Objetivo do evento é sensibilizar a população para as medidas de prevenção, controle e eliminação da malária no Brasil

No próximo sábado, dia 06/11, é comemorado o Dia do Combate à Malária nas Américas. Em alusão à data, o secretário Robson Santos da Silva, da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) participará da Mobilização Social na cidade de Manaus/AM, um evento coordenado pelo departamento de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial – CGZV/Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis – DEIDT da Secretária de Vigilância em Saúde – SVS.

Além de orientar a população para as medidas de prevenção, controle e eliminação da malária no Brasil, o objetivo é mostrar as principais ações realizadas pelo Ministério da Saúde. O evento contará com a participação do ministro da pasta, Marcelo Queiroga, autoridades locais, bem como Conass, Conasems e coordenadores dos Programas Estaduais de Controle da Malária (PECM).

A malária é uma doença infecciosa que causa sintomas como febre alta, náuseas, tremores, dor de cabeça entre outros. Em 2020 foram notificados na saúde indígena 47.460 casos, 47.448 evoluíram para cura. Dados preliminares de 2021, apontam para 30.956 casos notificados até o momento, sendo que 30.951 casos evoluíram para cura.

Dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), 20 são endêmicos para a malária. Segundo Robson Santos da Silva “É fundamental a garantia da oferta do diagnóstico e do tratamento adequado, além das ações de controle vetorial e de educação em saúde, para o alcance da eliminação da doença”, reforça o secretário da SESAI.

AÇÕES REALIZADAS PELA SESAI 

Em outubro, a SESAI, por meio de parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), recebeu mais de 300 pranchas para o diagnóstico da malária. Serão beneficiados todos os DSEI que apresentam casos de incidência da doença.

Este material será utilizado pelos técnicos laboratoristas que atuam em campo em busca da identificação da microscópica da malária pelo método Giemsa, uma técnica de coloração diferencial utilizada para a diferenciação de células sanguíneas normais e anormais em exames periféricos de sangue e medula óssea, bem como para a coloração de cortes histológicos e amostras citológicas. Além disso, o material apresenta texto explicativo sobre as quatro espécies de parasitos causadores da malária humana e sua morfologia.

De acordo com o diretor do Departamento de Atenção à Saúde Indígena (DASI), Marcelo Alves Miranda, as pranchas servem como guia para os profissionais de saúde. “O intuito é apoiar ações de capacitação e fortalecer o diagnóstico da doença nas áreas de abrangência dos 20 DSEI endêmicos para malária”, afirma.

Além disso, são ações realizadas constantemente pela SESAI: testagem em massa para investigação epidemiológica da malária e diagnóstico precoce, busca ativa dos casos positivos, ações educativas com o apoio de intérpretes indígenas, distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração (MILD) do Ministério da Saúde, borrifações nas xaponas (casas de palha), fumacê com nebulização espacial na área externa das aldeias, entre outras.

Entendendo a necessidade da aproximação com as equipes que realizam as ações in loco, o Grupo Técnico da Malária da Coordenação Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial – CGZV/DEIDT/SVS-MS junto à Coordenação de Gestão da Atenção de Saúde Indígena – COGASI/DASI/SESAI-MS e a Coordenação de Gestão dos Determinantes Ambientais da Saúde Indígena – COAMB/DEAMB/SESAI-MS realizaram durante os meses de junho e julho de 2021 nove reuniões com 20 DSEI que notificaram casos de malária nos últimos anos.

Houve a participação de representantes dos programas de controle da malária dos estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Amapá e Acre, uma aproximação e pactuação das equipes da SVS e da SESAI junto as equipes dos DSEI, por meio de apresentações sobre a situação epidemiológica da malária.

Ações de saneamento são medidas de eficácia indiscutíveis e resultados permanentes para o controle da malária, bem como ações em educação e saúde. Destaca-se ainda à importância da aproximação, envolvimento e integração dos Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN) nas ações de combate à malária.

Mais informações sobre a situação epidemiológica, a doença e ações na prevenção e controle da malária podem ser acessadas AQUI.

Por Karina Borges – Nucom/SESAI