Publicação do Journal of the Geological Survey of Brazil apresenta evolução do conhecimento geológico da região do Alto Rio Negro e do Pico da Neblina

Região estudada fica na fronteira do Brasil com a Venezuela e a Colômbia

O Journal of Geological Survey of Brazil, periódico científico do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), publicou artigo sobre os “Avanços do conhecimento geológico na região do Alto Rio Negro, noroeste do Cráton Amazônico”, uma das mais isoladas e inexploradas da América do Sul.

O estudo foi fruto do trabalho dos geólogos do SGB-CPRM Túlio Mendes e Marcelo Almeida, além das pesquisadoras Rielva do Nascimento (Universidade Federal do Amazonas -UFAM), Renata Veras (Universidade Federal do Pará – UFPA) e o pesquisador Luis Guilherme Knauer (Universidade Federal de Minas Gerais -UFMG).

Mapa geológico atualizado da região do Alto Rio Negro, baseado em Almeida (2006), Almeida et al. (2013), Carneiro et al. (2017), Veras et al. (2018), Mendes et al. (2021) e Gomes et al. (2021). MP1 = Calimiano; MP1PP4 = Estateriano-Calimiano; PP4 = Estateriano; PP34 = Orosiriano-Estateriano

O artigo é um produto do projeto do SGB-CPRM Terras Indígenas do Noroeste do Amazonas e Pico da Neblina (Integração da folha NA.19 – fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela) e também da dissertação de mestrado do geólogo Túlio Mendes, defendida em fevereiro de 2021. O objetivo é apresentar como se deu a evolução do conhecimento geológico na região do Alto Rio Negro e também, com base em trabalhos mais recentes, o estado da arte para a região.

De acordo com Tulio Mendes, o principal avanço em relação ao que se conhecia a respeito do assunto foi reunir os estudos sobre a geologia regional e mostrar os avanços e problemáticas levantados ao longo tempo, já que até então a maioria das referências eram relatórios internos e apresentações em conferências científicas.

“A região do Alto Rio Negro é umas das mais isoladas e inexploradas da América do Sul. Esse artigo apresenta de forma cronológica como diversos trabalhos científicos, desenvolvidos desde meados do século XIX, contribuíram para se formar o conhecimento atual sobre a região. Com base no que é apresentado, revelam-se novas frentes de pesquisa a serem desenvolvidas na área”, sintetizou.

O especialista destaca ainda que o trabalho apresenta uma versão mais atualizada de mapa geológico para a região. “O artigo poderá auxiliar pesquisadores que futuramente irão trabalhar na região, até mesmo mostrando pontos cruciais a serem abordados”, concluiu.

Janis Morais
Renan Adnet
Assessoria de Comunicação – [email protected]

Serviço Geológico do Brasil ( SGB CPRM )