Fundação argumenta que decisão decorre de não ter havido localização de grupos indígenas em mais de uma década, mas pode ser revista
A Fundação Nacional do Índio (Funai) decidiu não reeditar a portaria que mantinha desde 2011 a interdição da área denominada Ituna Itatá, apontada pelo Ministério Público Federal e especialistas como uma medida fundamental para a proteção de povos indígenas isolados. A área é localizada nos municípios de Altamira e Senador Porfírio, no Pará.
Segundo a Funai, não houve localização de grupos isolados após mais de uma década de monitoramento e “sucessivas portarias de interdição”, além de expedições e estudos técnicos na região de Ituna Itatá. “A Funai entende que não há elementos que justifiquem a edição de uma nova portaria de interdição da área. A fundação ressalta que permanece acompanhando, de forma constante e permanente, as áreas indígenas do interflúvio Xingu-Bacajá, nas Terras Indígenas Trincheira Bacajá e Koatinemo, não descartando a possibilidade de que os supostos indígenas isolados possam ter se deslocado para essas regiões do entorno”, informa o órgão. “Não foram localizados nem identificados grupos em isolamento no local.”
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PUBLICADO POR: JORNAL DA CIÊNCIA SBPC
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