Epopeia Acreana  1ª Parte – XI 

O Canoeiro Hiram Reis e Silva

Mangabeira por Almachio Diniz – IV  

Tais foram as primeiras provações, com as quais teve de transigir o espírito sereno de Francisco Mangabeira, para preparar-se em êxtases de artista, com que, mais tarde, orientou a sua bizarra ‒ “Tragédia Épica”. Mangabeira não foi dos primeiros que partiram de Queimadas, o que não obstou, entretanto, que fosse ele um dos poucos que atingiram o Arraial de Canudos, do que dão testemunho as suas produções dali datadas, e que constituem o seu livro referido, quase todo ali escrito, e todo inspirado nas amarguras daquela épica passagem de sua curta existência. Aquela peregrinação piedosa do poeta, dando-lhe experiência para mais tarde escrever o seu poema épico, como o escreveu, sob a forma de uma tragédia de transes dolorosos, teve o seu batismo de sangue, quando, acompanhando a brigada que partira do Rio comandada pelo General Miguel M. Girard, e que passava perto do Rancho do Vigário, sob o comando do Major Henrique de Magalhães, a 15 de agosto, ali sofreu um primeiro ataque da jagunçada, sobre o qual foi que o poeta escreveu o poemeto ‒ “O Batismo de Sangue” ‒ com uma forte impressão realista. É de Martins Horcades ([1]) a narrativa:

No caminho, perto do Rancho do Vigário, teve ela de sustentar forte tiroteio com os jagunços que se achavam ocultos no mato, falecendo, nesta ocasião, os distintos Alferes Arnaud e Tranquillino. Com ela chegaram também os nossos colegas Bomfim de Andrade, Cordeiro Junior, Adriano Fontoura, Francisco Mangabeira, Carlos Mangabeira, Eduardo Cox e Virgílio Braga, muitos dos quais a pé e fatigados da viagem que fizeram desde o lugar do tiroteio, onde perderam quase tudo quanto traziam, devido à confusão que havia feito o gado, esparramado, talvez propositalmente, pelos vaqueiros que, no dia 1° de outubro, foram encontrados dentro de Canudos.

O poeta, porém, disse o primeiro encontro com o infortúnio da guerra, deste modo eloquentíssimo:

O Batismo de Sangue
(Mangabeira, 1900)   

Ei-los em meio à estrada… Exaustos e cansados
Atravessam os montes,
Vingam os alcantis, transpõem os valados,
Sob a chama do Sol que doira os horizontes.  

Quem de longe vê essa estranha mole ([2]) humana
Viajando no deserto,
Pensa que está fitando alguma caravana
Em busca de um tesouro, há pouco descoberto.  

As lanças, a espelhar, centelham sobre os ombros
Dos soldados robustos
Que vão, calmos, pisando os lúgubres escombros
Do incêndio que torrou os míseros arbustos.  

Tontos, os animais escondem-se, escutando
O brado das cornetas,
Que soam rudemente, as aves espantando
E espavorindo até as mansas borboletas. 

E os soldados lá vão, cheios de atrevimento,
Pelos caminhos broncos,
E dormem afinal, exaustos, ao relento,
Deitados pelo chão, nas pedras e nos troncos.  

De noite o acampamento, à luz que se bifurca
Em réstias infinitas
Das barracas, parece uma cidade turca
Feita de palanquins, bazares e mesquitas.  

Também pode lembrar por causa das ramagens
Que o escondem, na floresta,
Uma taba feliz de indômitos selvagens,
Acesa, celebrando uma pomposa festa.  

Divertem-se e, por fim, quando a corneta soa,
Todos vão à procura
Da barraca, onde o pranto oculto corre à toa
Abrandando a saudade imensa que os tortura.  

O acampamento fica ermo e silencioso.
Só se percebe pelas
Barracas escorrer um fluido luminoso,
Que é a piedade da Lua e a mágoa das estrelas.  

Antes do Sol raiar, quando no céu ainda
Fulge a Lua prateada
Entre os astros, bem como uma princesa linda,
A corneta já diz o toque de alvorada.   

Todos despertam logo… Arreiam-se os cavalos
Impacientes e brutos.
E, sem haver tremor de terra nem abalos,
O acampamento cai em dois ou três minutos.   

Viajar de madrugada! Eis a maior delícia
Que a existência entesoura:
A mata canta e cheira, o vento é uma carícia,
E no céu muito azul, a aurora muito loura. 

Depois desponta um sol esplêndido, sem tréguas,
Incendiando tudo.
E eles têm que fazer uma porção de léguas
Por este ínvio sertão esbraseado e mudo!  

A fome e a sede já os desanimam; vê-se
A ampla língua pendente
Da boca de cada um, babando; e assim parece
Que são como os dragões das lendas do Oriente.  

Os soldados, ao ver que o doce consolo
Para os seus males tarda,
Desesperam, e alguns caem no ardente solo,
Não podendo aguentar o peso da espingarda.  

A canícula atroz incendiou os galhos
Das árvores despidas,
Que se quedam de pé como a pedir orvalho
Que as tornem, como sempre, enormes e floridas.  

A viagem finda… Eis quando inumeráveis balas
Pérfidas e certeiras
Fazem nos batalhões claros enormes; alas
E mais alas de heróis tombam no chão inteiras. 

Ninguém sabe o inimigo, em que lugar se oculta.
E dos bosques em meio
À peleja cruel e pavorosa avulta,
E é cada vez maior o horrível tiroteio. 

Quando os soldados vão descarregando fogo,
Reparam que o adversário
Nada sofreu e, sim, as árvores que logo
Se despenham, fazendo um ruído extraordinário.  

A luta aumenta: o solo é um Rio ensanguentado
Onde boiam os mortos.
Como é triste morrer exangue e abandonado,
Sem carinhos! Sem luz! Sem beijos! Sem confortos!  

Luzidos batalhões rolam sem vida; os moços
Oficiais feridos
Com as espadas nas mãos revolvem-se nos fossos,
E morrem aclamando os bravos destemidos.  

A tropa, sitiada, avança e não recua
Porque ainda lhe resta
Um bando de leões… E, quando surge a Lua,
Acampam, afinal, no meio da floresta.   

E aí, vendo que a morte arrebatou metade
Dos companheiros, calma,
Eles choram por fim… mas choram de saudade,
Que a saudade é um luar que temos dentro da alma.
 

Foi assim que Francisco Mangabeira teve a experiência inicial dos horrores da luta fratricida, sob cuja inspiração direta escreveu o seu brilhante poema, em cujas estrofes mais se cantam as virtudes heroicas dos vencidos, do que as façanhas canibalescas dos vencedores… Por fim, Mangabeira foi operar em um hospital nas vizinhanças de Canudos. Do seu esforço nesse labor insano, informa o mais vivo testemunho de um seu colega de denodo, Martins Horcades, em seu já referido livro:

Não me demorei, porém, aí, porque, no dia 23, visto não se ter quase o que fazer, fui a Canudos, e pedi ao Dr. Curió, para me desligar da Brigada, afim de ir servir no hospital, pois havia bastante serviço e os colegas que lá estavam viviam bastante fatigados pelas inúmeras e consecutivas noites, que perdiam.  Imediatamente foi dado em detalhe do dia o meu desligamento, pelo que eu aí fiquei, morando, então, com os distintos e bons colegas João Pondé e Pedro Albernaz. O hospital tinha muitos doentes e feridos e o serviço estava dividido em quartos, que principiavam às 6 horas da manhã e iam até ao outro dia, ficando quem estivesse de quarto obrigado a estar à testa de todo o serviço, quer de noite, quer de dia. Felizmente aí o coleguismo foi extraordinário e a toda prova, tal o critério de Ernesto Teixeira, Francisco Mangabeira, Josefino de Castro, Epaminon­das Gouveia e Joaquim Xavier. Só havia três médicos militares no hospital e nove acadêmicos.

A minutos e a sobranceiro do Arraial de Canudos, jamais a serenidade de ânimo do poeta desapareceu. Ninguém se lhe avantajou na coragem e no afoitamento. Mas, só ele teve alma para sobreviver, no culto da beleza, àqueles horrores da carnificina de irmãos mal compreendidos em seus ideais de fanatismo e, por isso mesmo, finalmente assassinados pela civilização…

Nesse mesmo hospital, permanecendo até à destruição de Canudos, foi Mangabeira o assistente do bravo Major Henrique Severiano, até lhe fechar os olhos de sacrificado com um ferimento no estômago, por bala Mannlicher ([3]), no assalto final, verificado em 1° de outubro de 1897. Foi dali que o poeta viu a chacina dos vencidos, a que alude em sua – Carta do soldado – com que se iluminaram, como adiante entrará em apreço, as páginas de Tragédia Épica:

Dona Leonor
(Mangabeira, 1900) 

Da guerra o monstro estertora
Sob os pés do Anjo da Paz,
Que lembra Nossa Senhora
Esmagando Satanás… 

De referência à ação de Francisco Mangabeira em Canudos, depôs Múcio Teixeira:

Tornou-se notável a sua coragem em mais de uma ação, conduzindo nos braços os feridos e os moribundos, que ia levantar do ponto onde caiam, atravessando imperturbável o campo de batalha.

Disseram-me os meus velhos amigos Carlos Telles e Dantas Barretto, generais a quem o recomendei, que era assombroso o sangue frio com que o juvenil poeta atravessava as linhas onde era mais nutrido o fogo da fuzilaria; e que, enquanto os soldados se resguardavam nas trincheiras, o poeta nem se lembrava de que tinha o peito exposto às balas, de tão preocupado com a intenção de minorar as dores dos feridos.

Acanhado na roda dos homens, tímido no grupo das mulheres, esquivando-se ao rumor das festas, falando pouco, sempre pensativo e melancólico, com um critério, que lhe desmentia o verdor dos anos, era de uma incomparável audácia nos momentos de perigo e de inexcedível atrevimento nos rasgos da inspiração; dando do seu fogo sagrado um vivo reflexo nas páginas dos seus livros, e da sua bravura exemplos como este: achando-se o seu irmão Carlos, que servia como farmacêutico na ambulância por trás da trincheira negra, onde era maior o perigo, abandonou o seu posto no hospital de sangue e atravessou a linha inimiga até chegar ao ponto a que se destinava.

E nesse estuar ([4]) de coragem, não se deixou perturbar jamais pelo medo comum e que tantas desvantagens trouxe ao êxito pronto das lutas… O mais belo, pois, do segundo poema de Francisco Mangabeira, colheu ele, como as impressões lídimas ([5]) de uma chapa de fotografia, no estranho da luta fratricida, durante a qual, se viu o homem rude ter coragem de vir arrebatar à unha a boca de fogo, que destroçava os seus domínios e o exímio caçador, do cimo de uma árvore esguia, derrubar numerosos soldados, sem a perda de um tiro, apreendeu também que a força tem um domínio sobre a natureza, em virtude da qual só os mais fortes vencem e sempre os menos aptos sucumbem…

Resignação e Descrença
(Mangabeira, 1906) 

Olha: a felicidade é um anjo vagabundo,
Que, nem mesmo no amor, palpita e se agasalha.
E, se vive por sobre a vastidão do mundo,
É nos ninhos em flor e nas casas de palha. 

Dali em diante o sucesso da vida do nume foi o de todos os grandes vates: em luta com a sorte, em desafio com o amor, arrebatando-se com os sonhos de glória, nos braços da morte, que, para Francisco Mangabeira, foi prematura. Diplomado em medicina, os seus últimos dias foi perde-los na Amazônia. Fernando Caldas faz a história da vida do poeta sinteticamente:

Terminada, enfim, a guerra, se tal nome deve dar-se à peleja de irmãos, voltou à cidade do Salvador, depois de ter presenciado por um atavismo da infâmia a degradação de um Arraial à fase lamentosa de escombros, reduzido à tapera pelo incêndio que a tudo, derrocava, amalgamando num montão de ruí­nas alicerces e habitadores! Aqui permaneceu até o ano de 1900, em que se doutorou em medicina, par­tindo logo empós ([6]), para o Estado do Maranhão, contratado médico da Companhia Maranhense, Esta­do em que ficou alguns meses, dirigindo-se depois, para o Amazonas. Daquele, mandou-nos uma carta onde transpareciam incisivamente, lembranças nos­tálgicas da Bahia, e onde contava a sua vizinhança com Gonçalves Dias. Chegado a Manaus, teve de lutar, materialmente, pela vida; percorre vários pon­tos em Comissão do governo do Estado, sempre trabalhando nos misteres da luta que empenhou, voltando ao torrão natal em dezembro de 1902, e aqui permanecendo até março de 1903, época em que parte novamente para o Amazonas com destino ao Acre no elevado cargo de representante do “Diário de Notícias”.

De fato, lá chegou, e onde mais do que nunca, foram grandiosíssimos os seus consagramentos pela solda­desca desprovida de médicos e farta de moléstias. Ainda em caminho, serviu espontaneamente, e gratuitamente, ao desfalcado 40° Batalhão. Lá sortiu ser secretário da revolução, compondo para apoteose daqueles vendeanos ([7]) ignorados o formoso hino acreano. Prodigalizando novas seivas a organismos depauperados, foi, pouco a pouco, enfraquecendo o seu, naquele clima enfermiço e cheio de impaludismo, até que apanhou a desgraçada polinevrite ([8]), que o tinha de roubar à glória da Pátria e ao aconchego do lar e dos amigos.

A felicidade, fugindo ao encontro material do poeta, surtia em cavalgada das Valquírias… Tanto mais longe se punha quanto mais próximo dela se sentia o vate… E assim tombou ele como um Sol de oiro, num leito de lençóis sanguíneos, na fimbria do horizonte oceânico… A sua passagem pelo Acre, como por toda a parte, captou mais do que amizades, porque captou dedicações… Ali assomou como um leão de farta juba, no promontório da serra, descalvada ([9]), olhando arguto as cercanias e desferindo o seu grande grito de alerta, no pomposo hino acreano, em que o patriotismo não consegue abafar a inspiração do nume. Múcio Teixeira confirma o êxito do homem no meio político do extremo Norte:

E mais tarde, convidado pelo Cel Plácido de Castro para dirigir o Corpo de Saúde do seu exército na guerra contra a Bolívia, não vacilou em aceitar a temerária incumbência, afrontando simultaneamente as ameaças climatéricas da pestífera região do Acre, temeridade que lhe custou a preciosa existência, mor­rendo em consequência do veneno paludoso, expiran­do em pleno mar, quando regressava, com a esperan­ça de exalar o último suspiro no seio da família.

Foi o trágico da vida na epopeia vivida da poesia: o poeta vencido pelo homem, depois de iterativas derrotas na existência. Mas, a memória dos companheiros reteve graves iluminuras ([10]) a que atingiu o poeta do Hostiário. Xavier Marques, de quem Francisco, ultimamente na vida, esteve muito próximo, através de Octavio Mangabeira, que se iniciava intelectualmente ao lado do tradicionalista romântico do Pindorama, romanticamente expõe; os últimos estágios da existência luminosa de Francisco Mangabeira:

Dessa campanha, quase inverossímil, entretida naqueles confins da Amazônia, entre florestas e águas formidáveis, apreende o poeta os elementos heroicos e compõe uma espécie de lenda com muito maior dose de maravilhoso do que lhe emprestava o comum das imaginações.

Subia quotidianamente à sala do Diário de Notícias e todos os dias nos falava dos Acreanos, com tal sentimento do extraordinário dos seus leitos, que fazia prever um novo lance semelhante ao de Canudos. Afinal aparece-nos a anunciar sua próxima partida para o Acre. Já não era surpresa. O que foi essa aventura de cavaleiro cruzado, inocente de qualquer pensamento egoísta […], o que lhe custou em fadigas e tenacidade essa viagem, a princípio como médico gratuito de um Batalhão, depois a sós, pela vazante do Rio, ora em canoas, ora a pé, sob os flagelos do clima equatorial, até alcançar a sonhada Palestina, disse-nos ele, sem nenhum encarecimento, em uma série de Cartas do Amazonas, páginas impressio­nistas, onde estampa o sacrifício dos soldados brasileiros, com aquela imensa piedade que na “Tragédia Épica” se estende aos próprios cães, esfaimados, a ganir e a expirar sobre a cova dos sertanejos:

Os Cães
(Mangabeira, 1900) 

Numa angústia sem fim, iam passando os dias
E as noites a chorar junto das sepulturas,
Até que, pouco a pouco, a fome, a sede e as penas
Os prostraram, e à luz das regiões serenas
Eles morreram como angélicas criaturas…  

Está quase a findar a Ilíada do nosso virtuoso boêmio. No Acre fraterniza com os guerrilheiros de Plácido. Ajusta-se facilmente às condições do seu viver afanoso e nômade. Serve como secretário da Revolução e escreve o Hino Acreano que é aprovado no acampamento de Boa Fé. Ouçamos, através de uma só estância, como se afina a alma do poeta para o sentir daqueles patriotas:   

Hino do Acre
(Francisco C. Mangabeira) 

Mas, se o audaz estrangeiro, algum dia,
Nossos brios de novo ofender,
Lutaremos com a mesma energia,
Sem recuar, sem cair, sem tremer.  

E ergueremos, então, destas zonas
Um tal canto vibrante e viril,
Que será como a voz do Amazonas
Ecoando por todo o Brasil. 

Depois disso, é a doença palustre, a volta a Manaus, o embarque para a Bahia, os delírios e a morte no mar, após um brado de agonia em que proclama o título que era todo o orgulho da sua fronte ingênua e modesta: – “Como é que morre um poeta com vinte cinco anos!”. Encerrava-se, mal se abrira, o ciclo daquela existência nervosa, em pleno oceano, e, passando já o primeiro quartel de século, Francisco Mangabeira – na data de 27.01.1904 tombava em viagem de retorno à Bahia, depois de experimentar os tóxicos da inospitalidade do Alto Acre, como experimentara a ebriez ([11]) do sangue nas trincheiras que dominaram, álacre, os Arraiais fanáticos de Canudos… Reter-me-ei, por agora, no fato mesmo de sua morte, como traço de mais colocado entre as duas expressões de sua mentalidade: a poesia e a glória.

Como se teria dado essa afirmação terrena de sua qualidade de sobrevivência? Falaram antes de nós os seus biógrafos, embora longamente se reproduzindo a cena de pôr de Sol na amplidão do Oceano sem limites, a confirmar quanto o poeta asseverou por conta própria:

E grande, e nobre,
e mudo, morreu…

O Sol subia
amortalhando-o
em oiro…
(DINIZ, Almachio, 1929)

Por Hiram Reis e Silva (*), Bagé, 03.12.2021 – um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.

Bibliografia  

DINIZ, Almachio. Francisco Mangabeira – Brasil – Rio de Janeiro, RJ – Tipografia da Escola Profissional, 1929.  

(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;  

  • Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
  • Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) (2000 a 2012);
  • Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
  • Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
  • Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
  • Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
  • Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
  • Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
  • Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
  • Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
  • Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
  • Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
  • Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
  • E-mail: [email protected].

[1]   Alvim Martins Horcades: Descrição de uma Viagem a Canudos.

[2]   Mole: massa informe.

[3]   Mannlicher: fuzil 8 mm projetado pelo austríaco Ferdinand Ritter Vonn Mannlicher. Arma robusta e precisa com alta cadência de fogo. Pesava: 3,80 kg, com um comprimento total de 1.272 mm, comprimento do cano de 765 mm e um carregador com capacidade para 5 cartuchos.

[4]   Estuar: efervescer.

[5]   Lídimas: legítimas.

[6]   Empós: após.

[7]   Vendeanos: naturais, habitantes locais.

[8]   Polinevrite: polineurite.

[9]   Descalvada: sem vegetação.

[10]  Iluminuras: letras capitulares dos manuscritos medievais.

[11]  Ebriez: embriaguez.