Mesmo nas regiões mais úmidas da Amazônia, o impacto de incêndios florestais – que só se alastram por essas áreas quando são registradas fortes secas – é significativo e capaz de mudar as características da vegetação ao longo das próximas décadas, embora ainda seja menor do que em outras parcelas do bioma.

Postada em: Agência FAPESP

Estudo inovador que mediu in loco os efeitos do fogo aponta que a floresta queimada em área úmida perde, em média, 27,3% das árvores, principalmente de pequeno e médio porte, e 12,8% da biomassa (estoque de carbono) até três anos após o incêndio. A mortalidade da vegetação, maior nos primeiros dois anos, abriu espaço, por exemplo, para o desenvolvimento de espécies nativas de bambus herbáceos.

Com uma área de 5 milhões de quilômetros quadrados (km2), a Amazônia Legal abrange 59% do território brasileiro, distribuída por 775 municípios. Representa 67% das florestas tropicais, abrigando um terço das árvores do mundo, e 20% das águas doces.

Luciana Constantino | Agência FAPESP

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