Navegando o Tapajós ‒ Parte XIX
Cerâmica Santarena VI
Vaso de Cariátides
Hino para a Guerra e a Vitória
Salmo 144, v. 12 (Bíblia Sagrada)
Sejam nossos filhos como plantas,
Crescidos desde a adolescência;
Nossas filhas sejam colunas talhadas,
Estruturas de um palácio.
As Cariátides são colunas com o formato de mulheres que suportavam na cabeça a cobertura do templo de Erectéion ([1]). Os gregos as usaram em substituição às colunas convencionais na ânsia de dar uma maior harmonia à sua arquitetura.
Os vasos cariátides são semelhantes a uma espécie de taça que, por intermédio de três cariátides femininas, repousa em um suporte em forma de carretel […]. (CORRÊA)
Os Vasos de Cariátides foram assim chamados por Frederico Barata, em função das três pequenas figuras humanas que sustentam uma vasilha sobre suas cabeças lembrando as cariátides gregas e conhecidos pela população local simplesmente como “caretas”. Os vasos são compostos por três partes distintas superpostas, modeladas separadamente e posteriormente unidas.
Base
A inferior, que serve de base ou suporte, é, normalmente, representada em forma de carretel e decorada com desenhos geométricos.
Cariátides
Apoiadas nesta “Base” estão as três cariátides que servem de elemento intermediário e fazem a ligação entre o suporte e o recipiente superior. As cariátides sustentam o recipiente sobre suas cabeças e se apoiam sobre a base. As cabeças são, normalmente, do mesmo tamanho e os membros superiores, quando representados, sugerem movimento: cobrindo os olhos com ambas ou com apenas uma das mãos enquanto a outra descansa sobre o joelho; ou com as mãos sobre os joelhos.
Em algumas cariátides, os membros superiores não são representados e as pernas dobradas sugerem que as mesmas estão de cócoras. As cariátides são elementos fundamentais cuja ausência comprometeria a estrutura do vaso. Parece que os antigos artífices queriam nos mostrar, simbolicamente, que a figura humana era o elemento mais importante nesse objeto.
As três cariátides, no mesmo vaso, são, via de regra, semelhantes.
Denise Maria Cavalcante Gomes faz a seguinte descrição na página 172 de sua Obra “Cerâmica Arqueológica da Amazônia” editada pela EDUSP, em 2002:
Forma: Vaso de cariátides
Número de Tombo: 71/7.190
Técnica de Fabricação: Acordelamento
Antiplástico: Cauixi e caco moído
Altura: 14,2 cm
Diâmetro: 14,0 cm
Profundidade: 6,0 cm
Descrição: Forma do vaso e padrão de decoração na flange idem à peça 71/7.185. Duas das cariátides apresentam as mãos cobrindo a boca, enquanto a terceira tem as mãos apoiadas sobre os joelhos. O sexo feminino e o umbigo são indicados.
Decoração: Incisões retilíneas e espiraladas na borda e na base. Nos apêndices zoomorfos, os olhos foram feitos por aplicação e incisão circular, bem como em duas cariátides. A terceira cariátide tem os olhos de formato oval aplicados, com incisão horizontal. (GOMES)
Como podemos observar pela descrição, nem todas as cariátides são idênticas contrariamente ao que afirma categoricamente a maioria dos pesquisadores.
Superior
A superior, que Barata designou como Bacia, é um recipiente semiesférico, bem maior que a base, com boca circular, borda e base arredondada, apresentando desenhos geométricos na parte externa, próximo à borda.
No lado externo, existem figuras antropozoomorfas, geralmente, em número de quatro e, eventualmente, cinco. Estes elementos não têm função estrutural, mas simbólica. Estas formas zoomorfas podem ser de pássaros (urubus–reis) de bico curvo com as asas abertas ou fechadas e aparecem em todos os vasos. Frederico Barata chama a atenção para a presença, em alguns vasos, de quatro furos localizados logo abaixo das figuras antropozoomorfas e afirma que estes furos serviriam para colocar penas coloridas nos dias festivos.
A arqueóloga Denise Maria Cavalcante Gomes, na obra supra referenciada, analisa, na sua obra, a cronologia e o desenvolvimento cultural da região Tapajós-Trombetas e a diversidade e a complexidade cultural da região, propondo uma revisão em determinadas categorias classificatórias. Denise Gomes considera que os vasos de cariátides são caracterizados por quatro tipos distintos de elementos decorativos:
– faixas padronizadas distribuídas em torno da borda;
– apêndices modelados representando urubus-reis arranjados em intervalos regulares e voltados para o vaso;
– as cariátides;
– os padrões incisos na base.
Denise Gomes considera que a decoração em faixas em torno da borda:
É composta principalmente de motivos bilaterais, mas existe também elementos assimétricos, combinando simetria bilateral e rotacional. Os urubus-reis modelados seguem este mesmo movimento translacional no qual as figuras se alteram entre vistas frontais e dorsais de um pássaro também de asas abertas.
E ainda, as pequenas figuras humanas sustentando o recipiente estão arranjadas em um padrão radial. Finalmente, a aplicação do princípio de simetria bilateral é também evidente na organização dos motivos da faixa basal. (GOMES)
Denise Gomes reforça a observação feita por Frederico Barata (1950) sobre a transformação de algumas figuras modeladas que, quando vistas de perfil, representam um animal e, quando vistas de frente, têm a forma humana e defende que esse tipo de mutação lembra as experimentadas nos rituais xamânicos.
Sob o efeito de drogas alucinógenas, os humanos mudam e se metamorfoseiam. Esta é uma visão de mundo onde a oposição cultura e natureza torna-se clara e onde, na verdade, a natureza cessa de existir como um reino externo. (GOMES).
Gomes defende também que vasos tão elaborados não seriam utilizados no dia-a-dia e sim na transmissão de tradições orais em cerimônias coletivas. O fato de a figura humana ser o ponto central nos vasos corrobora esta proposta, pois os ritos pressupõem a união de pessoas obedecendo a determinadas normas em benefício de um grupo.
Vaso de Gargalo
[…] os de gargalo lembram uma lâmpada votiva Oriental, com um gargalo emergindo ao centro de duas asas alongadas para os lados, com estilização de cabeças de pássaros ou jacarés. Ambos são sobrecarregados de relevos ou ornatos esculpidos, dando ao conjunto uma pompa “barroca” e uma riqueza que não se encontram em outras manifestações similares na Amazônia. (CORRÊA)
João Barbosa Rodrigues afirma que os vasos de gargalo eram usados em rituais fúnebres. Os Tapajó colocavam primeiramente os ossos dentro de um pequeno vaso que, por sua vez, era colocado dentro de outro maior e decorado:
de linhas com formas mais ou menos geométricas, feitas com tinta vermelha, que julgo ser caragiru ([2]), com óleo de copaíba ou de castanha Destas igaçáuas ([3]), encontrei fragmentos no Piracanã, como já disse anteriormente. Eram enterrados umas junto às outras, com a boca para cima. Pelos fragmentos encontrados, as maiores poderão ter quando muito três palmos de diâmetro. (RODRIGUES, 1875)
Tipos
Frederico Barata classificou os vasos de gargalo em dois tipos:
- Vaso de gargalo propriamente dito com forma de uma lâmpada votiva. Esta forma é sugerida pelas duas “asas” alongadas para o lado em forma de cabeça de jacaré ou de urubu-Rei.
- Vaso de gargalo zoomorfo onde o corpo do vaso é representado por animais. (RODRIGUES, 1875)
Vera Lúcia Calandrini Guapindaia, por sua vez faz as seguintes considerações a respeito das partes componentes dos vasos de gargalo:
Os vasos de gargalo são compostos por 4 partes: a primeira é um gargalo com flange; a segunda parte, logo abaixo da flange, é um pequeno bojo esférico, que pode possuir representações de rostos humanos, ou de elementos não reconhecíveis, de ofídios, de batráquios e de lacertílios. A terceira parte é o bojo, que pode ser formado por seis abóbadas ou possuir a forma esférica. Sua parte inferior tem o formato cônico e repousa sobre a base do objeto. Na superfície do bojo, existem figuras modeladas antropomorfas ou zoomorfas, que se apresentam aos pares e são posicionadas sempre em lados opostos. Em alguns vasos, as figuras modeladas assemelham-se a cabeças de répteis crocodilianos. Algumas estão com a mandíbula aberta e em outras fechada. Sobre as mandíbulas superiores, pode existir um animal quadrúpede e uma ave, ou somente uma ave, um quadrúpede ou ainda dois símios ou figuras antropozoomorfas. Em outros vasos, em vez das cabeças de crocodilianos, existem cabeças de aves semelhantes às encontradas nos “vasos de cariátides”, só que em dimensões maiores. Nas outras abóbadas, existem batráquios fixados pelos pés e posicionados em sentido oposto. No espaço entre os crocodilianos e os batráquios, há a representação de ofídios. É possível ainda que no lugar das cabeças de crocodilos ou aves, existam figuras antropomorfas semelhantes às que compõem os elementos antropozoomorfos e, no lugar dos batráquios modelados, existem batráquios aplicados. A quarta parte do vaso é a base, que possui forma anelar. São decoradas com tratamento plástico, algumas vezes representando rostos, figuras zoomorfas ou elementos não reconhecíveis. (GUAPINDAIA)
O segundo tipo é o que Frederico Barata chamou de “vasos de gargalos zoomorfos” e podem ser divididos em três partes.
Primeira: gargalo cilíndrico, com flange recortada com perfurações.
Segunda: bojo, que pode possuir quatro abóbadas ou ter a forma oval. O bojo representa o corpo de um animal que possui a cabeça localizada em uma das abóbadas e a cauda na abóbada oposta.
Terceira: base do objeto, que possui forma anelar. Nos “vasos de gargalo”, há o predomínio, quase absoluto, de apêndices zoomorfos. Existem representações zoomorfas distribuídas por toda a superfície dos objetos, como batráquios, ofídios, lacertílios, símios e aves. Há inclusive, “vasos de gargalo” cujas formas representam animais [vasos de gargalo zoomorfos]. Em um número significativo de “vasos de gargalo”, ocorrem representações de rostos humanos nos bojos esféricos [abaixo dos gargalos] e nas bases. (BARATA, 1950)
Nos “vasos de gargalo”, a representação antropomorfa não aparece de maneira tão fundamental como ocorre nos vasos de cariátides, onde, conforme já mencionado, ela não é apenas um motivo, mas interfere na própria estrutura do objeto. Contudo, Denise Maria Cavalcante Gomes em sua análise, considera que, do ponto de vista formal, os elementos antropomorfos ocupam a parte central, ficando no centro de uma cornucópia de animais tropicais ordenados em diferentes níveis. Sugere que esta profusão de imagens zoomorfas evocaria um tipo de mito de criação no qual os atores principais entrelaçam-se reforçando a ordem social e cosmológica durante cerimônias coletivas.
Estatuetas
Conceição Gentil Corrêa, em 1965, publicou um estudo sobre as estatuetas de Santarém no qual discorda da classificação de Helen Constance Palmatary, baseada em um confuso critério de análise estilística. Corrêa propôs outra classificação com o intuito de descrevê-las e sistematizá-las.
- Critério de representação em: Antropomorfas, Zoomorfas e Inclassificadas. Inclassificadas: raras ocorrências de estatuetas com representações antropozoomorfas ou fito-zoomorfas.
- As estatuetas antropomorfas foram subdivididas quanto à forma da base e postura.
- As estatuetas antropomorfas podiam ter a base semilunar, unípede, circular ou em pedestal.
- As estatuetas antropomorfas se apresentavam com a postura ereta, acocorada ou sentada. (CORRÊA)
As estatuetas antropomorfas de Santarém, encontradas nos bolsões e áreas de terra preta às margens do Tapajós, se caracterizam pela diversidade de formas e pelo realismo na reprodução da postura e gestos. Todas as estatuetas foram moldadas a mão, algumas maciças e outras com o corpo ou a cabeça ocos. Embora a maioria não apresente vestígios de pintura, em algumas peças a pintura usada foi branca, vermelha, vermelha sobre branca e vermelha e preta sobre branca.
A distribuição das cores é a seguinte: a branca cobre toda a estatueta; a vermelha está sobre a branca e concentra-se no adorno da cabeça, nas orelhas, nos dedos das mãos e pés e nos adornos dos braços e pernas; e a preta apresenta-se em forma de faixas retilíneas de 0,25 cm de largura e concentra-se em torno dos olhos, faces, braços e antebraços.
Não observamos escorrimento das tintas e verificamos que elas não saem em contado com a água. (GUAPINDAIA)
A pesquisadora Vera Lúcia Calandrini Guapindaia faz a seguinte análise das estatuetas pertencentes ao acervo do Museu Paraense Emílio Goeldi:
Na cabeça, os traços identificatórios estão bem definidos, possuindo a representação de olhos, nariz, boca, orelhas e em algumas, cabelos. Observamos três maneiras de representar os olhos: com incisões, com ponteado e em forma de grão. As bocas das figuras são feitas com incisões. As sobrancelhas, quando existem, são executadas através de roletes aplicados. Os narizes geralmente têm a forma triangular, são feitos em relevo e alguns possuem os orifícios nasais. As orelhas estão presentes, são feitas em relevo e mostram o uso de adorno auricular e a deformação do lóbulo. A representação dos cabelos é feita sempre por incisões e estes não ultrapassam a altura da nuca. A única exceção é a uma peça, cujo cabelo está representado em forma de trança e termina na altura das nádegas. Em algumas estatuetas existe a representação de adornos semelhantes a cocares de forma circular ou semicircular. No tronco, a maioria traz representações dos seios, do umbigo e do sexo. Os membros superiores estão sempre representados e a posição das mãos varia, ora estão apoiados nos quadris ou nas coxas, ora sobre os seios, o ventre ou o sexo ou ainda no queixo. Os membros inferiores são geralmente estilizados, dando a impressão que as figuras estão sentadas sobre as pernas. Porém, em alguns exemplares, as pernas estão bem definidas, tendo uma representação naturalista, apresentando-se eretas ou flexionadas.
Durante a análise das estatuetas, verificamos que houve maior preocupação com a representação da cabeça do que com o corpo. Existe uma maior elaboração na cabeça do que com o corpo, com exceção de cinco peças do museu. Das 29 estatuetas que não têm as cabeças fragmentadas, 13 têm a cabeça maior que o corpo, 8 têm a cabeça do mesmo tamanho do corpo 8 têm a cabeça menor que o corpo. (GUAPINDAIA)
Por Hiram Reis e Silva (*), Bagé, 29.04.2021 – um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.
Bibliografia
BARATA, Frederico. A Arte Oleira dos Tapajó: I – Brasil – Belém, PA – Revista do Instituto de Antropologia e Etnologia do Pará, 1950.
CORRÊA, Conceição Gentil. Estatuetas de Cerâmica na Cultura Santarém – Brasil – Belém, PA – Museu Paraense Emílio Goeldi, 1965.
GOMES, Denise Maria Cavalcante. Cerâmica Arqueológica da Amazônia – Brasil – São Paulo, SP – Livraria Itatiaia Editora Ltda – Editora da Universidade de São Paulo, 2002.
GUAPINDAIA, Vera Lúcia Calandrini. Os Tapajó: Arqueologia e História ‒ www.historiaehistoria.com.br, 2004.
RODRIGUES, João Barbosa. Exploração e Estudo do Valle do Amazonas. O Rio Tapajós – Brasil – Rio de Janeiro, RJ ‒ Tipografia Nacional, 1875.
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
- Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
- Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) (2000 a 2012);
- Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
- Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
- Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
- Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
- Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
- Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
- Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
- Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
- Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
- Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
- Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
- E-mail: [email protected].
- Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
- Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
- Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
- Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
- Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
- Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
- Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
- Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
- Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
- Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
- Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
- E-mail: [email protected].
[1] Erecteion: templo grego consagrado a Atena, Poseidon e Erecteu, construído entre 421 a 406 a.C. e considerado o mais belo monumento em estilo jônico. No pórtico Sul, mais famoso, substituindo as colunas, estão as seis cariátides.
[2] Caragiru ou Carajuru (Arrabidaea chica Verlot): árvore da família das bignoniáceas. Os Índios preparavam um corante vermelho usado para pintar a pele, os adornos, vestiários e utensílios. O corante produzido pela fermentação das folhas é insolúvel na água e solúvel em óleos.
[3] Corruptela de yucáçaua, do verbo “yucá”, matar, com a termição verbal “áua” hoje [ába] que faz “çauá” ou “çába” por terminar o verbo em vogal; significa, o lugar onde se mata, ou se enterra um morto, e às vezes o instrumento. “Igaçaba” ou “igaçáua” é um pote ou urna mortuária onde se enterram os mortos ou os ossos dos mesmos. A terminação “áua” é puramente Tupi e assim a exprimem os descendentes das mesmas raça, porém o Padre Anchieta, na sua gramática escreveu “çaba” e os civilizados assim também pronunciam, por ser eufônico. (RODRIGUES, 1875)
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