Ao mesmo tempo em que estrangeiros ameaçam desinvestir no Brasil devido à destruição da Amazônia e empresas prometem parar de comprar de fornecedores associados ao desmatamento, rebanhos seguem avançando ilegalmente sobre áreas de floresta.

Imagem retirada do estudo “Os frigoríficos vão ajudar a zerar o desmatamento da Amazônia?”, do I

Diante do cenário em que a atividade agropecuária é responsável por 83% do desmatamento, segundo dados do Atlas Amazônia Sob Pressão 2020, para onde irá a boiada que crescerá com o aumento da demanda por carne? Novas áreas de floresta ou pastos já existentes com melhor manejo?

Foi para discutir esses rumos da pecuária na região que o Imazon idealizou uma série de três webinários com especialistas de diferentes setores, do campo à mídia. Chamado de “Para onde vai a boiada?”, o evento terá transmissões ao vivo nos dias 20, 22 e 23 de abril, sempre às 17h, no Youtube e no Facebook do instituto.

Entre os convidados estão os pecuaristas Mauro Lúcio Costa, vice-presidente da Associação de Criadores do Pará, e Jordan Timo Carvalho, diretor da Niceplanet Geotecnologia; as gestoras do terceiro setor Marina Piatto, diretora Executiva do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), e Luiza Bruscato, gerente executiva do Grupo de Trabalho de Pecuária Sustentável (GTPS); o empresário Laurent Micol, fundador da Pecsa – Pecuária Sustentável da Amazônia; e a jornalista Fernanda Wenzel, autora de diversas reportagens sobre pecuária na Amazônia.

A mediação dos três encontros será do pesquisador associado do Imazon Paulo Barreto, responsável pela pesquisa “Os frigoríficos vão ajudar a zerar o desmatamento da Amazônia?” e organizador do e-book Sob a Pata do Boi.

“A ideia dos webinários nasceu desse incômodo com o contraste entre a conversa internacional e nacional e o que acontece na ponta. Pelos dados, sabemos que o desmatamento continua, por isso queremos entender como as demandas pelo fim do desmatamento chegam no campo. E, se não chegam, qual o motivo. Vamos discutir o que precisa para que, de fato, haja uma mudança para uma pecuária mais sustentável. Quais são as medidas que o governo, o setor privado e quem financia têm que fazer”, conta Barreto.

Conforme o estudo “Fatos da Amazônia 2021“, que tem coautoria do Imazon, o rebanho na Amazônia cresceu 89% de 2000 a 2019, passando de 47,2 milhões para 89,2 milhões de cabeças de gado. No mesmo período, a área destinada para pastagem cresceu 37%: de 515 mil km² para 707 mil km², o que equivale a quase três vezes o território do estado de São Paulo.

AGENDA
Webinários “Para onde vai a boiada?”

20/04 – 17h
Convidados: Laurent Micol, fundador da Pecsa – Pecuária Sustentável da Amazônia, e Fernanda Wenzel, jornalista autora de diversas reportagens sobre pecuária na Amazônia;

22/04 – 17h
Convidados: Mauro Lúcio Costa, vice-presidente da Associação de Criadores do Pará, e Marina Piatto, diretora Executiva do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora);

23/04 – 17h
Convidados: Jordan Timo Carvalho, diretor da Niceplanet Geotecnologia, e Luiza Bruscato, gerente executiva do Grupo de Trabalho de Pecuária Sustentável (GTPS);

Onde assistir: no Youtube e no Facebook do Imazon.

POSTADO EM:     IMAZON