Brasília (DF), 26/10/2020 – Durante a Missão Roraima II, encerrada nesta segunda-feira (26), na região oeste do Estado de Roraima, os participantes acompanharam o trabalho realizado com crianças indígenas, por meio do Programa Forças no Esporte (PROFESP).

No 4º Pelotão Especial de Fronteira (PEF), uma das bases da missão, localizado em Surucucu e subordinado ao Comando de Fronteira Roraima/7º Batalhão de Infantaria de Selva (Boa Vista), funciona, desde 2017, núcleo deste programa social. A iniciativa é desenvolvida pelo Ministério da Defesa, em parceria com o Ministério da Cidadania, Ministério da Educação e Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humano.

Ao todo, 52 crianças integram o PROFESP do PEF de Surucucu. Todas são indígenas da etnia Yanomami, que vivem em aldeias no entorno da Unidade.

A enfermeira do Pelotão, Sargento Lidiane, é a responsável pela condução do Programa na Organização Militar, que oferece a essas crianças aulas de alfabetização, noções de higiene, atividades esportivas, recreação e alimentação.

“Eu aprendi a falar Yanomami, que é a língua deles e dou aulas de alfabetização para as crianças. “Elas já falam a língua portuguesa e, os maiores, conseguem escrever o próprio nome. O sentimento é inexplicável. As crianças são como filhos para mim. Tenho até um apelido Yanomami: Mamocurery, que significa mãe”, disse a Sargento com orgulho.

Para o coordenador de Proteção Social da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Jairo Pinto de Almeida, que também integra a missão, foi gratificante ver que o PROFESP promove a inclusão e a proteção social por meio do esporte educacional de qualidade. “As crianças Yanomami ao participarem das atividades educativas, lúdicas e esportivas do PROFESP saíram da posição de observadoras curiosas do PEF, para a posição de crianças acolhidas socialmente e valorizadas em sua cultura”, destacou o coordenador da FUNAI.

Desenvolvimento integral
O Programa Forças no Esporte democratiza o acesso à prática e à cultura do esporte, além de promover o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes.

O Programa é desenvolvido em mais de 202 Organizações Militares, onde as crianças e os jovens participantes, além de desenvolverem atividades esportivas e socioeducativas, recebem duas refeições diárias. Atualmente, são beneficiados cerca de 30 mil alunos, com idade entre 6 e 18 anos, em situação de vulnerabilidade social, em 140 localidades do País.

Por Maristella Marszalek
Fotos: divulgação Forças Armadas

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