Segundo os pesquisadores, eles necessitam aprofundar pesquisas que já indicam que espécies podem estar em risco crítico de extinção
Manaus – Começa nesta sexta-feira(1º), e segue até o dia 25 de outubro a ‘Expedição Boto da Amazônia’ no Rio Amazonas. A expedição reúne cientistas da Sea Shepherd Global no Brasil e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), que lideram a pesquisa científica mundial sobre o boto rosa.
Segundo os pesquisadores, eles necessitam aprofundar suas pesquisas sobre o boto rosa, como é popularmente conhecido, ou boto amazônico (Inia geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis), que já indicam que essas espécies necessitam constar na lista de risco crítico de extinção pela International Union for Conservation of Nature (IUCN) para receberem a proteção ambiental que necessitam na região.
Estudo populacional
Estudos já demonstram que os botos da Amazônia tendem a diminuir sua população pela metade a cada 10 anos. Há várias ameaças a esses cetáceos, como a pesca acessória em redes, caça intencional de pescadores para diminuir a competição por peixes, construção de represas que isolam as espécies, e cada vez mais, assassinatos de botos com a intenção de usá-los como isca para a pesca ilegal.
Este é o primeiro estudo de longo prazo que será realizado em múltiplos pontos do rio, tornando possível uma avaliação do verdadeiro estado de conservação dessas espécies. O estudo populacional vai se estender por três anos e abranger duas expedições por ano cobrindo quatro pontos do rio Amazonas. Serão, no total, seis expedições, 3.000 km percorridos e 100 dias de observação.
O Rio Amazonas é a principal artéria para o oceano, representando 20% da descarga fluvial global. No passado, esses golfinhos eram protegidos por mitos e lendas que eram transmitidos por gerações desde as tradições de grupos indígenas locais. Hoje em dia, infelizmente, com a perda da força das culturas ancestrais isso se perdeu. Esses golfinhos são vistos como uma praga ou um incômodo para os pescadores. Ou pior, como ferramentas para pesca.
Para o fundador da Sea Shepherd, Capitão Paul Watson, os botos precisam de atenção imediata: “Estou muito animado que a Sea Shepherd Brasil vai fazer uma expedição no rio Amazonas e creio ser muito importante não só para o Brasil, mas em uma escala global, proteger os botos da Amazônia.”
Precisamos com urgência obter dados mais aprofundados sobre o declínio populacional desses animais para garantir que regras como a moratória da pesca da piracatinga, que está prevista para terminar em julho de 2022, continuem a proteger essas espécies. A sua contribuição é urgente e necessária para que esta expedição seja uma de várias.
Com informações da assessoria / [email protected]
Fonte: D24am. Leia mais em https://d24am.com/amazonia/expedicao-vai-investigar-possivel-extincao-dos-botos-na-amazonia/
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