Expedição Centenária Roosevelt-Rondon 3ª Parte – XLI
Pousada Rio Roosevelt ‒ Aripuanã – I
Uma jornada de mil milhas
começa com o primeiro passo. (Confúcio)
07.11.2014 (sexta-feira) – KM 586 – KM 612
O dia iniciou com a passagem dos Rápidos do Infernão. Tínhamos deixado para trás a Cachoeira mas não seus Rápidos. Fui à frente reconhecendo as possibilidades que são muitas tendo em vista a largura do Rio chegar a 800 metros permeada de ilhas e rochedos, felizmente ultrapassamos sem maiores dificuldades os obstáculos apresentados. Relata o Angonese:
Quase virada da canoa e queda do Jeffrey:
Nos despedimos dos integrantes da Pousada Roosevelt com o Coronel Hiram à frente escolhendo as melhores rotas já que ainda estávamos dentro do complexo da Cachoeira do Infernão, e como o nome já diz, são águas não confiáveis. Num dos últimos rápidos deste complexo de desníveis acentuados, onde redemoinhos e ondas laterais desestabilizavam a embarcação (08°29’38,5” S / 60°58’04,6” O) a canoa inclinou ejetando o Jeffrey na água. Com a queda dele a canoa voltou ao normal onde pude conduzi-la a salvo até uma praia próxima. O Jeffrey foi socorrido pelo Cel Hiram que o rebocou de caiaque.
Neste episódio a máquina fotográfica profissional do Jeffrey ficou mergulhada, chegando a encher o visor de água. Imediatamente abri a carga que estava amarrada da canoa e enquanto o Jeffrey tirava a água do fundo com uma caneca eu comecei meus procedimentos de manutenção da máquina. Saqueia a bateria, tirei a fita de tiracolo, envolvi em uma camisa limpa e coloquei num saco com o arroz que ficaria lacrado por três dias [o arroz tem propriedade higroscópica].
Cachoeira da Glória
Logo adiante, a 3 km, a Cachoeira da Glória, que se estende por quase 2 km, cujas corredeiras podem ser transpostas facilmente exceto a que fica a meio curso dela (08°28’18,5” S / 60°58’37,4” O). Parei em umas pedras (08°28’48,8” S / 60°58’40,0” O) antes da curva à esquerda onde se iniciam os rápidos e aguardei o Dr. Marc se aproximar. Informei-lhe que ele devia colar na margem esquerda logo depois da curva e me acompanhar até onde eu aportasse. O Dr. Marc fez a curva aberta demais e teve, depois, de passar por uma rota menos segura, pedi a ele que orientasse os “Camaradas” e que eles aportassem em segurança logo adiante porque eu precisava fazer um reconhecimento à frente. Desembarquei na margem esquerda para reconhecer o melhor ponto de passagem e depois me desloquei até meus parceiros informando-lhes que iria atravessar e verificar se era seguro eles descerem por ali também. Coloquei a saia no caiaque, por precaução, e atravessei a torrente veloz, o problema não era a queda nem a velocidade das águas eram os grandes redemoinhos que se apresentavam logo depois, o rebojo formado por eles poderia provocar um desastre.
Aportei mais adiante e pedi que eles viessem para a margem esquerda onde transporíamos as embarcações à sirga. Felizmente conseguimos vencer esta etapa sem grandes problemas.
Cachoeira do Inferninho
Navegamos em águas calmas, pelos dez quilômetros de uma longa curva à esquerda, antes de encontrar o “Inferninho”, que também se estende por uns dois quilômetros.
Fui à frente e a primeira passagem à esquerda foi simples, mas os obstáculos se sucediam e, em um deles, tivemos de usar o recurso da sirga por garantia para transpor a canoa. Foram muitas as surpresas, não tive tempo de reconhecer cada passagem, demoraria demais, então atravancamos. Depois do Inferninho encontramos mais algumas rochas e rápidos que não apresentavam nenhuma dificuldade. Aportei em uma Ilha (08°22’11,2” S / 60°59’42,8” O) onde decidíramos acampar e embora tivesse sugerido aos “Camaradas” o uso da sirga em um local bastante seguro para isso eles preferiram realizar a passagem à remo. Ganhavam confiança, dia-a-dia, nossos “Camaradas” depois de enfrentar tantos desafios. Foram 26 km de pura emoção.
08.11.2014 (sábado) – KM 612 – KM 642
O dia anterior tinha sido cheio de emoções em vivo contraste com o de hoje que transcorreu num marasmo só. Eu tinha programado alcançar a Foz do Rio Machadinho (08°10’38,4” S / 61°01’51,7” O) que estava a exatos 30 km da Ilha onde acampáramos.
Segundo informação dos funcionários da Pousada Rio Roosevelt alguns metros a montante do Machadinho e na mesma margem estava localizado o Acampamento de apoio da Pousada Rio Roosevelt onde poderíamos pernoitar. Cheguei cedo, a cozinha e casa de hóspedes estavam fechados com cadeado, os dois aposentos destinados aos funcionários, porém, estavam abertos. Depois de colocar a barraca para secar fiz uma faxina nos quartos e montei a barraca em um deles. Tomei um bom banho de chuveiro, a caixa d’água estava abastecida, e fiquei aguardando meus parceiros.
Ame o seu próximo como a ti mesmo.
(Bíblia Sagrada – Mateus 22:39)
O Jeffrey montou a barraca no outro aposento espalhando seu material por todo canto. O Angonese ia dormir no mesmo aposento que eu e não sobraria espaço para o Dr. Marc montar sua barraca no aposento em que estava o Jeffrey. Nosso caro Mestre já estava montando, resignadamente, sua barraca ao relento quando resolvi organizar as coisas.
Reposicionei a barraca e as tralhas do Jeffrey e coloquei a barraca do Angonese que era menor que a do Dr. Marc no mesmo cômodo e com isso o caro Mestre podia ocupar confortavelmente o mesmo aposento que eu. Desde pequeno meu velho pai me ensinou a olhar ao redor e verificar se minhas ações poderiam estar causando algum transtorno ao próximo. Coisas simples como num dia de chuva, portando guarda-chuva não andar sob as marquises ‒ deixe-as para quem está desabrigado, em um supermercado, ao parar, cole o carrinho junto aos balcões e entre dois produtos expostos, assim você não interrompe o tráfego e não bloqueia o acesso das pessoas aos gêneros.
Infelizmente o individualismo está cada vez mais e mais presente nas ações das pessoas de todas as classes sociais que jamais se preocupam com o coletivo. Os japoneses, na última Copa aqui no Brasil, foram os verdadeiros campeões ao recolher o lixo deixado pelos torcedores relaxados. O Angonese pescou 12 belos tucunarés no Machadinho, em apenas 30 min, separou dois belos espécimes para degustarmos no nosso “almojanta”. Limpei os peixes e o Angonese assou-os.
Relata o Cel Angonese:
Foz do Machadinho: Neste final de jornada, descarregamos a carga da canoa e montamos as barracas. Com a canoa vazia remei 200 metros a jusante do acampamento até a Foz do Igarapé Machadinho. Lá avistei uma família de Ariranhas que se afastou com a minha chegada. Preparei a carretilha com uma colher. Comecei os arremessos e em duas fisgadas peguei dois belos tucunarés que foram reservados para nosso jantar. Para aproveitar o local piscoso, troquei a isca para uma colher sem farpa no anzol. Por ser um lugar de difícil acesso havia um grande cardume na Boca do Igarapé. Pesquei 12 tucunarés de grande porte além de outros pequenos e também bicudas. Apesar do cansaço, os arremessos e as recolhidas carregaram minhas baterias. Não podia desperdiçar esta oportunidade. Retornei para o acampamento onde o Coronel Hiram eviscerou os peixes para assá-los para o nosso jantar. Mais uma vez as cabeças faziam parte do cardápio.
09.11.2014 (domingo) – KM 642 – KM 676
Parti cedo, como de costume e parei na casa do Dr. Rogério para um café. Os paranaenses se adaptam excepcionalmente na Amazônia.
Parti logo em seguida pois queria achar um local confortável para acampar. Eu marcara umas ilhas de pedra a 34 km de onde pernoitáramos como ponto mais curto para acampar e caso o local não fosse satisfatório eu iria continuar procurando avante. Relata o Cel Angonese:
Dr. Rogério: Ao avistarmos uma bela residência de grande porte, aportamos para descanso e colher informações. O local estava sendo construído para ser uma futura pousada de pesca com acesso pela cidade de Santo Antônio de Matupi [KM 180 da Transamazônica], de propriedade do Dr. Rogério, Médico desta mesma cidade. Seus familiares estavam presentes por ser um domingo. Nesta ocasião sua esposa fritou alguns pastéis que foram devorados pelos remadores. Dr. Rogério e seu sócio Marcos mostraram dois objetos encontrados no leito do Rio Roosevelt: uma garrafa de barro onde estava escrito AMSTERDAM e uma garrucha muito antiga que nos foi mostrada e registrada pela equipe.
Novamente a equipe demorou-se para sair e parou tempo demasiado na casa do Dr. Rogério, o resultado dessa combinação fatídica de atrasos foi que enfrentaram fortes ventos de proa que os impediu de prosseguir até que a ventania diminuísse seu ímpeto. Eles vinham dando oportunidade, desde o início da Expedição, para que isso acontecesse e apesar de tudo continuaram a agir de igual forma do primeiro até o último dia de viagem. Eu tinha chegado cedo à referida Ilha de Pedras (07°55’54,3”S/60°59’52,8”O), antes das 11h00. Preparei o local do fogo coloquei os esteios para fixação da lona, colhi lenha para o fogo, cobri a lenha com um plástico, fixei a trempe, montei minha barraca, lavei minhas roupas, tomei banho, troquei a roupa e nada do restante da equipe chegar.
Os Camaradas chegaram somente por volta das 17h00 e o Dr. Marc visivelmente cansado, chegou logo depois, achando que tinha sido deixado para trás e quase resolvera acampar em outro local. A desorganização pode provocar fadiga e os dois juntos levam-nos a tomar decisões que podem comprometer a segurança e o bom andamento de um projeto. Eu sabia que isso viria a acontecer mais cedo ou mais tarde se não corrigíssemos alguns desvios de conduta.
10.11.2014 (segunda-feira) – KM 676 – KM 701
Parti sozinho por um longo Estirão, quase 10 km, e logo depois de uma suave curva à esquerda avistei, à margem direita, a Foz do Igarapé Caripe ([1]) e estava passando por umas pequenas corredeiras quando ouvi um grito, olhei para trás e só então enxerguei, à margem esquerda, a Casa de Apoio que um ribeirinho, que passou por mim de voadeira, mencionara no dia anterior, quando cruzara por mim na sua voadeira. Voltei e depois de aportar fui até a casa onde ficamos conversando durante algum tempo, ele me informou que por ali passara, também, a equipe capitaneada pelos americanos Paul Schurke e Dave Freeman mas que ao contrário da nossa desciam juntos e se comunicando pelo rádio durante todo o tempo. O prestativo amigo reforçou, mais uma vez, que na Cachoeira do Infernão eu deveria procurar apoio do caseiro Kleber que trabalhava na Pousada do Vitão. Orientou-me à respeito da localização da trilha que permitiria contornar a Cachoeira Carapanã. Despedi-me do prestativo ribeirinho e continuei minha descida.
A pouco mais de 01 km, Rio abaixo, passei à direita da Ilha Santa Rosa, que tem uns 03 km de comprimento, e onde o Rio apresenta sua largura recorde de 1,3 km. Após a Ilha o Rio inflete para a direita, as águas calmas prenunciam um grande obstáculo mais à frente, a região é muito bela e tranquila o som das águas revoltas ainda não chegaram aos meus ouvidos. Mantenho a rota junto à margem esquerda conforme me orientara o paranaense Marcos que trabalhava com o Dr. Rogério. Vou margeando uma grande Ilha à minha direita até avistar a entrada da referida Trilha (07°47’41,3” S / 60°54’48,1” O). Foram apenas 25 km de navegação.
Desembarco e ando pela trilha mais de 03 km (seis de ida e volta) e não encontro nada, meus informantes não haviam me repassado as distâncias, volto e resolvo navegar mais à frente e encarar a famosa Cachoeira do Carapanã. Embora a largura de margem a margem ultrapasse os 700 m, grande parte do caudal é carreado, graças a um infindável número de ilhas e rochas de todos os tamanhos e formas, para a margem esquerda à uma velocidade impressionante. Deixo o caiaque ancorado entre as rochas e atravessado em relação à torrente para que meus parceiros possam avistá-lo à distância quando se aproximarem e vou até a margem verificar se existe alguma outra trilha mais curta. Não existe nenhuma trilha recente e a passagem embora relativamente curta (400 m) necessitaria ser aberta à facão até uma pequena praia a jusante onde mais tarde encontrei o reboque e as voadeiras do Vitão. Retorno à trilha anterior e resolvo medir a distância até a referida praia pela trilha usada pelo pessoal do manejo florestal.
Foram aproximadamente 3.900 m até a praia que ficava a jusante da Carapanã e a aproximadamente 1.200 m a jusante havia outro Salto que teríamos também de desbordar. A mata fervilhava de vida, avistei pacas, cutias, caititus, mutuns de várias espécies, bandos de jacamins, macacos prego, aranha e barrigudos, ouvi, também, o barulho de um animal rompendo a mata em desabalada carreira que só podia estar sendo produzido por uma anta, enfim um paraíso ecológico sem precedentes. Voltei até a margem onde deixara meu caiaque e lá encontrei meus parceiros, eu tinha acabado de andar mais de 15 km e estava exausto.
Reportei as distâncias encontradas e afirmei que a melhor e praticamente a única opção plausível era conseguirmos apoio mecanizado com o tal do Kleber. O Angonese e o Jeffrey, depois de descansarem um pouco resolveram encarar a mesma trilha que eu percorrera sem dobrar à direita no entroncamento. Os dois retornaram à noite e o Angonese disse que andaram por volta de 10 km até chegar a uma pousada onde contataram o Kleber que ficou de conseguir algum apoio para o dia seguinte. Relata o Cel Angonese:
Apoio do Kleber: após nos confirmar que conseguiria o apoio no dia seguinte, o Kleber nos ofereceu uma costela de boi e 16 ovos de galinha, que aceitamos de pronto. Começamos o regresso para o acampamento quando o Sol já estava se pondo, tínhamos que retornar para tranquilizar os outros remadores. A força do grupo é a união do grupo, tínhamos que permanecer unidos. Foram mais 10 km de retorno pela noite amazônica na qual o maior perigo eram as surucucus e as onças pintadas que utilizam-se da emboscada para abater suas presas, atacando pelas costas.
Chegamos às 20h30 ao acampamento muito cansados depois de 20 km de marcha forçada. Imediatamente fritei a costela para não estragar e utilizar no dia seguinte e de manhã comemos uma bela omelete de desjejum.
11.11.2014 (terça-feira) – KM 701 (AC19)
Não acordamos muito cedo aguardando o desenrolar dos acontecimentos. Caso o Kleber conseguisse algum apoio ele só iria aparecer à tarde. O Dr. Marc conseguiu convencer o Angonese de reconhecer a margem direita da Cachoeira Carapanã. Não achei viável a empreitada tendo em vista a falta de disponibilidade de tempo do Jeffrey. A “portagem” das próximas cachoeiras seria extremamente exaustiva e demorada demais. À tarde, depois de permanecer um bom tempo de “molho” nas águas límpidas do Roosevelt, parti com o Angonese, no encalço do Kleber carregando, nas mochilas, material para acantonamento na Pousada do Vitão, se fosse o caso.
Tínhamos caminhado pouco mais de dois quilômetros pela trilha quando surgiu uma camionete pilotada pelo Sr. Antônio, doravante tratado por nós de Santo Antônio. Fomos até o porto a jusante da Cachoeira Carapanã buscar o reboque do Vitão e, em seguida, até o acampamento onde a dupla americana permanecera. Colocamos os dois caiaques no reboque e os carregamos com uma carga leve, em cima dos caiaques colocamos a canoa e o material mais pesado foi na caçamba da camionete. Passamos pela Pousada do Vitão e fomos direto até a margem do Roosevelt descarregar o material no local da partida, já que teríamos de nos deslocar para lá a pé no dia seguinte.
Levamos apenas o material imprescindível de acantonamento já que na pousada encontraríamos um local abrigado e colchões. Despedimo-nos do prestativo Santo Antônio que adiara uma viagem já agendada para nos apoiar. A noite foi muito agradável, a Pousada tem uma infraestrutura privilegiada, a energia é gerada por uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), há uma bela estrutura de madeira, com churrasqueira, mesas, enfim um fantástico restaurante encravado sobre as águas de um agradável Igarapé em plena selva amazônica. O Kleber cobriu-nos de gentilezas, conseguiu carne para o churrasco, arroz, ovos, enfim um jantar gastronomicamente equiparado ao do nosso amigo Jair da Buritizal.
Por Hiram Reis e Silva (*), Bagé, 28.10.2021 – um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.
Filmete
https://www.youtube.com/watch?v=OQcTRq9sYnY&list=UU49F5L3_hKG3sQKok5SYEeA&index=31
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
- Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
- Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) (2000 a 2012);
- Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
- Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
- Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
- Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
- Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
- Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
- Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
- Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
- Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
- Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
- Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
- E-mail: [email protected].
[1] José Caripe: foi nessa região que a Expedição original encontrou o Sr. Caripe proprietário de um armazém e que Cherrie afirmou que “imperava como o Rei da extração da borracha” no Rio Roosevelt.
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