Brasília (DF), 21/02/2021 – A um mês de completar um ano, as Forças Armadas somam números expressivos de atuações na Operação Covid-19, de combate ao novo coronavírus. Marinha, Exército e Aeronáutica transportam oxigênio, desinfetam espaços públicos, apoiam campanhas de vacinação pelo país.

Recentemente, o apoio ao estado do Amazonas se intensificou, com o transporte de oxigênio e remoção de pacientes para os mais diversos estados brasileiros. A Marinha escoltou até Manaus um tanque gigante envasado com 90 mil m³ do gás medicinal para o tratamento de pacientes com Covid-19, além de transportar usinas do insumo por seus navios. O Exército, por meio dos Batalhões de Aviação, leva vacinas e equipes de saúde para comunidades indígenas, entre outras ações.

A cada sete dias, a Aeronáutica completa o correspondente a uma volta ao mundo em horas de voo no combate à Covid-19. Já são 4.430 horas, que equivalem a 48 voltas ao mundo. O empenho ininterrupto soma o transporte de 25.614 toneladas de carga para todo o território nacional, sendo mais de 2,4 mil toneladas, especificamente, para o Amazonas.

Dentre esse montante, a Força Aérea Brasileira (FAB) entregou acima de 5,4 mil cilindros de oxigênio, 37 usinas para produção do insumo e 680 tanques de oxigênio líquido.

O transporte de oxigênio integra o apoio emergencial ao sistema de saúde amazonense, iniciado em janeiro deste ano. O Capitão Aviador Thiago dos Santos Gonçalves, piloto da aeronave C-130 Hércules, participou dessa força-tarefa e contou que “um dos desafios foi estar apto para que o oxigênio chegasse ao destino da forma mais breve, para salvar o maior número de vidas possível, dentro dos padrões da segurança de voo”, destacou.

A atuação dos militares também contribuiu para o translado de pacientes. Até o momento, 725 foram transferidos entre os estados brasileiros por meio da FAB, possibilitando a continuidade dos tratamentos.

Ações coordenadas
No combate à pandemia, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica mobilizaram até 34 mil militares de forma conjunta. Destaca-se o apoio ao Ministério da Saúde na distribuição de vacinas contra o coronavírus em áreas de difícil acesso. Até o momento, mais de 96 mil indígenas foram vacinados com o auxílio dos Comandos Conjuntos das Forças Armadas.

Em cooperação com outros órgãos governamentais, os militares capacitaram 18.282 pessoas para a descontaminação de locais públicos, efetuando o procedimento em 8,3 mil pontos pelo Brasil. As Forças Armadas promoveram 14,3 mil campanhas de prevenção, que resultaram na doação de 317.454 kits de higiene e na produção de quase 740 mil máscaras de proteção. Por meio da Operação Covid-19, também foram distribuídas mais de 1,2 milhão de cestas básicas.

As ações coordenadas se estenderam às campanhas de doação de sangue, em razão da queda nos estoques dos hospitais e hemocentros. Foram promovidas 668 ações nacionais, nas quais mais de 39,6 mil voluntários reabasteceram as unidades de saúde.

Graças ao alcance territorial das Forças Armadas e a logística empregada na Operação Covid-19, tem sido possível a pronta-resposta às situações emergenciais e a redução dos impactos na saúde pública. O Capitão Thiago ressalta que “a sensação é de dever cumprido e gratidão em saber que todo o esforço e comprometimento salva vidas e, principalmente, levando esperança à população do País”.

Operação Covid-19
O Ministério da Defesa ativou, em 20 de março, o Centro de Operações Conjuntas para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas no combate ao novo coronavírus. Por meio da Diretriz Ministerial de Execução nº 07/2020, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), de funcionamento permanente. A iniciativa integra o esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia.

As demandas recebidas pelo Ministério da Defesa, de apoio a órgãos estaduais, municipais e outros, são analisadas e direcionadas aos Comandos Conjuntos para avaliarem a possibilidade de atendimento. De acordo com a complexidade da solicitação, tais demandas podem ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determina a melhor forma de atendimento.

Por Viviane Oliveira
Fotos: Divulgação

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