A unidade descentralizada da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Ribeirão Cascalheira, no nordeste do estado de Mato Grosso, vem apoiando a coleta e venda de castanha do baru por mulheres Xavante das aldeias Tritopa e Santa Rita, na Terra Indígena (TI) Areões.
A iniciativa partiu das próprias indígenas, sendo uma forma de gerar renda para a comunidade e contribuir para a autonomia das famílias Xavante.
A Funai presta apoio logístico ao projeto no transporte das mulheres às áreas de coleta, além de colaborar com a aquisição e entrega de insumos, ferramentas e materiais, utilizados tanto no plantio quanto na coleta e quebra do baru.
A ação de apoio ao etnodesenvolvimento do povo Xavante é executada pela Coordenação Regional (CR) Ribeirão Cascalheira com o suporte da Coordenação-Geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento da fundação e auxílio da Coordenação Técnica Local da Funai no município de Água Boa.
Em parceira com o viveiro do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Prevfogo/Ibama), instalado na TI Marãiwatsédé, foram plantadas mudas de baru, que serão levadas à TI Areões quando estiverem prontas para o cultivo. O plantio será no entorno da aldeia, em área gradeada.
“Além de obter renda comercializando o produto sazonal, a inciativa das mulheres Xavante é um modo de valorizar os gêneros do Cerrado e as práticas tradicionais indígenas”, explica o coordenador regional de Ribeirão Cascalheira, Jussielson Gonçalves.
Durante a execução do projeto de beneficiamento da castanha do baru, as indígenas se apropriaram também, para proveito econômico, de outros produtos típicos, como o óleo de babaçu e o pequi. Há ainda a iniciativa de horta escolar na aldeia, bem como o projeto de costura no qual as mulheres confeccionam enxovais para comercialização.
Assessoria de Comunicação/Funai
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