Equipe de profissionais de saúde contratada pela Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde especialmente para reforçar os atendimentos em diversos pontos do país chegou, pela segunda vez neste ano, ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami. A Equipe Volante da SESAI já realizou missões em vários DSEI, para o Yanomami, mais precisamente na região atendida pelo Polo-Base Auaris, foram dois médicos, duas enfermeiras e dois técnicos de enfermagem que se juntaram aos profissionais que já atendem na região.

Postada em: SAÚDE INDÍGENA

Ao todo, os profissionais realizaram 5.405 atendimentos e procedimentos na população indígena das etnias Ye’kuana e Sanoma. Desde consultas médicas até procedimentos de combate à tungíase, os profissionais realizaram durante a missão que aconteceu entre os dias 14 e 20 de junho.

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Uma das novidades dessa missão foi a realização de exames de sangue no próprio local. O Laboratório Hilab levou para a aldeia um equipamento que permite a entrega de resultados em pouco tempo após a coleta do sangue. Durante o período em que ficaram na Terra Indígena Yanomami, os profissionais fizeram 143 exames de diversos tipos e todos os resultados foram analisados pelos profissionais de saúde que já prescreveram o tratamento necessário para cada paciente. Essa foi a primeira vez que o laboratório realizou uma ação com o equipamento no modo off-line, ou seja, sem energia elétrica e sem internet. Mesmo assim, os resultados foram entregues aos pacientes antes do fim da missão.

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Entre os exames realizados nas aldeias atendidas estavam Anti HBSAg, bHCG, Covid IgG IgM, Covid Antigeno, Dengue IgG IgM, Dengue NS1, Função Renal, Glicemia, HCV, HIV, Hemoglobina Glicada, Perfil Lipídico, PSA, Sífilis, Zika Vírus IgG IgM, todos com resultados prontos em até 30 minutos.

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Para o médico Matheus Naves, que integra a Equipe Volante, foram 7 dias de muito trabalho na terra indígena Yanomami. “São povos que, devido ao isolamento, não tem tantas doenças crônicas e são afetados por doenças como verminoses e parasitoses, como a tungíase. A ação foi um reforço ao trabalho que já vem sendo feito por lá e eu tenho certeza que vai dar muitos bons resultados” esclareceu o médico.

Durante os seis dias de missão, os profissionais atenderam indígenas de 20 comunidades. Para o Secretário Especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva, este é um esforço importante que amplia o número de atendimentos nas aldeias e reduz a necessidade de deslocamento dos indígenas. “A Equipe Volante é uma iniciativa inédita que está proporcionando excelentes resultados para a saúde indígena” explicou o Secretário.

Investimentos – A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde, já destinou mais de R$ 113 milhões para levar saúde básica até o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami durante a pandemia causada pela Covid-19. Foram R$ 77 milhões somente em 2020, sendo R$ 42 milhões em ações de saúde e saneamento, R$ 35 milhões em recursos humanos e R$ 523 mil em insumos para Covid-19. Neste ano, já foram disponibilizados outros R$ 25 milhões para ações de saúde e saneamento e R$ 11 milhões para recursos humanos.

Não faltou investimento do Governo Federal para atender aproximadamente 28 mil indígenas, em uma área de 106 mil Km2 de floresta amazônica, na divisa entre os estados do Amazonas e Roraima e fronteira com a Venezuela. A maioria desta população é da etnia Yanomami, considerada de recente contato, que vive no meio de florestas densas, cujo único acesso é por transporte aéreo.

Chegar à essa população requer o enfrentamento de dificuldades logísticas, climáticas e culturais. As Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) do Distrito passam 30 dias atendendo em Unidades Básicas de Saúde (UBSI), em meio à selva amazônica, e percorrendo vários quilômetros a pé, aonde helicópteros não alcançam, atravessando rios e riachos, para levar vacinação e atendimento médico a crianças, adultos e idosos.

Dos R$ 42 milhões do ano de 2020, R$ 29 milhões foram utilizados em horas-voo para transporte de equipes, insumos e pacientes. Em 2021, já foram pagos R$ 8 milhões às empresas aéreas até 23 de maio. O Governo Federal não mede esforços para levar saúde básica às populações indígenas mais distantes do Brasil.

Neste ano de 2021, a SESAI autorizou a licitação de mais R$ 8,3 milhões para a compra de insumos, equipamentos e materiais médicos hospitalares para o Distrito. Todas as compras são realizadas por licitação pública, pregão eletrônico ou ata de registro de preço.

PUBLICADO POR:   Notícias Sesai — Ministério da Saúde (www.gov.br)