Nova funcionalidade na base de dados do instituto desmascara retórica que desvincula incêndios florestais de desmatamentos recentes

Agora está mais difícil negar que grande parte das queimadas na Amazônia acontecem em áreas de desmatamentos recentes. Neste ano, as repetidas afirmações do governo brasileiro de que os focos de incêndio na região se concentram em terrenos de desmatamentos consolidados, ou seja, ocupados pela agricultura, já haviam sido refutadas por pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos.

Agora, um novo painel de dados, anunciado ontem (segunda, 16) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), passou a cruzar mensalmente os dados dos seus sistemas que já monitoram queimadas e desmatamentos.

Já em sua estreia ontem, o novo painel destacou que quase metade (45,4%) das queimadas na Amazônia brasileira de agosto de 2019 a setembro deste ano aconteceram em áreas desmatadas desde 2018.

Esse resultado desmente repetidas declarações não só do presidente Jair Bolsonaro, mas também de seu vice, general Hamilton Mourão, de que quase todos focos de calor ocorrem em áreas com desmatamento consolidado.

Leia na íntegra: Direto da Ciência  

PUBLICADO EM:   JORNAL DA CIÊNCIA