A setorização das áreas de risco geológico, aquelas que podem sofrer perdas ou danos causados por desastres naturais, está entre as ações executadas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) que têm por objetivo a preservação de vidas. O trabalho é realizado desde 2012 e, até este mês, contemplou 1609 cidades brasileiras. Entre elas, a capital Belém, no Pará, que iniciou na última semana a sinalização das áreas de risco com a instalação de placas a partir dos estudos realizados pelo SGB/CPRM.

Postada em: SGB CPRM


Os levantamentos na capital paraense foram realizados em 2012 e 2016, quando pesquisadores em geociências identificaram as áreas que apresentam risco geológico alto e muito alto. O mapeamento foi publicado e encaminhado aos gestores públicos para subsidiar a tomada de decisões assertivas relacionadas às políticas de ordenamento territorial e prevenção de desastres. Além de Belém, outras 73 cidades já foram mapeadas pelo SGB/CPRM.

A cidade foi reavaliada no último mês de junho, após solicitação Comissão Municipal de Defesa Civil de Belém, e o mapeamento atualizado deve ser publicado nos próximos meses. Os pesquisadores do SGB/CPRM percorrem Belém e constataram o avanço de áreas de risco, além do surgimento de novos locais que devem ter atenção do poder público municipal. Todos os dados referentes ao estado do Pará podem ser consultados no link

O geólogo Tiago Antonelli, que é chefe da Divisão de Geologia Aplicada do SGB/CPRM, destaca que a sinalização realizada em Belém é uma ação importante em benefício à população. “Ações como essa são muito importantes, uma vez que fazem bom uso das Cartas de Risco elaboradas pelo SGB/CPRM, em benefício de toda população, alertando quais áreas possuem rico geológico instalado”, comenta.

De acordo com a Defesa Civil de Belém, foram instaladas dez placas, sendo cinco no Distrito de Mosqueiro e outras cinco no Distrito de Outeiro. O órgão reitera que o levantamento realizado pelo SGB/CPRM servirá como base para as ações desenvolvidas, em conjunto com outros órgãos governamentais, para a redução dos impactos causados pela ação da natureza e do homem.

O diálogo entre a Comissão Municipal de Defesa Civil de Belém e o Serviço Geológico do Brasil foi retomado em janeiro deste ano, quando a atual gestora, Christiane Ferreira, solicitou o suporte técnico-científico para atualizar o mapeamento da setorização de risco geológico alto a muito alto no município.

“A solicitação foi feita em caráter emergencial, considerando o período de maior incidência de chuvas, no primeiro semestre, que coincide com os períodos de marés altas mais elevadas – marés de sizígia. A duplicidade desses eventos naturais provocou diversas ocorrências de enchente e alagamentos no município, ao longo da última década, causando inúmeros prejuízos materiais, patrimoniais e de vidas”, ressalta a presidente da Defesa Civil de Belém, Christiane Ferreira.

Lucas Alcântara

Assessoria de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil