Servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) realizaram uma viagem entre 20 e 27 de julho ao aeródromo Zo’é, localizado na Terra Indígena (TI) de mesmo nome, no município de Óbidos, estado do Pará. O objetivo da visita foi tratar de questões necessárias para a manutenção da pista de pouso.
A partir das necessidades levantadas pelo engenheiro da unidade descentralizada da Funai em Manaus, José Francisco Vieira, será emitido um parecer técnico para que todas as manutenções sejam realizadas e, assim, o aeródromo possa funcionar com toda a segurança necessária.
O aeródromo é um marco para a Funai e para a Frente de Proteção Etnoambiental Cuminapanema, já que o transporte aéreo é a única alternativa para o acesso à Base de Proteção Etnoambiental (Bape) da fundação, o que garante a sobrevivência das pessoas que vivem e trabalham na região. Confira abaixo o depoimento de indígenas Zo’é:
As pistas de pouso em Terras Indígenas também são usadas para a realização de ações humanitárias, entre elas, a remoção emergencial de pacientes, a entrega de medicamentos e suprimentos e a mobilização de equipes de saúde, além de deslocamentos de indígenas em busca de serviços como operações bancárias e comerciais. As pistas também são importantes para as ações de órgãos ambientais e de segurança pública.
A servidora da Funai, Hilda Azevedo, esteve à frente do processo de homologação da pista e falou sobre a importância da regularização. “A área é de difícil acesso e a regularização da pista foi feita de forma segura e regulamentada, trazendo benefícios e permitindo toda assistência para a etnia Zo’é”.
Para uma melhor comunicação com os indígenas que se aproximaram durante a visita e buscaram saber mais informações sobre a ação, a Funai contou com a colaboração de Joelmo Santos de Souza, servidor da Coordenação Técnica Local da Funai em Santarém, e da enfermeira da Sesai, Sandra Pena. Ambos falam a língua Zo’é e puderam explicar os benefícios do empreendimento, que era aguardado pelos indígenas há mais de 20 anos, causando emoção a todos os presentes.
“A pista existe há anos, mas dependia de regularização. A homologação do aeródromo é exemplo do firme trabalho da atual gestão da Funai no sentido resolver uma série de problemas do órgão que se arrastavam por anos. Diversas pendências estão sendo resolvidas com muito esforço e empenho, sempre com base na segurança jurídica e no interesse público”, destaca o presidente da Funai, Marcelo Xavier.
A viagem foi possível com o apoio de aeronave disponibilizada pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). A fundação já está trabalhando para homologar pistas de pouso em outras Terras Indígenas, o que totaliza cerca de 247 pistas. Devido à situação pandêmica e pelo aeródromo estar localizado dentro de uma Terra Indígena de indígenas de recente contato, a fundação seguiu rigorosamente todos os protocolos de segurança para garantir a integridade dos envolvidos.
Homologação
O aeródromo Zo’é foi homologado em junho pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A inscrição da pista de pouso no Cadastro de Aeródromos da Anac foi publicada no Diário Oficial da União do dia nove do mesmo mês. A homologação é fruto do trabalho da Presidência da Funai em articulação com diferentes órgãos.
O processo de registro da pista contou com uma série de procedimentos, análises e levantamentos, fundamentais para obtenção de sua aprovação. A documentação foi apresentada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e à Anac, a qual procedeu a homologação da pista, possibilitando seu funcionamento regular.
Assessoria de Comunicação/Funai
PUBLICADDO POR: FUNAI
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