Nações Unidas advertem que ação humana contra o planeta afeta principalmente os mais vulneráveis; efeitos incluem piora de desigualdades e atrasos no desenvolvimento; evento quer definir metas para conter perda de biodiversidade até 2030.

Cifor/Terry Sunderland – A restauração de habitats naturais pode ajudar a enfrentar as crises climáticas e de biodiversidade

A primeira parte da 15ª Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica abriu esta segunda-feira na cidade de Kunming, sudeste da China.

Na mensagem apresentada na plenária, a vice-secretária-geral das Nações Unidas, Amina Mohammed, afirmou que para verificar a perda da biodiversidade não há necessidade de se olhar para manchetes, mas para fora da janela.

Cifor/Ulet Ifansasti – Impactos na biodiversidade tem afetado milhões de pessoas, principalmente as mais vulneráveis.

Desenvolvimento  

Para a vice-chefe da ONU, dessa forma se observa os impactos que tem afetado milhões de pessoas, principalmente as mais vulneráveis. A situação aprofunda desigualdades e coloca o desenvolvimento em perigo.

Amina Mohammed pediu que haja uma ação transformadora de forma imediata para salvar a natureza e as pessoas.

Já para a secretária-geral da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, a COP-15 precisa impulsionar uma ação sem precedentes pela natureza porque “a humanidade está enfrentando o momento da verdade”.

Elizabeth Maruma Mrema defende que o evento resulte em “Acordo de Paris para a natureza”, que seria crucial para conter a crise global de perda de espécies.

Os dados divulgados pela convenção destacam que existe 1 milhão de espécies em risco de extinção devido à atividade humana.

Até sexta-feira, o evento será realizado de forma híbrida sob o tema “Civilização Ecológica: Construindo um Futuro Compartilhado para Toda a Vida na Terra”.

Unsplash/Sebastian Unrau – Mais de 2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono são anualmente absorvidas pelas matas, que purificam o ar e a água, fornecem alimentos, remédios e abrigam a biodiversidade

Participantes  

A conferência global convocada pelas Nações Unidas debaterá o desenvolvimento da estrutura global de biodiversidade pós-2020 para orientar ações de conservação em todo o mundo até 2030 com milhares de participantes.

Os tópicos de reuniões de alto nível, eventos paralelos e relatórios a ser publicados abarcam como lidar com as mudanças climáticas, a proteção e a restauração ecológica com soluções baseadas na natureza.

Risco de extinção 

O evento busca o compromisso de líderes e outros participantes a retomar esse “relacionamento” e que produza uma proposta em favor da biodiversidade.

Esta semana, a primeira reunião tem a maioria dos delegados se apresentando virtualmente. A expectativa dos organizadores é que a segunda fase, com início em abril do próximo ano, seja presencial.

O evento, adiado por várias vezes por causa da pandemia, busca que governos definam as metas para prevenir a perda de biodiversidade nesta década.

PUBLICADO POR:    ONU – NAÇÕES UNIDAS    –   Clima e Meio Ambiente