Pedido da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais foi para conter ataques a indígenas da comunidade Palimiú, em Roraima

Arte: Secom/MPF

Em resposta ao procurador-geral da República, Augusto Aras, o Ministério da Defesa informou nesta terça-feira (18) que está enviando apoio logístico para a atuação da Polícia Federal (PF) na comunidade Palimiú, na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima. O pedido do MPF foi feito na segunda-feira (17) em decorrência dos recentes ataques de garimpeiros contra a comunidade. O MPF solicitou ao ministério que disponibilizasse aeronave para o deslocamento da Polícia Federal até a TIY. Ao Ministério da Defesa o MPF relatou que um novo ataque com bombas de gás contra a comunidade deixou pessoas sob a necessidade de atendimento médico, conforme informado pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

O ofício enviado ao ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, com o pleito da coordenadora da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais (6CCR), subprocuradora-geral da República Eliana Torelly, ressalta que a atuação da PF na última semana não foi suficiente para impedir o retorno dos garimpeiros à terra indígena. Nesse sentido, o MPF considerou “imprescindível o imediato destacamento de força pública” para envio e permanência na localidade, a fim de garantir a segurança daqueles povos e reprimir novos atos de vingança dos garimpeiros.

“Os episódios dos últimos dias demonstram uma intensa determinação dos garimpeiros ilegais em atacar a comunidade indígena Palimiú. O retorno dos criminosos com arma de fogo e o atentado contra a vida de indígenas e agentes policiais demonstra exemplarmente a periculosidade do grupo criminoso que atua naquela região”, afirmou a 6CCR.

No último dia 13, o MPF garantiu na Justiça determinação para que a União mantenha efetivo armado de forma permanente na comunidade, com o objetivo de zelar pela segurança da população local e defendê-la de possíveis novos conflitos com garimpeiros. No entanto, a 6CCR informou que há resistência da União, uma vez que, até o momento, a decisão judicial não foi cumprida.

Resposta – O ministro da Defesa respondeu ao ofício destacando que o ministério “já realizou ações neste escopo”, “empregando parcela de tropa e aeronave do Exército brasileiro”, entre os dias 10 e 14 de maio. Em virtude das novas demandas operacionais da PF, a pasta informa que irá disponibilizar uma aeronave para, caso as condições meteorológicas permitam, prestar apoio logístico às ações da instituição”.

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