A Fundação Nacional do Índio (Funai) vem a público repudiar as declarações do fotógrafo Sebastião Salgado acerca da atuação do Governo Federal em prol dos indígenas durante a pandemia de covid-19. Em vídeo divulgado recentemente, Salgado tece uma série de críticas infundadas sobre a proteção a essa população, valendo-se de argumentos que não correspondem à realidade.
Nesse sentido, cumpre informar que a Funai já investiu cerca de R$ 47 milhões em medidas preventivas desde o início da pandemia do novo coronavírus. Entre as ações, está a distribuição de aproximadamente 650 mil cestas de alimentos de Norte a Sul do país, a diferentes etnias, o que equivale a mais de 14 mil toneladas de alimentos entregues. A medida é fundamental para garantir a segurança alimentar e contribuir com o isolamento das comunidades, colaborando para que os indígenas permaneçam nas aldeias e evitem, assim, o risco de contágio pela covid-19.
Mais informações sobre a atuação da Funai durante a pandemia estão disponíveis em www.gov.br/funai. O balanço mais recente pode ser conferido neste link: https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2021/covid-19-funai-distribui-quase-650-mil-cestas-basicas-a-familias-indigenas-durante-a-pandemia. Além disso, no YouTube da fundação, mais de 40 vídeos mostram a ação de entrega de cestas básicas em detalhes.
Destaca-se, ainda, que a atual gestão da Funai tem trabalhado firmemente para resolver uma série de problemas, fruto de décadas de fracasso da política indigenista brasileira que, no passado, era guiada por interesses escusos, falta de transparência e forte presença de organizações não-governamentais. Um cenário dominado por intermediários, no qual os indígenas eram feitos de massa de manobra. Contrária a tudo isso, a Nova Funai tem sua atuação pautada na legalidade, segurança jurídica, pacificação de conflitos e promoção da autonomia dos indígenas, que devem ser, por excelência, os protagonistas da própria história.
Em maio de 2020, a Funai propôs ao fotógrafo Sebastião Salgado leilão de 15 de suas obras, que estavam sob domínio do órgão, para beneficiar comunidades indígenas. A ideia era que o valor arrecadado fosse utilizado em favor desses povos no contexto da pandemia da covid-19. À época, o acervo estava avaliado em R$ 1 milhão. Infelizmente, a Funai nunca teve resposta à sugestão. Outras informações sobre o caso estão disponíveis em https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2020/nota-de-esclarecimento-29-06-2020-2 e https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2020/funai-propoe-leilao-de-obras-de-sebastiao-salgado-para-beneficiar-comunidades-indigenas.
Aproveitamos o ensejo para indagar o fotógrafo em questão, que destila sua verve depreciativa, sobre quais medidas efetivas tem apoiado no que diz respeito à proteção dos indígenas no contexto da pandemia de covid-19. Lembramos, por fim, que a Campanha Empresa Solidária, criada pela Funai no intuito de arrecadar donativos a serem distribuídos aos indígenas, segue aberta para doações, conforme edital disponível em https://www.gov.br/funai/pt-br/atuacao/covid-19-1.
Marcelo Xavier
Presidente da Funai
Assessoria de Comunicação / Funai
PUBLICADO POR: FUNAI
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