A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde, já destinou mais de R$ 113 milhões para levar saúde básica até o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami durante a pandemia causada pela Covid-19.

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Foram R$ 77 milhões somente em 2020, sendo R$ 42 milhões em ações de saúde e saneamento, R$ 35 milhões em recursos humanos e R$ 523 mil em insumos para Covid-19. Neste ano, já foram disponibilizados outros R$ 25 milhões para ações de saúde e saneamento e R$ 11 milhões para recursos humanos.

Não faltou investimento do Governo Federal para atender aproximadamente 28 mil indígenas, em uma área de 106 mil Km2 de floresta amazônica, na divisa entre os estados do Amazonas e Roraima e fronteira com a Venezuela. A maioria desta população é da etnia Yanomami, considerada de recente contato, que vive no meio de florestas densas, cujo único acesso é por transporte aéreo.

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Chegar à essa população requer o enfrentamento de dificuldades logísticas, climáticas e culturais. As Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) do Distrito passam 30 dias atendendo em Unidades Básicas de Saúde (UBSI), em meio à selva amazônica, e percorrendo vários quilômetros a pé, aonde helicópteros não alcançam, atravessando rios e riachos, para levar vacinação e atendimento médico a crianças, adultos e idosos.

Dos R$ 42 milhões do ano de 2020, R$ 29 milhões foram utilizados em horas-voo para transporte de equipes, insumos e pacientes. Em 2021, já foram pagos R$ 8 milhões às empresas aéreas até 23 de maio. O Governo Federal não mede esforços para levar saúde básica às populações indígenas mais distantes do Brasil.

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Neste ano de 2021, a SESAI autorizou a licitação de mais R$ 8,3 milhões para a compra de insumos, equipamentos e materiais médicos hospitalares para o Distrito. Todas as compras são realizadas por licitação pública, pregão eletrônico ou ata de registro de preço.

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RECURSOS HUMANOS

São 734 profissionais envolvidos na oferta de serviço básico às aldeias, sendo que destes, 254 são agentes indígenas de Saúde (AIS) e Saneamento (AISAN) que moram nas aldeias e fazem a interlocução entre pacientes e os profissionais de saúde. O DSEI contratou uma Equipe de Reposta Rápida para atuar em situações de emergência durante a pandemia da Covid-19, sendo composta por enfermeiro e técnicos de enfermagem.

Neste ano, a SESAI autorizou o DSEI a contratar mais 16 técnicos de enfermagem para compor as EMSI e mais cinco agentes de endemias e um farmacêutico para atuar diretamente no combate à malária, doença endêmica da região amazônica. A prestação de serviços por profissionais de saúde é contratada através de edital. Para o ano de 2021, a previsão orçamentária para o DSEI utilizar com recursos humanos é de R$ 52 milhões.

INSUMOS

O DSEI Yanomami tem recurso e autonomia para aquisição de insumos e materiais. Mesmo assim, a SESAI enviou mais de 610 mil itens em Equipamentos de Proteção Individual (EPI), insumos e testes de Covid-19 e de malária para reforçar os atendimentos na Terra Indígena Yanomami. Os insumos são para atender a demanda das 78 Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI), 37 Polos Base e a Casa de Apoio à Saúde Indígena (CASAI) Yanomami, em Boa Vista (RR). Os Polos Base e UBSI têm sistema de radiofonia para contatar a sede do Distrito, em Boa Vista, e solicitar remoções aéreas em caso de urgência e emergência.

MISSÕES

Já em relação ao combate a Covid-19, os ministérios da Saúde e da Defesa realizaram duas missões interministeriais para reforço de saúde aos Distritos localizados no Estado de Roraima, o DSEI Yanomami e DSEI Leste de Roraima, durante o pico da pandemia. A Operação Roraima I, realizada de 29 de junho a 6 de julho de 2020, e Operação Roraima II, de 19 a 26 de outubro de 2020, levaram mais três toneladas de suprimentos, entre medicamentos e Equipamentos de Proteção Individual (EPI), para complementação de estoque dos Distritos. Profissionais de saúde das Forças Armadas como médicos generalista, pediatra, ginecologista e infectologista, enfermeiros e técnicos de enfermagem, junto com as EMSI, realizaram mais de 6 mil atendimentos especializados e procedimentos durante as missões.

VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19

Além disso, de 1 a 7 de março deste ano, a Secretaria enviou a Equipe de Saúde Volante da SESAI para dar apoio em atendimentos básicos e na vacinação contra a Covid-19 nos Polos Base Surucucu, Waphuta e na região da UBSI Kataroa. Foram realizados mais de 1,6 mil atendimentos e procedimentos durante a ação. O DSEI Yanomami continua trabalhando na imunização dos indígenas diretamente nas aldeias, apesar das dificuldades climáticas que dificultam o pouso nas aldeias e as caminhadas na floresta com o imunizante contra a COVID-19.

As equipes passam de 15 a 30 dias em área e, somente quando retornam à sede do DSEI, os dados são lançados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). Até o momento, o DSEI imunizou 75% dos indígenas com mais de 18 anos, inscritos no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SASISUS) e especificidades da ADPF 709, e 55% com a segunda dose. O DSEI não registrou recusa ou reações adversas durante a vacinação.

PUBLICADO EM: Notícias Sesai — Ministério da Saúde (www.gov.br)