A Aquicultura e o estresse nos grandes rios amazônicos são os temas da mais nova obra do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (Geea) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa / MCTI).

Os Cadernos de Debates digitais do Geea podem ser acessados ​​no portal Inpa (portal.inpa.gov.br), menu Institucional, aba Editora, Publicações

O XVIII Tomo do Caderno de Debates, publicado nesta semana, pode ser acessado gratuitamente clicando aqui .

A obra conta com dois capítulos, fruto das atividades do eclético grupo sobre temas relevantes da Amazônia. Foi organizada pelo secretário executivo, o pesquisador Geraldo Mendes, e pela diretora do Inpa, a pesquisadora Antonia Franco, com publicação da Editora Inpa.

No capítulo “Aquicultura no Brasil e Peru, com ênfase na Amazônia”, o pesquisador do Instituto de Investigações da Amazônia Peruana (IIAP), Christian Jesús Méndez, analisa a aquicultura como saída emergencial para aumentar a produção de pescado, saciar a fome e gerar emprego e renda. A obra destaca que, além do pescado para alimentação, “ainda há que desenvolver capacidade operacional para aproveitamento de subprodutos do pescado”.

Entre os subprodutos estão a pele do pescado, que vem sendo largamente utilizado na confecção de sapatos, bolsas, cintos e outros acessórios da vestimenta, e as vísceras, utilizadas para produção de óleo, combustível e adubo. O próprio Inpa possui tecnologias produzidas com peles de peixes e couro de jacaré.

Já em “Estresse antropogênico nos maiores rios do mundo: o caso amazônico”, o professor do departamento de Geociências da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o geólogo Naziano Filizola, trata das questões relativas aos processos naturais de sedimentação e ao decorrente de impactos humanos cada vez mais rápidos, abrangentes e intensos, especialmente por conta do desmatamento, construção de barragens, assoreamento e urbanização. Filizola também é colaborador do Programa de Pós-Graduação em Clima e Ambiente do Inpa, programa em associação com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Os autores defendem a ideia de que a Aquicultura não deve ser uma concorrência intransigente da pesca, mas seu complemento. “Mais que isso, que ela se constitui num elemento chave para a segurança alimentar e para o desenvolvimento da Amazônia em bases sustentáveis ​​do ponto de vista ambiental, social e econômico”, destaca Geraldo Mendes.

Da Redação – Inpa

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