A produção de cacau é a nova iniciativa da aldeia Apoena Meirelles, etnia Paiter-Suruí, para a geração de renda e autonomia de cerca de dez famílias indígenas que vivem na parte mato-grossense da Terra Indígena Sete de Setembro, cujo território também se estende pelo estado de Rondônia.
Com mediação realizada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), a aldeia contou com a visita de servidores da Secretaria de Agricultura Familiar do governo do Mato Grosso para a implantação do programa MT Produtivo.
Por meio do programa, a comunidade indígena vai receber cerca de 3 mil mudas de cacau prontas para o plantio. “A previsão é de que a produtividade seja de três a quatro toneladas de cacau in natura por hectare ao ano”, comenta o técnico da Empaer, Tiago Lagares.
A partir da visita realizada em agosto, o programa deverá acompanhar o plantio, o manejo da lavoura e a colheita da produção realizados pelos agricultores indígenas. Todas as etapas terão o acompanhamento técnico da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e da Prefeitura de Rondolândia (MT). O programa também vai realizar o beneficiamento e a comercialização da safra de cacau produzida pela comunidade indígena.
De acordo com a coordenadora regional da unidade da Funai em Cacoal (RO), Lílian Félix Borges, “iniciativas produtivas como a produção de cacau são fundamentais para a busca da autonomia dos povos indígenas para garantir a geração de renda e segurança alimentar nas aldeias”, afirma.
Etnodesenvolvimento
O apoio ao etnodesenvolvimento está entre as prioridades da gestão do presidente Marcelo Xavier. “Ao impulsionar a geração de renda de forma responsável nesses territórios, colaboramos para que os indígenas melhorem de vida e sejam protagonistas da própria história”, afirma.
Entre as ações consolidadas da Funai na área do etnodesenvolvimento, estão o apoio à produção de café especial pelo povo Paiter-Suruí, em Rondônia, o suporte ao plantio de grãos do povo Paresi, em Mato Grosso, e a regularização ambiental para a produção de camarão pelo povo Potiguara, na Paraíba.
“Temos acompanhado o surgimento e consolidação de inúmeras atividades exitosas, cujo retorno para as comunidades é extremamente relevante. Com total respeito à autonomia desses povos, queremos seguir contribuindo para que eles conquistem novos mercados e alcancem independência econômica”, pontua Xavier.
Assessoria de Comunicação / Funai – com informações da CR Cacoal
Deixe um comentário