Oficinas, palestras e ações sobre saúde mental serão intensificadas durante o mês de prevenção ao suicídio.
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), vem, ao longo dos anos, incentivando as ações especiais de prevenção ao suicídio entre indígenas. Neste sentido, em alusão ao “Setembro Amarelo – mês de prevenção e combate ao suicídio” o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y), começou esta semana campanha de prevenção, instrução e acompanhamento.
A temática deste ano é: “Você importa! Você tem valor! Você não está só”. Através deste mote, as Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) realizarão cursos, palestras e oficinas junto aos indígenas Yanomami e contarão, ainda, com apoio psicológico para identificação de possíveis pacientes em risco de saúde mental e orientação, caso necessário, de como agir para o enfrentamento frente às situações. A ideia é que todos os profissionais, incluindo os Agentes de Saúde Indígena (AIS) trabalhem em conjunto no combate ao suicídio.
Uma outra ação que será realizada, foi pensada e desenvolvida para chamar a atenção dos indígenas durante as palestras e ações: um concurso de desenhos seguindo a temática do ano. Uma forma dos indígenas expressarem suas emoções e sentimentos através de imagens. Em 2018, o concurso já foi um sucesso entre eles.
Os desenhos ganhadores da edição anterior* terão suas artes reproduzidas em flanelógrafos – espécies de quadros revestidos de flanela que contam histórias a partir de desenhos e artes.
As ilustrações vencedoras deste ano também ganharão destaque especial. Farão parte da publicação da cartilha educacional que está sendo desenvolvida para o próximo ano, para a continuidade do projeto de prevenção ao suicídio. Segundo a integrante do núcleo de promoção da saúde do DSEI Yanomami, Andreia Olivio, a ideia é que, a cada ano, novas ações de combate ao suicídio sejam desenvolvidas, envolvendo sempre os indígenas. “Com esses incentivos faremos as ações para a comunidade incentivando a busca por ajuda, o que é fundamental para a vigilância mais efetiva da comunidade quando um paciente em sofrimento mental for identificado”, acredita.
Todas as ações que ocorrerão em área respeitarão as diretrizes de prevenção à Covid-19 e os vídeos serão traduzidos para serem distribuídos entre os Yanomami.
*imagens ilustrativas dos trabalhos de 2018
Por: Karina Borges – Nucom/SESAI