espécies vegetais por populações da Amazônia. A coleção acolhe pesquisas em áreas como Etnofarmacologia, Etnobotânica, Botânica Econômica, Arqueobotânica e Ecologia Histórica. Trabalhos que abrem possibilidades de estudo e aplicações em temas como diversidade cultural, plantas medicinais e sustentabilidade.

Já o laboratório Adolpho Ducke tem como principal objetivo avaliar o potencial econômico e ampliar o conhecimento científico sobre a Flora Aromática da Amazônia Legal. O laboratório realiza a extração e análise de óleos essenciais de vegetais da Amazônia, utilizando diferentes técnicas. Reúne uma oleoteca com 4 mil amostras e gera conhecimento que pode ser aplicado para o desenvolvimento de cosméticos e outros bioprodutos.

Educação e Comunicação – Outra área na qual o Museu Goeldi vem atuando é a de tecnologias para a educação e comunicação da ciência. A instituição desenvolve experiências tecnológicas como os Dicionários Multimídia de Línguas indígenas, coordenados pela pesquisadora Ana Vilacy Galúcio. Com metodologias replicáveis e que disponibilizam conteúdos em imagem, texto e som sobre línguas indígenas, os dicionários são acessíveis em aparelhos como celulares e tablets.

Já a plataforma virtual A Floresta Sensível, coordenada pelo pesquisador Glenn Shepard Jr. utiliza passeios de 360 graus, vídeos, fichas de plantas, games e outros conteúdos construídos com dados da ciência ocidental e de povos originários e tradicionais para sensibilizar o público sobre as diferentes dimensões da floresta amazônica.

Outro projeto de comunicação da Ciência desenvolvido junto ao MPEG é o “Amazônia, do Poente à Aurora”, coordenador pelos pesquisadores Léo LannaPedro Peloso e Silvia Pavan. O projeto utiliza modernas tecnologias de captação de imagens para registrar a vida noturna na maior floresta tropical do mundo. Reúne cientistas, documentaristas e artistas, e conta com financiamento da National Geographic Society para conectar pessoas ao redor do mundo com a Floresta Nacional de Caxiuanã, onde o Museu Goeldi mantém a Estação Científica Ferreira Penna.

Clique aqui para conferir a playlist especial com vídeos sobre as novidades tecnológicas do Museu Goeldi na Rio Innovation Week.  

Texto: Uriel Pinho

PUBLICADO POR:     MUSEU GOELDI

Serviço
Museu Goeldi na Rio Innovation Week
De 13 a 16 de janeiro de 2021
Local: Estande 25 do espaço “Vila da Ciência”, Jockey Club Brasileiro, Gávea, Rio de Janeiro
Ingressos no www.rioinnovationweek.com.br