Operação que descobriu os detalhes do esquema e a prisão ocorreram em junho, mas a divulgação só foi autorizada pela Justiça Federal agora

Postada em: DPF

São Paulo/SP – A Polícia Federal deflagrou, em 18/06, a Operação LESHY, para combater, em atuação conjunta com IBAMA, PRF e INTERPOL, o tráfico internacional de animais silvestres

Por determinação judicial (1ª Vara Federal da Seção Judiciária de Guarulhos/SP), a divulgação da ação, que prendeu um biólogo russo acusado de tráfico de animais, só foi autorizada agora.

O preso faz parte de uma complexa rede internacional de tráfico de animais silvestres, com relatos de envolvimento em ocorrências em países como Alemanha, República Tcheca, Polônia, Itália, Espanha, Finlândia, Bielo-Rússia, Madagascar, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Nova Zelândia, Austrália, Japão, México, Argentina, Equador, Brasil, Rússia, além de países do sudeste asiático.

O alvo já foi preso, ao menos outras três vezes; com animais silvestres nativos do Brasil, em 2017, no aeroporto de Amsterdã – Holanda; e duas vezes neste ano, no aeroporto de Guarulhos/SP, em janeiro, e no Rio de Janeiro, em junho; sempre com grandes quantidades de lagartos, aranhas, sapos, cobras e insetos.

Com a apreensão de seu passaporte pela justiça brasileira, o alvo foi obrigado a permanecer no Brasil durante o processo. Presume-se que sua atividade criminosa foi mantida através do envio de animais por via postal, o que será apurado com a aprofundamento das investigações.

Os ilícitos penais praticados pelo investigado tiveram repercussão internacional, com a comercialização de espécies ameaçadas de extinção relacionadas na Convenção Internacional CITES da qual a República Federativa do Brasil é signatária.

O nome da operação é uma alusão ao deus da mitologia eslava, LESHY, protetor das florestas e dos animais selvagens. No folclore eslavo, acredita-se que Leshy seja trapaceiro e confunda os viajantes que adentram as florestas para caçar os animais. No Brasil, ele pode ser considerado semelhante ao Curupira e ao Caipora.

Comunicação Social da SR/PF/SP