A Fundação Nacional do Índio (Funai), em parceria com o Exército e a Polícia Militar do Estado do Mato Grosso, realizou a Operação Madeira de Lei na Terra Indígena Parabubure.

Foto: Divulgação FUNAI

Durante os dias 2 e 3 de abril, equipes da unidade descentralizada da fundação de Barra do Garças (MT), do 58º Batalhão de Infantaria Motorizado de Aragarças (MT) e do 13º Comando Regional da Polícia Militar de Campinápolis (MT) apreenderam seis madeireiros e equipamentos utilizados na extração ilegal de madeira que ocorria próxima à aldeia Panorama, território Xavante.

Entre os equipamentos estão um caminhão, um trator, duas motocicletas, uma motosserra e um revólver calibre 22. Dos seis madeireiros apreendidos, um foi recolhido para o presídio de Água Boa (MT) por porte ilegal de arma e os outros cinco assinaram um termo circunstanciado e em seguida foram liberados. No local da fiscalização as equipes também encontraram madeira serrada e preparada para o transporte. Toda a madeira será destinada à construção de infraestrutura para as comunidades indígenas, como pontes e casas.

De acordo com o coordenador regional da Funai, Álvaro Luís de Carvalho, a Operação Madeira de Lei vai prosseguir porque há mais denúncias sobre a ocorrência de extração ilegal de madeira em outras áreas da Terra Indígena Parabubure. “Portanto, a presença ativa da Coordenação Regional Xavante no combate a ilícitos ambientais tem por finalidade causar prejuízos financeiros aos madeireiros presentes na região, para que essa prática não se torne tão lucrativa e, desse modo, desestimule a atividade madeireira ilegal”, completa Álvaro Luís.

Fiscalização na pandemia

Entre as ações de proteção à saúde das comunidades indígenas frente à expansão da pandemia do novo coronavírus, a Funai realizou uma série de operações de fiscalização nas Terras Indígenas para coibir a entrada de não indígenas nesses territórios e, consequentemente, o aumento do risco de contaminação nas aldeias.

O diretor de Proteção Territorial, César Augusto Martinez, esclarece que, durante a pandemia de covid-19, as ações de monitoramento e fiscalização foram incrementadas com o aumento do efetivo por meio da ampliação do período de permanência das equipes em campo e da redução das folgas das escalas de trabalho. “Com isso, conseguimos intensificar a proteção dos territórios e, consequentemente, diminuir o risco de contaminação das comunidades indígenas”, conclui Martinez.

com informações da Coordenação Regional Xavante