A terceira edição do Projeto Tribos premiou os melhores cafés especiais de produtores indígenas do estado de Rondônia. Campeão do concurso deste ano, Jair Suruí recebeu R$ 25 mil de prêmio e mais R$ 3 mil por cada saca comercializada para o grupo 3Corações, que promove e incentiva a produção de café sustentável de qualidade nas Terras Indígenas do estado.
O resultado foi divulgado por meio de uma transmissão via internet no dia 4 de dezembro. Para o 2º colocado o prêmio foi de R$ 10 mil mais R$ 2 mil para cada saca vendida à empresa; e o 3º colocado recebeu R$ 8 mil mais R$ 1 mil por cada saca vendida. Do 4º ao 10º colocados o Concurso distribuiu R$ 5 mil em prêmio mais R$ 800 por cada saca de café especial vendida. Confira os dez vencedores da edição 2021 do Concurso Tribos:
1º: Jair Suruí: 90,42 pontos
2º: Yabilor Suruí: 90 pontos
3º: Alessandra Makurap: 89,75 pontos
4º: Hermes Suruí: 89,67 pontos
5º: Melissa GoBpoto Suruí: 89,21 pontos
6º: Darlan Oykoy Suruí: 88,42 pontos
7º: Joel Oyyeter Suruí: 88,38 pontos
8º: Valcenir Canoé: 88,25 pontos
9º: Robson Suruí: 87,75 pontos
10º: Valdir Ferreira Aruá: 87,25 pontos
Cerca de 130 famílias indígenas produtoras da variedade robusta amazônico comercializam a sua produção de café por meio do Projeto Tribos, que é fundamentado em um tripé que engloba protagonismo indígena, produção sustentável de café e proteção da floresta, em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), Embrapa Rondônia, Emater-RO, Secretaria de Agricultura de Alta Floresta D’Oeste e Câmara Setorial do Café.
Cafeicultura indígena
O coordenador regional da Funai em Cacoal (RO), Sidcley José Sotele, ressalta a transformação pela qual passaram as famílias indígenas que abraçaram a ideia do cultivo sustentável de café. “Como engenheiro agrônomo, sei da importância da iniciativa porque a assistência do Projeto e dos órgãos parceiros incentiva os indígenas a melhorar a qualidade da produção do café especial, cujo alto valor agregado promove uma melhor fonte de renda para a agricultura familiar indígena”, afirma Sotele.
Desde de 2018 a produção de café indígena é vendida para o grupo 3Corações, por meio de acordo que prevê o aumento da produtividade com foco na qualidade do café especial sustentável. Somente na Terra Indígena Sete de Setembro, da etnia Paiter Suruí, cerca de 110 famílias indígenas de 15 aldeias se organizaram em associações cooperativas para o ganho em escala e a distribuição da safra. A Coordenação Regional de Cacoal apoia os cafeicultores indígenas por meio da logística do transporte da produção e o fornecimento de materiais como sacarias, lonas e peneiras utilizados na colheita do grão.
Etnodesenvolvimento
Nos últimos dois anos, a Funai investiu aproximadamente R$ 30 milhões em projetos voltados para a geração de renda nas aldeias e fortalecimento cultural dos indígenas, atendendo aos preceitos constitucionais de respeito aos usos, costumes e tradições de cada etnia. Os recursos foram destinados para ações que visam a autossuficiência das comunidades indígenas, como a aquisição de materiais de pesca, sementes, mudas, insumos, ferramentas e maquinário agrícola.
Assessoria de Comunicação / FUNAI com informações da Coordenação Regional Cacoal (RO)
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