Como parte do trabalho do governo federal de fomentar o mercado de pagamento por serviços ambientais, o Ministério do Meio Ambiente lançou nesta quarta-feira o Floresta + Agro, programa que busca reconhecer os serviços prestados por produtores rurais em áreas de preservação legal e de preservação permanente.
Este pagamento consiste na remuneração feita por pessoas ou organizações, públicas ou privadas, de âmbito nacional ou internacional, aos prestadores de serviços ambientais.
A diretora de Ecossistemas do Ministério do Meio Ambiente, Julie Messias, cita alguns resultados esperados com essa iniciativa que visa beneficiar os biomas brasileiros, como a conservação da vegetação nativa e da biodiversidade.
Para Bruno Barcelos, diretor técnico da CNA, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o Floresta + Agro atende uma demanda antiga dos agricultores brasileiros que é valorizar os produtores rurais que têm nas suas propriedades áreas protegidas.
Segundo a Embrapa, as áreas dedicadas à preservação da vegetação nativa pelos produtores rurais brasileiros somam 282 milhões de hectares e representam 33,2% do território nacional. O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, destaca o desafio de manutenção desse território e nada melhor do que ter os parceiros privados para incentivar a manutenção destas áreas.
O ministro Joaquim Leite também informou que já conversou com 70 dos 194 países que participam a partir de domingo da COP-26, Conferência das Nações Unidas sobre o Clima. Para Leite, a meta dos países ricos de conceder US$100 bilhões por ano aos países pobres, para enfrentar a crise climática, é insuficiente.
O Floresta + Agro é uma modalidade do Programa Floresta +, instituído no ano passado para remunerar quem protege a floresta nativa.
Publicado em 27/10/2021 – 19:59 Por Daniella Longuinho – Repórter da Rádio Nacional – Brasília – Edição: Sheily Noleto / Beatriz Arcoverde – RADIOAGÊNCIA NACIONAL
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