A torre ATTO (sigla para Amazonian Tall Tower Observatory) completou 5 anos em 2020 e continua essencial para a compreensão do papel do ecossistema amazônico tropical em condições de mudanças climáticas.
Ela tem 325 metros e está instalada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, no Amazonas. Participam do projeto instituições científicas brasileiras e estrangeiras, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
“A primeira torre que mediu quantidades relacionadas com a interação entre a floresta e a atmosfera na Amazônia foi instalada no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) nos anos 1980, na reserva Adolpho Ducke, na saída de Manaus. Ela tinha 45 metros de altura, aproximadamente 10 metros acima da altura média da copa”, conta o primeiro coordenador do projeto pelo lado brasileiro, o pesquisador Antonio Manzi, do INPE.
Segundo Manzi, mesmo a 45 m de altura, os dados do topo da torre ainda eram bastante influenciados pela copa da floresta. “Precisaríamos de uma torre muito mais alta que a da reserva Ducke, talvez uma de 100 a 150 metros de altura permitiria ter medidas da subcamada inercial e testar a teoria segundo a qual os ventos diminuem loga ritmicamente de seu valor na atmosfera livre, até zero na superfície”.
Durante anos, os cientistas buscaram apoio para a construção de uma torre alta na Amazônia apta ao estudo sobre os processos de troca química entre a floresta e a atmosfera e, também, que pudesse ser utilizada para pesquisar as características da atmosfera acima da floresta, além das interações ecológicas que ocorrem em seu ecossistema. O resultado é a torre ATTO, inaugurada em 2015.
Manzi fala sobre o processo coletivo para transformar em realidade a torre ATTO no artigo recentemente publicado na página do projeto. Clique aqui e confira a íntegra do texto do pesquisador do INPE.
Confira aqui o vídeo de inauguração da torre ATTO.
PUBLICADO EM: INPE
© Todas as matérias e imagens poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.
Deixe um comentário