O governo do Amapá decretou estado de calamidade pública na região do Distrito do Bailique, arquipélago que fica a 12 horas de barco de Macapá, a capital do estado, e que sofre com o aumento da salinização das águas na foz do rio Amazonas.
Com o decreto, o governo local mobiliza todos os órgãos estaduais para atuarem sob o comando da Defesa Civil. O prazo do estado de calamidade pública é de 180 dias e, com a medida, o governo espera o reconhecimento federal para receber recursos extras para a assistência social. Estima-se que cerca de 14 mil pessoas de 65 comunidades do arquipélago sejam afetadas pela salinização das águas e erosão das margens do Rio Amazonas.
O governo do Amapá promete enviar 500 mil litros de água potável para a região, dos quais 100 mil litros já teriam sido enviados.
O avanço do mar sobre os leitos dos rios causa a salinização da água, que é agravada pela estiagem desta época do ano. Já a erosão das margens dos rios que provoca o desmoronamento do solo é outro fator que piora a situação.
Segundo o especialista da Universidade Federal do Amapá, o engenheiro civil Alan Cunha, apesar do avanço do mar sobre o rio neste período ser um fenômeno natural, ele ressalta que eventos climáticos extremos podem explicar o aumento do sal nas águas da região, que têm se tornado mais salobra que em outros períodos.
Já os moradores da região cobram das autoridades a instalação de depósitos para armazenamento de água potável.
Publicado em 22/10/2021 – 21:58 Por Lucas Pordeus Leon – Repórter da Rádio Nacional – Brasília – Edição: Raquel Mariano / Guilherme Strozi – RADIOAGÊNCIA NACIONAL
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