O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, recebeu no último sábado (23) uma carta assinada pelo porta-voz do Grupo de Agricultores Indígenas, Felisberto Cupudunepá, na qual a entidade repudia a ação protocolada recentemente pelos caciques Raoni Metuktire e Almir Suruí no Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o governo do presidente Jair Bolsonaro.
Na carta, Felisberto Cupudunepá enfatiza que Raoni não fala em nome de todas as etnias. “Nós não aceitamos esse tipo de coisa e queremos repudiar totalmente essa atitude do Raoni e outros indígenas que, influenciados por ONGs que vivem às custas de nossas dificuldades, teimam em querer falar por todos os indígenas do Brasil, como se o Raoni fosse o líder de todos. Não é, nunca foi e é preciso que essa situação seja esclarecida de uma vez por todas”, assinala.
“O Presidente Bolsonaro não é nosso inimigo e pela primeira vez na história do Brasil um Presidente do país está nos dando possibilidade para produzir em nossas terras, gerando ocupação e renda e queremos isso, pois queremos autonomia e assumir o protagonismo nas nossas vidas”, pontua Cupudunepá.
O incentivo a atividades produtivas em Terras Indígenas está entre as prioridades da atual gestão da Funai. “Ao impulsionar a produção de forma responsável nesses territórios, a fundação colabora para que os indígenas ampliem o cultivo, conquistem novos mercados e se tornem autossuficientes. Desta forma, contribuímos sobremaneira para a melhoria das condições de vida nas aldeias”, destaca o presidente da Funai, Marcelo Xavier.
O Grupo de Agricultores Indígenas é formado por representantes de mais de 70 povos de todas as regiões do país. O coletivo defende a autonomia e o protagonismo das diferentes populações, bem como a geração de renda por meio de atividades agrícolas sustentáveis nas Terras Indígenas.
Confira abaixo a íntegra da Carta do Grupo de Agricultores Indígenas:
Assessoria de Comunicação/Funai
PUBLICADO EM: FUNAI
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