Recursos são usados para ampliar ações em saúde, saneamento, recursos humanos e compra de insumos ao povo Yanomami
O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami recebeu durante a pandemia da Covid-19 mais de R$ 113 milhões para ampliar as ações de saúde, saneamento, recursos humanos e compra de insumos. Do total de recursos repassados pelo Ministério da Saúde, R$ 25 milhões foram investidos em 2021, para atender 28 mil indígenas na divisa entre os estados do Amazonas e Roraima e fronteira com a Venezuela.
Chegar a essa população requer o enfrentamento de dificuldades logísticas, climáticas e culturais. As Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) do Distrito passam 30 dias atendendo em Unidades Básicas de Saúde (UBSI), em meio à selva amazônica, e percorrendo vários quilômetros a pé, atravessando rios e riachos, para levar vacinação e atendimento médico a crianças, adultos e idosos.
De acordo com o secretário Especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva, o DSEI Yanomami tem peculiaridades tendo em vista o perfil epidemiológico da população. “O Governo Federal não tem poupado esforços para atender essa comunidade da melhor forma possível. Além de um grande número de profissionais que trabalham na região, há também um investimento forte em recursos para atender essa população”.
Em 2021, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do ministério também já autorizou uma licitação de mais R$ 8,3 milhões para a compra de insumos, equipamentos e materiais médicos hospitalares para o DSEI.
RECURSOS HUMANOS
O DSEI Yanomami possui 734 profissionais envolvidos na oferta de serviço básico às aldeias – desses, 254 são agentes indígenas de Saúde (AIS) e Saneamento (AISAN) que moram nas aldeias e fazem a interlocução entre pacientes e os profissionais de saúde. O DSEI contratou uma equipe de reposta rápida para atuar em situações de emergência durante a pandemia da Covid-19, sendo composta por enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Neste ano, a Sesai autorizou a contratação de mais 16 técnicos de enfermagem, cinco agentes de endemias e um farmacêutico, para atuar diretamente no combate à malária, doença endêmica da região amazônica.
INSUMOS
O DSEI Yanomami tem recurso e autonomia para aquisição de insumos e materiais. Mesmo assim, a Sesai enviou mais de 610 mil itens em Equipamentos de Proteção Individual (EPI), insumos e testes de Covid-19 e de malária para reforçar os atendimentos na localidade.
MISSÕES
Para ampliar o enfrentamento à Covid-19, os ministérios da Saúde e da Defesa realizaram duas missões interministeriais para reforço de saúde aos Distritos Yanomami e Leste de Roraima, localizados em Roraima.
As operações levaram mais três toneladas de suprimentos, entre medicamentos e EPIs, para complementação de estoque. Profissionais de saúde das Forças Armadas, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, realizaram mais de seis mil atendimentos especializados e procedimentos durante as missões, juntamente com as equipes de saúde indígena.
Além disso, em março deste ano, a Sesai enviou uma equipe de saúde volante para dar apoio em atendimentos básicos e na vacinação contra a Covid-19 nos Polos Base Surucucu, Waphuta e na região da UBSI Kataroa. Foram realizados mais de 1,6 mil atendimentos e procedimentos durante a ação.
VACINAÇÃO
Falando em vacinação, o DSEI Yanomami continua trabalhando na imunização dos indígenas diretamente nas aldeias. Até o momento, 75% dos indígenas com mais de 18 anos, inscritos no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SASISUS) e especificidades da ADPF 709, receberam a primeira dose e 55% já foram vacinados com a segunda dose. O DSEI não registrou recusa ou reações adversas durante a vacinação.
As equipes passam de 15 a 30 dias em área e, somente quando retornam à sede do DSEI, os dados são lançados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).
Com informações da Sesai
Ministério da Saúde
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