Agência Museu Goeldi – Na 17ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovações, de 19 a 23 de outubro, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) celebra seu 154 anos, abrindo as portas para apresentar estudos desenvolvidos no Arquivo, laboratórios, na Bacia do Curua-Una e Porto da Palha, além de novidades futuras do Museu de Portas Abertas, que se estende até a segunda quinzena de dezembro.
As atividades estão disponíveis no canal do Museu Paraense Emílio Goeldi na plataforma YouTube.
Entre os destaques da Semana, a live “Memória e História na Amazônia: o Arquivo Guilherme de La Penha do Museu Paraense Emílio Goeldi” e o Seminário Belém das Águas. Ontem (20), na live “Memória e História”, os professores Dr. Miguel Chaquiam, da Universidade Estadual do Pará (UEPA), e a Mestra Diana Alberto, da Faculdade de Turismo da Universidade Federal do Pará, apresentaram os estudos que desenvolvem no Arquivo do Museu Goeldi, com a mediação da historiadora Doralice Romeiro (MPEG).
Miguel Chaquiam pesquisa sobre o matemático e ex-diretor do Museu Emílio Goeldi, Guilherme De La Penha (1942 – 1996), apresentando sua trajetória acadêmica e vida com fotos do acervo, registros de periódicos antigos e livros publicados.
Por sua vez, a docente Diana Alberto, doutoranda de História Social da Amazônia, contribuiu com dados e perspectiva sobre duas mulheres cientistas na Amazônia e que se destacaram também como dirigentes de instituições de pesquisa do começo do século XX: a ornitóloga Emília Snethlage (1868 – 1929), que dirigiu o Museu Goeldi de 1914 a 1917, e a antropóloga Heloísa Alberto Torres (1895 – 1977), que dirigiu o Museu Nacional de 1938 a 1955.
Na data em que se comemora o Dia do Arquivista, o intuito da live Memória e História na Amazônia foi dividir com o público as experiências dos pesquisadores no arquivo Guilherme de La Penha, que se mostrou essencial para os estudos de cada um e para um contato mais aprofundado com a história. Acesse essa conversa neste link https://youtu.be/3DMtswZI8ok
Hoje, 21, desde às 10h, já está disponível no youtube uma playlist com vídeos de 5 estudos desenvolvidos nos laboratórios Adolpho Ducke e Anatomia Vegetal, da Coordenação de Botânica da instituição. Os temas das produções audiovisuais são: “Plantas Aromáticas da família myrtaceae: importância e aplicação dos seus óleos essenciais”, explicado pela bolsista de iniciação científica Celeste Franco, que aborda as utilidades das plantas dessa família, seja em aromas, medicinas tradicionais ou até mesmo alimentos, dentro do cotidiano amazônico.
Em seguida, o bolsista Ângelo Moraes no vídeo “Você sabe o que são compostos antioxidantes naturais?” apresenta os conceitos que envolvem os processos de oxidação nas frutas e plantas, e também as funções delas no combate à diversas doenças ao substituírem as drogas sintéticas.
Já os bolsistas Lorena Almeida, Gustavo Borges e Alana Silva encerram a playlist com mais três vídeos, respectivamente: “Laboratório de extração e caracterização de óleos essenciais”, mostrando uma alternativa de desenvolvimento acadêmico na área botânica; “Anatomia da Bambusa Vulgaris para uso na construção civil”, destacando como o conhecimento anatômico do bambu pode ser essencial na produção de compostos para a inserção em rejeitos minerais; e “Anatomia e amplitude ecológica da planta aquática Tonina fluviatilis”, que tem como finalidade entender a planta que cresce em ambientes distintos e contribuir didaticamente com o conhecimento botânico de uma planta de fácil acesso.
No dia 22, quinta-feira, às 10h, é a vez do seminário “Belém das Águas”. As atividades se iniciam com a palestra “A Macrodrenagem da Bacia do Una: Impactos, reconfigurações espaciais e geração de conflitos em Belém/PA”, liderados pela Dra. Cristina do Socorro Fernandes de Senna, pesquisadora da Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia e do Programa de Estudos Costeiros do Museu Goeldi, e o acadêmico Gabriel Rosemberg Amador Saldanha. O objetivo é ressaltar como os impactos do Projeto Macrodrenagem da Bacia do Una têm afetado a população de entorno do empreendimento, no tocante à sua vivência cotidiana, memória coletiva e tradição comunitária, nos bairros da Pedreira, Umarizal, Nazaré e Fátima.
Seguindo a agenda do dia, às 15h, haverá uma roda de conversa com o coordenador do Observatório de Conflitos Urbanos da Universidade Federal do Pará, o Dr. Jakson Silva, e com João Lima, comerciante do Porto da Palha (Belém – Pará). O diálogo tem como título “O Programa de Estudos Costeiros (PEC) no Porto da Palha: olhares e saberes sobre um Porto Público de Belém/PA” e, sob mediação da Dra. Cristina Senna, visa estabelecer uma relação entre o olhar o olhar acadêmico e cotidiano sobre no Porto da Palha e como tais vivências são essenciais na defesa dos espaços públicos de Belém.
SNCT – A Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovações foi instituída e é coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI, onde o Museu Goeldi é uma unidade de pesquisa. Em 2020, acontece a 17ª edição da SNCT.
Nesta terça-feira (20), a botânica Drª Ely Simone Gurgel, atual coordenadora de Pesquisa e Pós-Graduação do Museu Goeldi, participou de live organizada pelo @mcti. Ely Simone compartilhou uma experiência do Museu Goeldi no tema “Inteligência artificial para Conservação e Manejo da Amazônia”.
Gurgel é agrônoma, com mestrado e doutorado em botânica, especialista em morfologia de propágulos, mudas de espécies florestais da Amazônia e biotecnologia. Bateu a curiosidade? A live está disponível no canal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) no YouTube. Acesse neste link https://youtu.be/y5fLuMSj4ao
Museu de Portas Abertas – O Projeto Museu Goeldi de Portas Abertas conta com a participação de todos os setores do MPEG representados por servidores, terceirizados, bolsistas, estagiários e voluntários que se organizam durante seis dias para socializar informações científicas com a sociedade em geral.
A programação desta semana se inicia e termina com materiais lúdicos e didáticos desenvolvidos baseados na experiência do Museu de Portas Abertas do Goeldi, que vem sendo realizado há 34 anos, apresentando diversas atividades sobre o Museu Goeldi.
No dia 19 foi apresentado a cartilha “Educação Patrimonial: O Museu Goeldi de Portas Abertas como instrumento de mediação”. E no dia 23, o MPEG apresenta a proposta do jogo digital “O Museu Goeldi de Portas Abertas”.
As atividades do Museu de Portas Abertas se estendem até o mês de dezembro, com diversos conteúdos inéditos. Este ano, em função da pandemia do novo coronavírus, toda a programação é virtual. Acompanhe pelo portal, notícias e mídias sociais.
Texto: Giullia Moreira – Edição: Joice Santos – PUBLICADO EM: Goeldi de portas abertas para a história, os estudos laboratoriais e costeiros na Amazônia — Museu Paraense Emílio Goeldi (www.gov.br)