A ação contou, também, com o envolvimento de profissionais da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro

Profissionais da área de saúde da Força Aérea Brasileira (FAB) integraram uma comissão formada, também, por militares da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro que, entre os dias 20 e 26 de outubro, atuaram na Missão Roraima II. O foco da ação foi enviar Equipamentos de Proteção Individual, medicamentos, testes de COVID-19 e realizar atendimento especializado por clínicos gerais, ginecologistas, pediatras, infectologistas, além de enfermeiros e técnicos para terras indígenas.

Um helicóptero H-36 Caracal, operado pelo Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV) – Esquadrão Falcão, realizou o transporte dos militares, civis e insumos a partir da Ala 7, em Boa Vista (RR), para as comunidades indígenas de Parima, Parafuri, Kaianaú, Alto Mucajaí e Baixo Mucajaí, além das comunidades que vivem no entorno dos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) de Auaris e de Surucucu.

Em um dos atendimentos prestados na Região de Auaris, Terra Indígena Yanomami, no Estado de Roraima, o Médico da FAB, Capitão Felix Cristiano Ferreira de Castro, contou como a equipe salvou a vida de uma jovem de 19 anos. “Ela foi levada por um líder comunitário ao 5° Pelotão Especial de Fronteira, local de atendimento da missão, por apresentar dores abdominais intensas. Em avaliação inicial, a suspeita era de apendicite aguda, com vários dias de evolução. Uma ultrassonografia abdominal confirmou o diagnóstico. Após ter seu quadro estabilizado, a paciente foi transferida para uma unidade hospitalar onde foi submetida à cirurgia. Poder ajudar e auxiliar no tratamento dessa jovem é a sensação plena do cumprimento da missão de salvar vidas”, disse o Oficial.

O trabalho conjunto dos militares foi realizado junto aos profissionais da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), que fizeram cerca de 300 atendimentos no primeiro dia de atividades da Missão Roraima II. O Polo Base de Auaris fica no extremo noroeste do Estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela, e distante 443 quilômetros da capital Boa Vista.

A Chefe da Seção Aeromédica em São José dos Campos (SP), Capitão Médica Fabiola Cristine Marques, também atuou na Missão Roraima II. Com experiência em saúde operacional e em missões na região Amazônica, a Oficial destacou a importância da assistência humanitária em virtude da COVID-19 para a garantia da saúde da população de origem indígena. “Nós, profissionais da área de saúde, sabemos como nossa presença é valiosa em comunidades tão distantes dos centros urbanos”, disse a Capitão Médica.

Os indígenas atendidos vivem na floresta amazônica, em locais de difícil acesso. Graças à capilaridade e poder logístico das Forças Armadas, aliados ao trabalho da SESAI, do Ministério da Saúde, tem sido possível proporcionar reforço de saúde para essa população. A missão contou com o apoio logístico do 7º Batalhão de Infantaria de Selva (7º BIS), sediado em Boa Vista, bem como do 5º Pelotão Especial de Fronteira, em Auaris, e do 4º Pelotão Especial de Fronteira, em Surucucu, ambos subordinados ao 7º BIS. Para o transporte da equipe e do material necessário para os atendimentos, foram empregadas aeronaves da Força Aérea Brasileira e do Exército Brasileiro.

MISSÃO RORAIMA II

É a 16ª ação Interministerial das Pastas da Defesa e da Saúde, no contexto da Operação COVID-19, no combate ao novo coronavírus e em prol da saúde dos povos indígenas.

Fonte: Agência Força Aérea, Tenente Letícia Faria
Edição: Agência Força Aérea – Revisão: Tenente-Coronel Santana

Com informações da Assessoria do Ministério da Defesa

Fotos: Divulgação