A floresta está revivendo. É o que aponta um levantamento anunciado nesta segunda-feira (1º) pela secretária da Amazônia e Serviços Ambientais do Ministério do Meio Ambiente, Marta Giannichi. Em palestra na Cúpula do Clima, ela afirmou que 163 mil quilômetros quadrados da Amazônia Legal foram recuperados em 2020, equivalente ao tamanho da Tunísia, país localizado no norte da África.
“Esse dado é importante porque significa que áreas que anteriormente foram desmatadas, agora, estão se tornando florestas novamente”, explicou a secretária. “[Significa que] a vegetação [está] em crescimento. Tem carbono sendo ‘sequestrado’ por essa floresta que está crescendo”, acrescentou.
O estudo foi produzido por técnicos da Embrapa, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipan). Para Giannichi, o relatório é importante para reafirmar os compromissos internacionais do Brasil na agenda ambiental. “Estamos sendo mais ambiciosos. Já atingimos 160 mil quilômetros quadrados [de floresta recuperada]. Esperamos que, até 2030, tenhamos 180 mil km²”, disse.
Agricultura
A secretária também falou sobre a política nacional de recuperação da vegetação nativa em propriedades rurais. O programa Floresta+, do Ministério do Meio Ambiente, por exemplo, recebe o investimento de R$ 65 milhões do Governo Federal.
O recurso é destinado ao pagamento de pequenos produtores rurais que protegem reservas legais e áreas de preservação permanente (APPs). É uma forma de compensação ambiental para a agricultura familiar. Os agricultores que utilizam a terra para plantar precisam desenvolver alguma atividade que recupere aquela área.
De olho nas florestas
Sem produzir dados desde 2014, o sistema TerraClass é agora reativado pelo Governo Federal para monitorar florestas brasileiras e propriedades agrícolas, o que também foi anunciado pela secretária da Amazônia no primeiro dia da COP26. A plataforma vai produzir quatro novos mapeamentos do território brasileiro, a partir de imagens de satélite.
Os levantamentos vão mostrar um “raio-x” detalhado sobre o uso da terra nos anos de 2018, 2020, 2021 e 2022. “É como se alguém tirasse uma foto do Brasil, diretamente do espaço, e a gente conseguisse classificar o que é cada uso, se é floresta, floresta secundária, se é agricultura, se é pasto”, exemplificou Giannichi.
ASCOM MMA – MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA
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