Navegando o Tapajós ‒ Parte XIV
Revolta de Jacaré-Acanga V
Tribuna da Imprensa, n° 1.947
Rio, RJ ‒ Segunda-feira, 28.05.1956 Paulo Vítor, Lameirão e Gunther no Rio 4ª Feira
Desde sexta-feira, o auditor da 2ª Auditoria de Guerra, Orlando Ribeiro da Costa, determinou o arquivamento do processo contra o Major Haroldo Coimbra Veloso, pelo crime de motim. Embora, no mesmo ato, tenha sido expedido o alvará de soltura, o Major Veloso continuará detido até o dia 8 de junho, quando terminar a pena disciplinar, de 30 dias, imposta pelo Ministro da Aeronáutica. Isto porque a anistia só abrangeu o delito de motim em Jacareacanga.
VOLTA DOS EXILADOS
O Major Paulo Victor, o Capitão Lameirão e o Sargento Gunther, que estão em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, há mais de 3 meses, deverão estar de volta ao Rio quarta-feira onde chegarão às 15 horas, no aeroporto Santos Dumont. Apenas aguardam liberação do governo boliviano, já que se encontram na Bolívia na condição de asilados. Por ordem das autoridades da Aeronáutica, o Major Veloso já pode receber visitas.
Ontem, passou o dia com a família e amigos no Depósito de Intendência da Aeronáutica em Manguinhos, na Av. Brasil. Cercado por seus cinco filhos e mais D. Lourdes, Veloso, sempre calmo, foi procurado por grande número de amigos com quem palestrou longamente, sem sofrer constrangimento por parte das autoridades da Aeronáutica. (TDI, N° 1.497)
Tribuna da Imprensa, n° 1.950
Rio, RJ ‒ Segunda-feira, 31.05.1956 No Rio, Afinal, sem Perigo, 90 dias Depois
Flores, Lágrimas e Vivas à Democracia à Chegada de Paulo Vítor, Lameirão e Gunther no Aeroporto Santos Dumont
[Reportagem de Antônio F. e Luís Fernando]
Entre pétalas de rosas, sorrisos, lágrimas e “Vivas à Democracia”, chegaram, às 15 horas de ontem, ao aeroporto Santos Dumont, o Major Paulo Vitor, o Capitão Lameirão e o Sargento Gunther. Os revoltosos de Jacareacanga – que completavam, ontem, 90 dias de exílio na Bolívia – tiveram recepção calorosa, à qual compareceram centenas de Capitães, Majores, Coronéis e Sargentos da Aeronáutica, além de familiares, amigos e pessoas do povo, num total aproximado de duas mil pessoas.
A VIDA NA BOLÍVIA
A reportagem de TRIBUNA DA IMPRENSA viajou com os anistiados de S. Paulo ao Rio. O repórter esperou Paulo Vítor, Lameirão e Gunther em Congonhas, onde chegaram, às 13 horas, no avião da “Cruzeiro do Sul”, proveniente de Campo Grande.
Permaneceram no aeroporto apenas 30 minutos, assediados por um batalhão de jornalistas, fotógrafos e radialistas. Parentes também os esperavam, podendo Paulo Vítor abraçar, por segundos, um irmão, residente em São Paulo, enquanto Lameirão era recebido por um tio e primos. Gunther, mais arredio, ficara do outro lado do avião, evitando qualquer contato com a Imprensa.
Os três, aliás, mantinham-se na mesma discrição. Não cederam às indagações constantes da imprensa, dizendo que não queriam fazer qualquer declaração. Nessa disposição se mantiveram, até que o avião decolou, às 13h30.
VOLTA: UM REFRIGÉRIO
No avião pode, então, o repórter conversar com os revoltosos anistiados. Sentados nas primeiras poltronas do DC-3, a princípio mostraram-se esquivos. Não escondiam, porém, a satisfação de que estavam possuídos por voltar ao Brasil, de onde partiram, a 29 de fevereiro, das selvas de Jacareacanga para buscar asilo em Santa Cruz de la Sierra. Das conclusões que suas cautelosas palavras iniciais permitiam tirar, via-se que a saudade da família [os três são casados] era o mais forte dos sentimentos que os afligiam.
De Paulo Vítor ouvimos:
‒ “Depois de tudo, o reencontro da família e dos amigos é um consolo”.
De Lameirão, mais expansivo:
‒ “É preciso o exílio, com seus sofrimentos e aflições, para sentirmos o valor de certas coisas”.
Gunther, numa cadeira da direita, isolado, mantinha-se na mesma reserva. Dizia que tudo tinha passado e preferia falar de sua caçula.
HOSPITALIDADE BOLIVIANA
Pouco apouco, porém, foram revelando detalhes da estada em Santa Cruz. Fizeram, desde logo, questão de ressaltar a hospitalidade espontânea dos bolivianos, Dos primeiros dias da chegada, até o dia 29, só tiveram gentilezas do povo e das autoridades. Lembraram a festa que famílias cruzenhas lhes ofereceram, segunda-feira, como despedida. Crianças descalças, oficiais do Exército e da Polícia, senhoras, pessoas de todas as classes e idades compareceram, em grande número, para abraçar os oficiais e o sargento.
Os brasileiros, residentes ou de passagem, também os procuravam, A família Olavo Guimarães organizou, há cerca de um mês, um “show” em homenagem a eles, enquanto a do Tenente Amorim os recebia, em casa, amiúde. Lameirão, particularmente, tinha palavras de gratidão:
‒ “Deram-nos o de que mais necessitávamos: um ambiente familiar, onde esquecíamos a separação de nossas mulheres, filhos e pais”.
Paulo Vitor, Gunther e Lameirão disseram ter tido o mesmo tratamento fidalgo das autoridades federais. Diariamente, apresentavam-se, pela manhã e à tarde, à Polícia, que lhes dera 2 km da cidade por “menage”. O que, aliás, os prejudicou um pouco, pois, caso contrário, poderiam ter trabalhado. Mas só receberam gentilezas de todos, motivando a ida de Paulo Vítor a La Paz, para agradecer em nome do grupo ao Ministro de Governo, Interior e Imigração.
Só depois de muito tempo, o major obteve consentimento para ausentar-se de Santa Cruz. Como não podiam deslocar-se, senão dentro daqueles dois quilômetros, viveram 90 dias de rotina: visitas à Polícia, refeições, passeios pelo centro da cidade, espera do avião da “Cruzeiro do Sul”, [duas vezes por semana], leitura de cartas e jornais. Pouca coisa mais.
SAUDADE DAS FAMÍLIAS
Volta e meia, Paulo Vitor. Lameirão e Gunther falam de suas famílias. O mais preocupado parecia o Sargento. Disse que sua família sofreu perseguições dos vizinhos, o que obrigou sua mulher a ir morar no apartamento da família de Lameirão e seus filhos a perderem dois meses de aulas.
Isso tudo lhe aumentava o desejo de ver os parentes, desejo que era mitigado, duas vezes na semana, graças a um radioamador local. Em dias fixados, mulheres e filhos dos Oficiais e do Sargento se reuniam em casa do radioperador, no Rio, e, então, podiam conversar por alguns minutos.
Por isso, não se esquecem do Sr. Gutierrez, o cruzenho possuidor do rádio. Gunther, por sua vez, lembra sempre o primeiro contato radiofônico com a família, quando sua filhinha, de quatro anos, emudeceu, do outro lado.
SURPRESA DA ANISTIA
Quando o repórter esteve em Santa Cruz de la Sierra, no dia seguinte à chegada dos rebeldes de Jacareacanga, apostou com Lameirão na aprovação imediata da anistia. Passaram-se os dias, o benefício não velo, e quem perdeu [pelo menos um jantar] foi o repórter.
No avião, Lameirão recordou o fato e contou que tiveram notícia, na última sexta-feira, de que o Senado rejeitara a anistia. Tinha já a coisa como consumada, quando, sábado pela manhã, foi esperar, no aeroporto de “El Trompillo”, o avião da “Cruzeiro”. Soube, então, da verdade e, imediatamente, a comunicou, pela radiotelefonia, a Paulo Vítor que, havia sete dias. Estava em La Paz.
Daí por diante, tudo se passou com rapidez. Arrumar as coisas, as despedidas, a volta de Paulo Vítor e pegar o avião de terça-feira para o Brasil, tudo parece ter consumido minutos apenas, frente à imensidão dos 90 dias de espera.
Se, porém, não fossem anistiados, estava tudo mais ou menos arranjado: iriam os três trabalhar no “Lóide Aéreo Boliviano”. Depois, conforme as coisas, iriam trazer as famílias.
CHEGADA ENTRE FLORES
Às 15 horas, o avião aterrissava no aeroporto Santos Dumont. A medida que descia, Paulo Vítor, Lameirão e Gunther, pregados às janelas procuravam, ansiosamente, identificar parentes e amigos.
Foram os últimos a descer, podendo o repórter observar as expressões de admiração que tiveram, pelo número dos que os esperavam. Pétalas de rosas foram jogadas sobre suas cabeças, entre vivas e aplausos.
Não chegaram os três para os abraços. Gunther conseguiu chegar à sua filha caçula e a levantou nos braços. A distância, seus cabelos batidos pelo vento pareciam espigas de milho. Lameirão e Paulo Vítor foram, igualmente, cercados por filhos e esposas, o Capitão não podendo conter as lágrimas.
PRESENTES
Entre os presentes estavam, além de grande número de Sargentos e Oficiais da Aeronáutica, os Deputados Rafael Corrêa de Oliveira e Carlos Albuquerque, Vereadores Wilson Leite Passos e Raul Brunini e o Brigadeiro Guedes Muniz.
COM VELOSO
Do aeroporto, Paulo Vítor, Lameirão e Gunther, suas mulheres, filhos e parentes, mais Oficiais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica que foram recebê-los, seguiram para o Depósito de Material da Aeronáutica, onde está preso o Major Veloso. Paulo Vítor e o Sargento Gunther foram os primeiros a abraçar o companheiro. Depois chegou Lameirão, e os quatro, emocionados, conversaram durante alguns minutos. Enquanto isso, chegavam grupos de senhoras e de amigos dos oficiais. Todos queriam dar-lhes as boas-vindas. Foi no Depósito que os três recém-chegados tomaram o primeiro cafezinho carioca.
EM CASA
Do depósito, os três se dirigiram à residência da família Lameirão, no Méier, sendo recebidos por parentes, vizinhos, amigos e companheiros de farda. Em toda e frente da casa havia cartazes:
‒ “Salve os heróis de Jacareacanga”.
Houve foguetes também, e bandeirinhas brasileiras.
NO ORATÓRIO
A mãe do Capitão Lameirão conduziu o filho, o Major Paulo Vítor e o Sargento Gunther até o oratório, num dos cômodos da casa, e, diante de uma imagem do Coração de Jesus, disse:
‒ “Foi aqui que nós rezamos por vocês. Agora, vocês agradeçam a Deus, por que é graças a ele que vocês estão de volta”.
COM A FAMÍLIA
‒ “Agora, quero saber dos meus filhos, só deles” ‒ disse o Major Paulo Vítor, ao chegar.
Como Paulo Vítor, Lameirão e Gunther dedicarão estes primeiros dias às famílias. Principalmente hoje, descansarão da viagem, e, como disse Gunther: “brincarão com os filhos”. Amanhã, os três devem apresentar-se na Diretoria do Pessoal da Aeronáutica. (TDI, N° 1.950)
Tribuna da Imprensa, n° 1.959
Rio, RJ ‒ Segunda-feira, 11.06.1956
Lameirão vai Estudar Tática Aérea em São Paulo ‒ Gunther Ficará na Diretoria de Rotas Aéreas ‒ Paulo Vítor e Veloso Ainda sem Função
O Cap José Lameirão deverá seguir para S. Paulo onde fará o curso de CTA ‒ Curso de Tática Aérea ‒ conforme designação do Ministro da Aeronáutica. O Sgt Gunther, ao se apresentar ao Departamento do Pessoal, foi designado para servir na Diretoria de Rotas Aéreas sob o comando do Coronel Hélio Costa. O Major Paulo Vítor, talvez, seja designado para tirar o curso, em São Paulo, juntamente com Lameirão. Veloso ainda continua sem função.
Etchegoyen e Amorim do Vale Foram Cumprimentar Veloso
O General Alcides Etchegoyen ([1]), os Almirantes Amorim do Vale, Penna Botto e Edgard de Oliveira, os Brigadeiros Guedes Muniz e Carlos Barsil, o General Gomes Carneiro ([2]), Ministro do Superior Tribunal Militar, os Comandantes Silvio Heck e Edir Rocha, os Deputados Raimundo Padilha, Alberto Torres, Rafael Corrêa de Oliveira e Tenório Cavalcanti ([3]), diversos Oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica, o jornalista Amaral Netto ([4]), a advogada Maria Rita, os Vereadores Raul Brunini e Wilson Leite Passos, os Padres José Leite e José Magalhães, e centenas de populares estiveram sábado, à noite, na casa do Major Haroldo Coimbra Veloso, chefe do Movimento Revolucionário de Jacareacanga, para homenageá-lo, e aos seus companheiros Paulo Vítor, Lameirão e Gunther. Tanta gente foi à casa de Major Veloso, que nem todos puderam entrar. Assim, os oradores que deveriam falar no interior da casa, foram chamados pelo povo à rua.
SÍNTESE DAS ASPIRAÇÕES
‒ “O Brasil teve na sua história quatro momentos fundamentais: a Independência, a queda do primeiro Império, a Abolição e a República. Os homens da nossa geração têm o dever de recapitular as aspirações desses momentos históricos para saber se elas se realizaram” ‒ disse o Deputado Raimundo Padilha, o primeiro dos oradores.
Depois de demonstrar que essas aspirações ainda estão por se realizar, o Deputado Padilha concluiu.
‒ “Hoje se procura uma síntese política dessas aspirações. Pois Jacareacanga representa essa síntese”.
O Deputado Padilha disse, também, que enquanto estamos procurando a emancipação da riqueza nacional no petróleo da Amazonas “Veloso, Paulo Vítor, Lameirão e Gunther foram buscar energias morais no mesmo Amazonas”.
APLAUSOS E CARTAZES
Os quatro rebelados de Jacareacanga e os oradores da noite foram muito aplaudidos pelo povo. Havia vários cartazes e muitas bandeirinhas brasileiras.
‒ “Nas não temos restrições mentais nem abstração momentânea da verdade”. “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”, “Veloso, Paulo Vítor, Lameirão e Gunther símbolo de brasilidade e de bravura” ‒ diziam alguns desses cartazes.
BRIGADEIRO E LACERDA
O Deputado Alberto Torres, em seu discurso, lembrou a figura do Brigadeiro Eduardo Gomes, que chamou de “nosso líder”, e de Carlos Lacerda, “que nos alertou e ganhou o exílio”.
Um estudante mineiro que tomou a palavra afirmou que existe “uma verdadeira Minas, que não é essa de traidores da Pátria”. Diversos policiais à paisana e a RP-20 estiveram no local. Dirigindo-se aos policiais o Deputado Tenório Cavalcanti disse ao terminar o seu discurso:
‒ “Senhores Policiais: podeis ir para casa com a consciência em paz, porque cumpristes o vosso dever. Nós também iremos, satisfeitos, porque cumprimos o nosso”.
NÃO ACABOU
Amaral Netto, jornalista e Presidente do Clube da Lanterna foi multo aplaudido:
‒ “Jacareacanga não acabou” ‒ disse. E ajuntou: ‒ “Está ainda no começo e esta manifestação não é somente à bravura e ao patriotismo de Veloso, Paulo Vítor, Lameirão e Gunther: é a afirmação pública da disposição de impedir essa desmoralização: um governo garantido pela espada impaludada de um falso e traidor”.
Amaral começou o seu discurso dizendo que um popular lhe havia dito há pouco que aquela manifestação era um acinte ao governo. Perguntou:
‒ “Que governo?” E mais: ‒ “Que acinte é esse se quem governa é o Gabinete do Ministro da Guerra?”
Após o comício, muitos dos populares que ali estavam foram abraçar os quatro rebeldes de Jacareacanga. Veloso. Paulo Vítor, Lameirão e Gunther estavam satisfeitos.
‒ “Vocês não estão sozinhos” ‒ disse-lhes um popular ao abraçá-los. (TDI, N° 1.959)
Por Hiram Reis e Silva (*), Bagé, 16.04.2021 – um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.
Bibliografia
TDI, N° 1.947. Paulo Vítor, Lameirão e Gunther no Rio 4ª Feira – Brasil – Rio de Janeiro, RJ – Tribuna da Imprensa, n° 1.947, 28.05.1956.
TDI, N° 1.950. Os Rebeldes de Jacareacanga Voltam a ver os seus Filhos – Brasil – Rio de Janeiro, RJ – Tribuna da Imprensa, n° 1.950, 31.05.1956.
TDI, N° 1.959. Lameirão e Gunther com Novas Funções – Brasil – Rio de Janeiro, RJ – Tribuna da Imprensa, n° 1.959, 11.06.1956.
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
- Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
- Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) (2000 a 2012);
- Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
- Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
- Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
- Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
- Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
- Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
- Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
- Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
- Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
- Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
- Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
- E-mail: [email protected].
[1] Avô do Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional General de Exército Sérgio Westphalen Etchegoyen (12.05.2016 a 31.12.2018).
[2] General Antônio Ernesto Gomes Carneiro: o “Herói da Lapa” morto no famoso Cerco da Lapa, no Paraná, teve destacada e heroica atuação na Revolução Federalista (1893 a 1895).
[3] Natalício Tenório Cavalcanti de Albuquerque conhecido como o “Homem da Capa Preta”. Devido às constantes ameaças, ele e sua família moravam numa fortaleza na Baixada Fluminense. Perambulava pelas ruas armado e acompanhado de seus seguranças.
[4] Protagonista do famoso programa “Amaral Netto, o Repórter”, da Rede Globo, onde apresentava reportagens nos mais diversos rincões destacando as obras do governo militar. Como político adotou como principal bandeira a adoção da pena de morte.
J Carlos
Mais um importante capítulo da saga a Revolta de Jacareacanga. Reitero meus parabéns ao pesquisador Hiram Reis e Silva