Operação Ouro Frio II inutilizou máquinas e destruiu pistas de pouso usadas para abastecimento de garimpos clandestinos

Foto: Polícia Federal – DPF

Belém/PA – A Polícia Federal deflagrou na segunda-feira (12/10) a Operação Ouro Frio II, que continua em andamento no dia de hoje. Trata-se da segunda fase da operação conjunta realizada no último dia 9 deste mês, que objetivou o sequestro de bens de aproximadamente R$ 14 milhões, assim como efetivou apreensão de mais de 44 kg de ouro possivelmente de origem clandestina, avaliado em R$ 14,8 milhões.

A ação está no contexto da Operação Verde Brasil 2, assim sendo, um conjunto de atividades estruturadas focadas na proteção e preservação da Amazônia e demais biomas, sob coordenação da Vice-presidência e com participação das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea do Brasil). O comando conjunto da Operação Verde Brasil 2 possibilitou o transporte aéreo de militares, policiais federais (12) e fiscais Gerência Executiva do IBAMA em Santarém/PA (2) empregados na ação.

A missão consistiu na inutilização de máquinas e destruição de pistas de pouso usadas para abastecimento de garimpos clandestinos situados na Reserva Biológica Maicuru, localizada dentro da área conhecida como RENCA (Reserva Nacional do Cobre e seus Associados), no Pará, região considerada totalmente inóspita e de difícil acesso.

A Reserva Maicuru é apontada como possível local de extração do ouro apreendido na última sexta-feira (9/10/2020).

Essa segunda fase da operação buscou identificar toda cadeia criminosa envolvida com exploração ilegal de ouro, alcançando a extração, processamento e comercialização por meio do esquentamento da origem.

A exploração ilegal de outro é crime previsto no art. 2º da Lei 8.176/91 (usurpação de bem da União) e art. 55 da Lei 9.605/98 (lavra clandestina). As penas somadas podem ser superiores a cinco anos de detenção.

A expressão Ouro Frio faz referência a ouro de origem clandestina, sem documentação legal, sendo que no curso da investigação foram descobertas tentativas de esquentamento do mineral obtido de forma ilícita.

Comunicação Social da Polícia Federal no Pará