A estrada chegou a ser liberada por algumas horas, mas os indígenas rasgaram o documento e bloquearam novamente o trânsito para continuar a manifestação.
As rodovias BR-163 e 230, nas imediações do distrito de Campo Verde, em Itaituba, oeste do Pará, voltaram a ser interditadas por indígenas da etnia Munduruku no final da tarde de segunda-feira (05). A estrada, que estava bloqueada há quatro dias, chegou a ser liberada por algumas horas durante a tarde, após uma ordem judicial proferida e assinada na tarde do último domingo (04) pela Juíza Federal Lorena de Sousa Costa.
A decisão previa o cumprimento em caráter de urgência a fim de ser mantida a ordem, cabendo à Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal (PRF) adotarem medidas necessárias ao resguardo da ordem no entorno e ao desbloqueio, em prazo estabelecido.
O pedido de liminar partiu da Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que vem realizando serviços de manutenção rodoviária em praticamente toda a extensão das rodovias que foram bloqueadas pelos indígenas. Segundo o departamento, obras de preparação estrutural para a chegada das chuvas estão sendo feitas no local.
Visando à sua preparação estrutural para a iminência do tempo chuvoso, sendo que a interdição afeta diretamente no cronograma da execução dos serviços.
Segundo informações, os indígenas rasgaram e depois queimaram o documento enviado pela Justiça Federal mantendo assim o protesto e o bloqueio das rodovias. De acordo com a Justiça, a multa em caso de descumprimento da determinação é de R$ 10 mil por dia.
Caminhoneiros que aguardam a liberação das pistas para seguirem principalmente para os portos de Miritituba, onde é feito o escoamento das cargas(principalmente grãos), disseram que as rodovias estão sendo liberadas de maneira intercalada e mesmo com a determinação judicial não há previsão para o desbloqueio total das pistas.
Segundo informações, o bloqueio foi realizado nos dois sentidos da rodovia, no km 30. Pela manhã desta terça-feira (06), o congestionamento nesse trecho da BR-163 (Santarém-Cuiabá) e BR-230 (Transamazônica) chegou a 10 km de extensão.
Os indígenas reivindicam uma aprovação do projeto de Lei de N°191/2020 que autoriza e estabelece critérios para a exploração mineral em reservas indígenas e que está em trâmite no Congresso Nacional.
Informações dão conta que índios de outras aldeias como “Sai Cinza” ”Katon” e “Carapanatuba” além de pequenas comunidades , estão se dirigindo para o ponto do protesto para apoiarem as reinvindicações.
De acordo com a PRF, diversos órgãos públicos federais e estaduais estão atuando nas ações relacionadas à interdição.
Fonte: On News/ Plantão 24 hrs
PUBLICADO EM: PORTAL ON NEWS
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