Os profissionais de saúde dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) estão sendo treinados para identificar doenças na infância e atuar diretamente na redução da mortalidade infantil nas aldeias. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Panamericana (OPAS), realizou capacitação de 40 profissionais de saúde, no mês de junho, e agora eles se tornarão multiplicadores em seus Distritos.
A capacitação sobre Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) tem o objetivo de identificar e tratar doenças infantis, possibilitar que as equipes possam intervir em situações de urgência e emergência para salvar vidas e ainda orientar os pais ou responsável no cuidado e consulta de retorno. Doenças como pneumonia, diarreias, desnutrição, verminoses e outras doenças se tornam os principais causadores de óbitos em bebês de até um ano de vida e podem ser tratadas com os cuidados básicos de saúde.
A estratégia é utilizar a metodologia de AIDPI para qualificar os profissionais de saúde das Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI). Para isso, a SESAI também enviou material pedagógico para que cada multiplicador possa formar mais 40 profissionais, prioritariamente médicos e enfermeiros, em seus Distritos de atuação.
O curso ensina a avaliar e classificar doenças em crianças de dois meses a 5 anos de idade através de sintomas e observação. O profissional verifica se tem tosse, dificuldade de respirar, diarreia, febre, chiado no peito, problema no ouvido, dor de garganta, anemia ou problemas no crescimento. Para cada sintoma, há orientações e tratamentos. O aconselhamento dos pais ou responsável é muito importante para o acompanhamento em casa e retorno para avaliação de saúde.
Os cuidados básicos prestados pela SESAI aos indígenas vão do pré-natal das gestantes até o acompanhamento de saúde dos idosos. O indígena brasileiro é assistido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ao longo de toda sua vida nas aldeias. A SESAI tem levado mais saúde e qualidade de vida à todas as etnias do País.
Por Cristiane Hidaka / NUCOM / SESAI