A Organização Internacional para Migrações, OIM, e a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, precisam de US$ 1,79 bilhão para prestar auxílio a refugiados e migrantes da Venezuela e suas comunidades de acolhida.
Atuação no Plano de Resposta a Refugiados e Migrantes 2022 cobre Brasil e mais 16 países; iniciativa busca soluções de longo prazo para que beneficiários retomem suas vidas e sejam reforçadas respostas em nível dos países e da região.*
As agências das Nações Unidas publicaram o Plano 2022 – O Plano de Resposta a Refugiados e Migrantes 2022, contemplando países na América Latina e no Caribe.
Acolhida
O número de venezuelanos nessas condições, em todo o mundo, já chega a 6 milhões. A maior parte se encontra em países da América Latina e do Caribe.
Vários países de acolhida estabeleceram mecanismos de proteção e regularização considerados inovadores para acesso a direitos e serviços.
Mas como a crise se prolonga, as comunidades veem suas carências aumentar assim como os riscos enfrentados pelos migrantes e refugiados.
O enviado especial do Acnur e da OIM para Refugiados e Migrantes da Venezuela, Eduardo Stein, cita o apoio constante da comunidade internacional como crucial para atender às necessidades mais urgentes e ajudar os países anfitriões a garantir a integração socioeconômica.
Pandemia
Segundo ele, “aqueles que deixaram a Venezuela estão dispostos a contribuir e retribuir às comunidades de acolhimento.”
A pandemia Covid-19 piorou as condições de vida dos mais vulneráveis na região, incluindo refugiados e migrantes.
O desemprego e a pobreza crescentes, as dificuldades de acesso à educação e serviços básicos, bem como os sérios riscos de proteção decorrentes da sua falta de regularização migratória, deixaram muitos em desespero e causaram mais migração em busca de uma vida melhor.
Com as fronteiras fechadas na região para conter a propagação da Covid-19, os venezuelanos usam rotas informais e trajetos a pé.
Soluções
Uma situação com graves perigos, condições climáticas extremas, riscos naturais, ameaças de traficantes de seres humanos e abuso por contrabandistas.
O plano regional pretende responder às necessidades urgentes, apoiando soluções de longo prazo.
Outra meta é fortalecer ainda mais as respostas nacionais e regionais com serviços humanitários de saúde, abrigo, distribuição alimentar, água, saneamento e higiene nos países anfitriões.
Paralelamente, o plano quer integrar em longo prazo aqueles que estão há vários anos nas comunidades de acolhida e promover o apoio ao desenvolvimento para esses países.
O alvo é garantir o acesso à educação, proteção, regularização migratória, mercado de trabalho, bem como a programas nacionais de saúde e bem-estar social.
Eduardo Stein destacou que esforços em andamento para a regularização migratória são um gesto de solidariedade e exigirão um investimento financeiro.
Para ele, é necessário “um maior compromisso e esforços combinados para garantir que ninguém seja deixado para trás.”
Refugiados
O novo plano reúne 192 parceiros incluindo agências das Nações Unidas, organizações não-governamentais, sociedade civil e comunitárias lideradas por refugiados e migrantes.
A execução das atividades envolverá governos, entidades da sociedade civil e religiosas, bem como comunidades locais, doadores refugiados e migrantes como parte da atuação com as populações afetadas em cada fase da resposta.
A implementação será feita no âmbito da Plataforma de Coordenação Interagências R4V em 17 países da América Latina e Caribe.
Entre eles estão Argentina, Aruba, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Curaçao, República Dominicana, Equador, Guiana, México, Panamá, Paraguai, Peru, Trinidad e Tobago e Uruguai.
*Com reportagem do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil, Unic-Rio.
PUBLICADO POR: ONU – NAÇÕES UNIDAS – 14 dezembro 2021 – Migrantes e refugiados
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