Além de alterações na paisagem, as invasões desses territórios levam violência e doenças para suas populações
A área registrada ilegalmente como propriedade rural particular dentro de terras indígenas na Amazônia cresceu 55% entre 2016 e 2020. É o que mostra um estudo pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
O número de Cadastros Ambientais Rurais (CAR), que são uma espécie de registros autodeclarados de imóvel rural e que não podem ser feitos nesses territórios, aumentou 75% no mesmo período. Em 2019, o desmatamento nas áreas com Cadastros Ambientais Rurais respondeu por 41% do que foi registrado nesta categoria fundiária. Ainda que em 2020 esse índice tenha caído para 23%, ele tem crescido ano após ano.
“O que estamos vendo aqui é o avanço da grilagem em terras indígenas na Amazônia e suas consequências”, disse a pesquisadora Martha Fellows, autora principal do estudo.
Historicamente, as terras indígenas concentram uma das menores taxas de derrubada na Amazônia. Em 2019, responderam por 5% do total; em 2020, o índice foi de 3% de tudo o que se desmatou na Amazônia. Isso se deve principalmente ao modo de vida dos indígenas, que conserva a floresta.
Da redação com Assessoria / [email protected]
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