A Fundação Nacional do Índio (Funai) participou da Operação Kaporto II de combate ao desmatamento nas Terras Indígenas Karitiana e Kaxarari, em parceria com o Ministério da Defesa, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Força Nacional de Segurança Pública e as polícias Federal e Rodoviária Federal.

Madeira apreendida na Terra Indígena Kaxarari, localizada entre os estados do Amazonas e Rondônia, a cerca de 300 km a oeste de Porto Velho (foto: COFIS/Funai)

A operação, que ocorre entre os meses de agosto e setembro nos estados do Amazonas e Rondônia, apreendeu veículos e maquinário utilizados na retirada ilegal de madeira das Terras Indígenas. Cinco suspeitos foram presos em flagrante.

As medidas de proteção territorial fazem parte do Plano Amazônia 2021/2022, sob coordenação do Conselho Nacional da Amazônia (CNAL). A Funai participou da Operação por meio da Coordenação de Fiscalização (COFIS), que planeja e executas as ações com o apoio da Coordenação Regional Alto Purus, unidade da fundação em Rio Branco (AC) na atuação das equipes nos municípios de Lábrea (AM) e Porto Velho (RO). O resultado parcial da Operação Kaporto II mostra a apreensão de madeira, caminhões, combustível, armas de fogo e equipamentos. Foram aplicados 14 autos de infração ambiental.

Esta fase da Operação apreendeu 1.695 metros cúbicos de madeira que estava pronta para ser retirada da floresta amazônica. “Foi a maior operação de madeira de que a Funai participou na história da fundação”, relata o coordenador de Fiscalização, Luiz Conde. Completa o resultado parcial da Operação Kaporto II a apreensão de:

– seis motosserras;
– três motocicletas;
– um caminhão baú e um caminhão toreiro;
– um trator Skidder;
– uma camionete com rádio de comunicação instalado;
– 32,5 metros cúbicos de carvão vegetal;
– duas armas de fogo;
– 62 munições não deflagradas;
– três aparelhos celulares; e
– duas câmeras fotográficas.

A Operação também embargou 179 hectares de área desmatada da floresta e inutilizou sete estruturas de apoio ao desmatamento. Um indígena foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e transporte de madeira. Os órgãos de fiscalização doaram parte da madeira apreendida para a Secretaria Municipal de Educação de Porto Velho (SEMED). De acordo com Luiz Conde, ambas as Terras Indígenas estão entre as 20 mais desmatadas nos últimos três anos.

“Nesse sentido, os órgãos de fiscalização têm atuado de forma planejada a partir de dados estatísticos fornecidos pela Coordenação de Informação Territorial da Coordenação-Geral de Monitoramento Territorial (CGMT) da fundação. A partir dessas informações, a atuação conjunta dos órgãos governamentais consegue potencializar os resultados auferidos e, consequentemente, ampliar a capacidade da Funai de trabalhar pela proteção territorial e garantia dos direitos dos indígenas”, completa Conde.

Assessoria de Comunicação /   FUNAI
com informações da Diretoria de Proteção Territorial (DPT)