Nesta sexta-feira (15), o 10º Contingente da Operação Acolhida inicia suas atividades em Boa Vista e Pacaraima, em Roraima, e Manaus, no Amazonas.
Brasília (DF), 15/01/2021 – Nesta sexta-feira (15), o 10º Contingente da Operação Acolhida inicia suas atividades em Boa Vista e Pacaraima, em Roraima, e Manaus, no Amazonas. O grupo, formado por 584 militares do Comando Militar do Sudeste (CMSE), atuará nos municípios até 14 de abril.
Eles substituem os 656 integrantes do 9º Contingente, composto por militares do Comando Militar do Planalto (CMP) e do Comando Militar do Oeste (CMO), que estavam à frente da Força Tarefa desde setembro do ano passado. Os militares darão prosseguimento ao apoio aos imigrantes venezuelanos nas atividades mantidas pela missão, além de atuarem na Base de Administração e Apoio.
O Chefe do Estado Maior Conjunto do 10º Contingente da Operação, Coronel Vladimir Tadeu Ferreira Julio, salientou que o grupo passou por preparação em duas fases antes de seguir para o norte do País. Os militares receberam instruções específicas para atuação na operação. Participaram da capacitação representantes do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) e das agências participantes da Acolhida, como o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional de Migrações (OIM). Os militares que integram o novo contingente aprofundaram conhecimentos sobre o ambiente de operações, particularidades e treinamentos específicos para cada função a ser desempenhada.
O Coronel Vladimir Tadeu enfatiza que, para os refugiados, essa ação humanitária é uma oportunidade de recomeçar a vida. “A Operação se reflete em um resgate da dignidade humana e cidadania, por meio da legalização dos refugiados e imigrantes com o que é ofertado pela Acolhida e seus parceiros”, disse. Para os militares, ele sublinha que é a chance de praticar novas doutrinas, aprender e aperfeiçoar-se. “É uma oportunidade de crescimento individual, poder contribuir, por meio de seu trabalho, com ajuda aos mais necessitados, mesmo que de maneira indireta”, pontuou o Chefe do 10º Contingente.
Missão cumprida
Em março de 2020, a fronteira entre Brasil e Venezuela fechou devido à pandemia do novo coronavírus. Na época, os militares ajustaram as demandas e dinâmicas nos abrigos da Operação com adoção dos protocolos de higiene e uso de máscaras. Além disso, criaram a Área de Proteção e Cuidados (APC), para monitorar, isolar e tratar imigrantes e brasileiros infectados.
O Chefe do Estado Maior do 9º Contingente, Coronel Carlos Alexandre de Souza, afirmou que as demandas continuaram nos abrigos. “Alimentação, saúde, segurança, manutenção das instalações. Saímos daqui com a missão cumprida. Demos continuidade ao legado dos contingentes que nos antecederam”, destacou.
Ao longo da Operação, muitos refugiados se instalaram em prédios abandonados. O Coronel Carlos Alexandre esclareceu que a Operação aplicou um plano para desocupação desses locais. “As pessoas saíram das ocupações espontâneas para abrigos, foram interiorizadas ou, com apoio de agências, para imóveis alugados. Foi um plano exitoso e estamos finalizando a desocupação do último imóvel”, salientou.
Apoio humanitário
A Operação Acolhida foi criada em 2018 para recepcionar, abrigar e interiorizar imigrantes venezuelanos que atravessam a fronteira com o Brasil. Coordenada pela Casa Civil, foi organizada em três eixos: ordenamento da fronteira; acolhimento, que abrange abrigo, alimentação e atenção à saúde e interiorização, em que os imigrantes são deslocados para outras unidades da Federação.
Por Mariana Alvarenga
Fotos: Divulgação/MD
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