Brasília (DF), 30/04/2021 – Nesta sexta-feira (30), o Ministério da Defesa somou 354 dias de atuação ininterrupta de combate a ilícitos ambientais e a focos de incêndio na Amazônia Legal. Ao longo de quase um ano, a presença permanente da Marinha, do Exército e da Aeronáutica possibilitou a redução no desmatamento, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, realizou, na data de hoje, uma videoconferência com os três Comando Conjuntos da operação. Na ocasião, ele agradeceu a participação dos militares e dos órgãos de segurança pública e de controle ambiental. “Destaco a importância do trabalho integrado desses Comandos Conjuntos com os 11 órgãos do Grupo Integrado de Proteção da Amazônia (Gipam). Isso refletiu em expressivos resultados”.

A partir de agora será executado o Plano Amazônia 2021/2022, também instituído pelo Governo Federal. Nessa nova etapa de defesa e proteção da região que abriga a maior floresta tropical do mundo, quando demandados, os militares prestarão apoio logístico aos agentes federais, estaduais e municipais.

A Operação Verde Brasil 2 ocorreu em coordenação com os órgãos de segurança pública e as agências ambientais. Cumprida no âmbito do Conselho Nacional da Amazônia Legal, contou com a atuação do Gipam, coordenado pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

Por meio dos relatórios elaborados pelo Gipam, as Forças Armadas direcionaram o planejamento das ações efetuadas pelas equipes de fiscalização. Agentes de geointeligência do Censipam e pilotos de drones auxiliaram, em campo, na confirmação das áreas de interesse para atuação das equipes.

Assim, as ações desencadeadas, por meio da Operação Verde Brasil 2, contaram, além dos militares, com integrantes do Inpe, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Serviço Florestal Brasileiro, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Fundação Nacional do Índio (Funai), das Polícias Federal e Rodoviária, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Agência Nacional de Mineração.

Dessa forma, foram empregados cerca de 2,5 mil militares e agentes de órgãos de controle ambiental e de segurança pública. No total, houve mais de 105 mil inspeções, patrulhas navais, terrestres e aéreas. Entre os pontos de destaque, estão a apreensão de 506 mil metros cúbicos de madeira, 2.131 embarcações e 990 veículos e tratores. Foram emitidos 335 autos de prisões em flagrante, apreendidos 751 Kg de drogas, 123.565 armas e munições. Ao todo, 5.480 multas e termos de infração foram aplicados, somando R$ 3,3 bilhões.

Para o alcance desses resultados, desde a deflagração das atividades, militares atuaram no Centro de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, de onde coordenaram as ações executadas por três Comandos Conjuntos. Foram eles: Amazônia, Norte e Oeste. Além do Centro de Operações Aeroespaciais (COMAE) da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os Comandos Conjuntos reuniram militares das Três Forças que atuaram tanto em ações preventivas quanto repressivas. Além do levantamento de focos de incêndios e de pontos de desmatamento, eles montaram postos de bloqueio terrestre e de controle de estradas nas rodovias, fizeram inspeções navais, revistas em embarcações e reconhecimento aéreo.

As atividades se concentraram na faixa de fronteira, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas federais nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão. A atuação também foi estendida às áreas estaduais das Unidades da Federação em que foi requerido o apoio do Governo Federal.

Foto: arquivo/Forças Armadas

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