A campanha “é um imperativo e um apelo para que cada habitante do Equador tome consciência e se torne consciente de que é preciso cuidar do que recebemos não só para nós hoje, mas também para as gerações futuras”, ressalta numa nota o presidente da Repam do país, dom José Adalberto Jiménez Mendoza.
“Plante e cuide de um milhão de árvores” é a iniciativa lançada pela Rede Eclesial Pan-amazônica (Repam) do Equador para proteger a região, definida como “o pulmão do mundo”, em nome da salvaguarda da Criação, nossa “casa comum”.
Segundo uma nota do presidente da Repam do país, dom José Adalberto Jiménez Mendoza, a campanha “é um imperativo e um apelo para que cada habitante do Equador tome consciência e se torne consciente de que é preciso cuidar do que recebemos não só para nós hoje, mas também para as gerações futuras”. “Somos todos peregrinos neste mundo”, continua o prelado, “e por isso somos todos chamados a deixar uma terra melhor, mais saudável e mais habitável” para nossa posteridade. Daí a iniciativa que visa, através do reflorestamento da Amazônia, tornar-se “co-criadores, junto com Deus, da terra, para que seja um verdadeiro paraíso, onde haja vida para todos os seres vivos”.
“Mas a campanha”, reitera dom Jiménez Mendoza, “também quer ser “uma denúncia” porque “nunca como nestes tempos a terra e toda a Criação são tão ameaçadas de destruição pelos seres humanos que derrubam florestas em nome de um desejo egoísta e consumista”.
O homem se tornou “o maior predador do planeta”, continua a nota, “um mau pastor que veio apenas para destruir” o ecossistema. Recordando dois grandes documentos do Papa Francisco, a Encíclica “Laudato si” ‘sobre o cuidado da casa comum” e a Exortação Apostólica Pós-Sinodal “Querida Amazônia“, o presidente da Repam Equador exorta a todos a “salvar o planeta do desmatamento e da destruição “.
O plantio de um milhão de árvores será realizado não só pela Repam Nacional, mas também pela Conferência Eclesial Amazônica (Ceama), pelo Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), pela Conferência Episcopal do Equador (Cee) e pela Caritas do país. “Cuidar da floresta amazônica é tarefa de todos”, reitera dom Jiménez Mendoza, exortando o governo de Quito a se comprometer a “não cortar árvores” na região. As novas plantações serão supervisionadas por “especialistas em agroflorestação” que já estão avaliando quais sementes escolher e como preparar viveiros adequados. Ao mesmo tempo, a Repam exorta “as pessoas e famílias que possuem terras ou fazendas a destinar parte delas para o crescimento de uma pequena floresta”. Trata-se de “uma proposta a longo prazo para valorizar a terra” do ponto de vista produtivo e econômico.
Não se trata apenas de plantar novas árvores: a Repam lembra que é preciso também “protegê-las e cuidar delas”, até que possam crescer de forma independente. “Devemos cuidar delas como fazemos com as pessoas que amamos”, sublinha a Rede Eclesial, lembrando que iniciativas semelhantes já foram lançadas em outros países, como Bangladesh e Paquistão. “Que esta iniciativa se multiplique e que o sonho de um Equador reflorestado se realize graças a um milhão de árvores que dão vida, beleza e oxigênio à terra, ao homem e a todos os seres vivos”, conclui dom Jiménez Mendoza.
Vatican News Service – IP/MJ
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